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[AULA 4] Coerência e Coesão no Processamento do Texto - 9 ano

Atualizado: 7 de mai.


A interpretação e a compreensão de textos são habilidades essenciais que nos ajudam a entender como as ideias são organizadas e transmitidas. Hoje, vamos explorar os descritores D2, D7, D8, D9, D10, D11 e D15, que nos auxiliam a identificar elementos fundamentais em textos, como conexões entre suas partes, tese, argumentos, conflito, relações de causa e consequência e lógica discursiva.


CONHECENDO O DESCRITOR

O descritor D2 nos ensina a perceber como um texto se mantém coeso através de repetições de palavras-chave e substituições, como pronomes ou sinônimos, garantindo a fluidez do texto e evitando repetições desnecessárias. Por exemplo, na frase "João comprou um carro novo. Ele está muito feliz com a aquisição", a palavra "Ele" substitui "João", conectando as ideias.


Importância

  • Coesão textual: As repetições e substituições garantem que o texto tenha continuidade e não perca o sentido ao longo da leitura.

  • Compreensão: A troca de palavras ou expressões facilita o entendimento, pois o leitor consegue seguir o raciocínio sem se perder.

  • Evitar redundância: Ao substituir termos ou repetir palavras de forma estratégica, o texto se torna mais dinâmico e agradável.


  • Use pronomes corretamente:

    • Substitua substantivos repetidos por pronomes para evitar redundância.

    • Exemplo: "A Maria foi ao mercado. Ela comprou frutas."

  • Utilize sinônimos:

    • Use palavras com significados semelhantes para evitar a repetição excessiva de termos.

    • Exemplo: "O carro estava rápido. O veículo acelerou ainda mais."

  • Conectivos:

    • Use conectivos (como "por isso", "portanto", "além disso") para ligar as ideias e garantir a continuidade do raciocínio.

    • Exemplo: "Estudou bastante. Por isso, passou no exame."

  • Substituição de expressões:

    • Troque uma expressão por outra mais concisa ou específica para dar ritmo ao texto.

    • Exemplo: "Ela fez o jantar. Preparou uma refeição deliciosa."


CONHECENDO O DESCRITOR

O descritor D7 foca na identificação da tese, que é a ideia central ou principal de um texto, geralmente encontrada na introdução e sustentada por argumentos ao longo do texto. Perguntar-se qual é a principal mensagem que o autor deseja transmitir é uma maneira eficaz de identificar a tese.


Por exemplo, em um texto cuja tese seja "A educação transforma vidas", os argumentos poderiam incluir ideias como "Promove igualdade" e "Gera oportunidades".


Importância

  • Compreensão do texto: Identificar a tese é fundamental para entender o propósito do autor e o argumento central que ele deseja transmitir.

  • Estruturação da leitura: Saber a tese ajuda a orientar a leitura, pois revela o foco do texto e o caminho que será seguido.

  • Argumentação: Em textos argumentativos, a tese é a base para os argumentos que serão apresentados para defender uma ideia.


  1. Observe a introdução e conclusão:

    • A tese geralmente é apresentada na introdução, onde o autor apresenta seu posicionamento. Ela também pode ser reforçada na conclusão, resumindo o que foi argumentado.

    • Exemplo: "Neste texto, defenderei que a educação de qualidade é fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade."

  2. Identifique palavras-chave:

    • Fique atento a palavras ou expressões que indicam uma opinião ou uma declaração, como "eu acredito", "defendo", "é importante", entre outras.

    • Exemplo: "Acredito que a leitura é a chave para o aprendizado."

  3. Observe o tema geral:

    • A tese está diretamente relacionada ao tema do texto, então, ao compreender o tema, você pode localizar a tese.

    • Exemplo: Se o tema é "meio ambiente", a tese pode ser algo como "devemos adotar práticas sustentáveis para preservar o planeta."

  4. Verifique as afirmações centrais:

    • As afirmações que o autor repete ou desenvolve ao longo do texto geralmente estão relacionadas à tese. Elas sustentam a ideia principal.

    • Exemplo: "A educação deve ser acessível a todos, independentemente de sua classe social."


CONHECENDO O DESCRITOR

Já o descritor D8 nos ajuda a estabelecer a relação entre a tese e os argumentos, destacando a importância de os argumentos serem relevantes e lógicos para fortalecer a ideia principal. Se a tese for "A prática de esportes melhora a saúde", os argumentos que a sustentam poderiam ser "Reduz o risco de doenças cardiovasculares" e "Aumenta a qualidade de vida".


Importância

  • Fortalecimento da tese: A relação entre a tese e os argumentos assegura que o autor tenha uma base sólida para sustentar sua opinião.

  • Compreensão crítica: Entender como os argumentos sustentam a tese permite uma leitura mais crítica e aprofundada do texto.

  • Coerência e coesão: A conexão clara entre tese e argumentos garante que o texto seja bem estruturado e lógico, facilitando a compreensão do leitor.


  1. Identifique a tese primeiro:

    • Antes de analisar os argumentos, é fundamental entender qual é a tese. Ela será a ideia central a ser defendida ao longo do texto.

    • Exemplo: Se a tese for "A educação pública precisa ser reformulada", busque os argumentos que sustentam essa afirmação.

  2. Encontre os argumentos:

    • Procure as razões, dados, exemplos ou explicações que o autor usa para defender sua tese. Esses são os argumentos.

    • Exemplo: "O sistema atual não é acessível a todos" ou "Estudos demonstram a defasagem nas escolas públicas".

  3. Verifique a conexão entre tese e argumentos:

    • Pergunte-se: Como os argumentos ajudam a provar ou a explicar a tese? Eles devem estar diretamente relacionados e contribuir para a defesa da ideia principal.

    • Exemplo: Se a tese é sobre a reforma da educação, os argumentos podem mostrar falhas no sistema atual e benefícios de uma reforma.

  4. Cuidado com falácias:

    • Algumas vezes, o autor pode usar argumentos fracos ou falaciosos. Verifique se os argumentos realmente sustentam a tese de maneira lógica e coerente.


CONHECENDO O DESCRITOR

O descritor D9 trata da diferenciação entre partes principais e secundárias de um texto. As partes principais contêm as ideias centrais, enquanto as secundárias servem para detalhar ou exemplificar. Saber distinguir entre elas é essencial para uma compreensão global do texto.


Por exemplo, em "O aquecimento global é uma realidade alarmante. A emissão de gases do efeito estufa tem aumentado devido à queima de combustíveis fósseis", a primeira frase apresenta a ideia principal e a segunda complementa com uma explicação.


Importância

  • Compreensão clara: Ao distinguir as partes principais das secundárias, o leitor consegue entender o foco do texto e a hierarquia das informações.

  • Leitura mais eficiente: Identificar o que é essencial e o que é acessório permite uma leitura mais ágil e eficaz, sem perder o sentido principal.

  • Estrutura lógica: Essa diferenciação ajuda a entender como o autor organiza as ideias, tornando o texto mais fácil de seguir e interpretar.


  1. Identifique o tema central:

    • A partir da tese ou da introdução, busque entender qual é a ideia principal que o autor quer transmitir. As partes principais serão aquelas que reforçam ou explicam essa ideia.

    • Exemplo: Em um texto sobre "Meio Ambiente", a parte principal poderia ser sobre os impactos da poluição, enquanto a parte secundária pode tratar de medidas preventivas.

  2. Observe a estrutura do texto:

    • As partes principais geralmente aparecem no começo e no final do texto, com os argumentos mais fortes sendo explorados ali. As partes secundárias tendem a aparecer no desenvolvimento, trazendo exemplos ou detalhes adicionais.

    • Exemplo: "O aquecimento global é uma das maiores ameaças ao planeta" é uma afirmação principal. Detalhes sobre sua evolução histórica ou exemplos de países afetados são secundários.

  3. Use as palavras-chave:

    • Fique atento a palavras que indicam ênfase, como "principalmente", "fundamental", "em primeiro lugar", que geralmente introduzem as partes principais. Já termos como "por exemplo", "ademais" e "além disso" costumam marcar partes secundárias.

    • Exemplo: "A educação é essencial para o desenvolvimento. Além disso, a saúde também desempenha um papel fundamental."

  4. Destaque a ideia central e os detalhes complementares:

    • A parte principal traz a ideia que orienta toda a argumentação, enquanto as partes secundárias detalham, explicam ou exemplificam essa ideia.

    • Exemplo: "A reforma educacional é urgente" (principal) + "Ela visa melhorar a qualidade do ensino nas escolas públicas" (secundária).


CONHECENDO O DESCRITOR

No âmbito das narrativas, o descritor D10 explora o conflito gerador do enredo, que é o problema ou desafio enfrentado pelos personagens. Compreender o conflito e elementos como personagens, tempo, espaço e narrador é crucial para entender a história como um todo.


Em "Chapeuzinho Vermelho", o conflito é a ameaça do lobo, enquanto elementos como os personagens (Chapeuzinho, o Lobo e a Avó), espaço (a floresta e a casa da avó) e tempo (indefinido) ajudam a construir a trama.


Importância

  • Entendimento do enredo: Identificar o conflito e os elementos narrativos é crucial para entender a dinâmica da história, como ela se desenvolve e como os personagens lidam com o problema central.

  • Análise crítica: Compreender esses aspectos permite uma leitura mais profunda e crítica, além de ajudar a identificar as intenções do autor e a mensagem transmitida.

  • Apreciação literária: Conhecer o conflito gerador e os elementos narrativos ajuda a apreciar a complexidade da construção da história e a eficácia com que o autor mantém o interesse do leitor.


  1. Identifique o conflito gerador:

    • O conflito é o problema central que os personagens precisam resolver. Pode ser um conflito interno (dúvidas, medos) ou externo (problemas com outros personagens, situações adversas).

    • Exemplo: Em "Romeu e Julieta", o conflito gerador é a luta entre duas famílias rivais que impede o amor entre os protagonistas.

  2. Observe os personagens principais:

    • Os personagens centrais são essenciais para o desenvolvimento do conflito. Eles podem ser os protagonistas, que enfrentam o conflito, e os antagonistas, que dificultam sua resolução.

    • Exemplo: Em "Harry Potter", Harry é o protagonista que luta contra as forças das trevas, representadas por Voldemort.

  3. Analise o cenário e o contexto:

    • O ambiente e o contexto temporal da história influenciam diretamente no desenvolvimento do enredo e do conflito. Pode ser uma guerra, uma crise social, ou mesmo um dilema pessoal.

    • Exemplo: O cenário de "O Senhor dos Anéis" (um mundo fantástico com diferentes povos e lugares) é fundamental para entender os conflitos enfrentados pelos personagens.

  4. Ponto de vista e tempo narrativo:

    • O ponto de vista (primeira, terceira pessoa) e o tempo da narrativa (passado, presente, futuro) ajudam a construir a percepção do leitor sobre o conflito e a história.

    • Exemplo: Um enredo narrado em primeira pessoa, como em "O Apanhador no Campo de Centeio", permite uma conexão mais íntima com o conflito interno do protagonista.


CONHECENDO O DESCRITOR

Já o descritor D11 trata das relações de causa e consequência, fundamentais para a interpretação textual. Compreender como um evento leva a outro é essencial para captar a lógica do texto.


Por exemplo, na frase "Pedro esqueceu o guarda-chuva; por isso, se molhou", temos como causa o esquecimento do guarda-chuva e como consequência o fato de ele ter se molhado.


Importância

  • Compreensão profunda: Compreender as relações de causa e consequência entre as partes de um texto facilita a interpretação dos eventos e como eles se conectam.

  • Coesão e fluidez: As relações de causa e consequência são essenciais para garantir que o texto tenha uma sequência lógica e coesa, tornando-o mais claro e organizado.

  • Análise crítica: Através da identificação de causa e consequência, podemos avaliar as motivações dos personagens, o desenvolvimento do enredo e a lógica interna do texto.


  1. Identifique as palavras e expressões causais:

    • Preste atenção a palavras e expressões que indicam relação de causa, como "porque", "devido a", "como resultado de", "em consequência", entre outras.

    • Exemplo: "Ela estudou muito, portanto, passou no exame."

  2. Entenda a sequência dos eventos:

    • Observe como os eventos se sucedem. A causa geralmente vem primeiro, seguida pela consequência que é o resultado dessa ação.

    • Exemplo: "Ele estava cansado, por isso não foi ao trabalho."

  3. Analise os personagens e suas ações:

    • Os personagens frequentemente são responsáveis por ações que geram consequências no desenrolar do texto. Identifique o que motiva suas ações e quais são as consequências dessas decisões.

    • Exemplo: "O herói salvou o vilarejo, resultando em uma grande celebração."

  4. Conecte as ideias principais e secundárias:

    • Muitas vezes, a causa está na ideia principal do parágrafo, e a consequência aparece nas ideias secundárias. Faça conexões para entender como as partes do texto se relacionam.

    • Exemplo: "A crise econômica afetou muitos trabalhadores, como consequência, várias empresas fecharam suas portas."


CONHECENDO O DESCRITOR

Por fim, o descritor D15 aborda as relações lógico-discursivas, evidenciando o papel dos conectivos (conjunções, advérbios, preposições) na criação de coesão e coerença no texto. Esses elementos indicam relações como adição, oposição, causa e consequência.


Em "Não comprei o livro, pois estava muito caro", o conectivo "pois" indica causa. Outros exemplos incluem conectivos de adição (e, também, além disso), oposição (mas, no entanto, porém) e consequência (logo, portanto, por isso).


Importância

  • Coesão textual: As relações lógico-discursivas são fundamentais para garantir que o texto seja coeso e fácil de seguir, conectando ideias de maneira fluida.

  • Compreensão e clareza: Elas ajudam o leitor a entender como as ideias se relacionam, tornando a leitura mais clara e estruturada.

  • Argumentação: Em textos argumentativos, as relações lógico-discursivas são usadas para fortalecer os argumentos e tornar a linha de raciocínio mais convincente.


  1. Observe as conjunções:

    • As conjunções ligam orações e indicam a relação entre elas, como e (adição), mas (contraste), porque (causa), portanto (consequência), se (condição), etc.

    • Exemplo: "Ele queria estudar, mas estava cansado."

  2. Fique atento aos advérbios e locuções adverbiais:

    • Advérbios como então, porém, assim, além disso, entre outros, indicam a relação entre as partes do texto, marcando temporalidade, causa, consequência ou contraste.

    • Exemplo: "Ela estudou muito, logo passou no exame."

  3. Identifique as relações de causa e consequência:

    • As palavras porque, portanto, assim, por isso estabelecem relações causais, explicando o motivo ou a consequência de uma ideia.

    • Exemplo: "Ele não treinou, por isso não conseguiu melhorar seu desempenho."

  4. Atente-se à adição e oposição:

    • Conjunções como e, bem como, mas, entretanto são usadas para adicionar ou contrastar ideias no texto.

    • Exemplo: "Ela gosta de ler, mas não tem tempo."

  5. Análise de condições e hipóteses:

    • Palavras como se, caso, a menos que introduzem condições ou hipóteses, ligando ideias de forma condicional.

    • Exemplo: "Se ele estudar, passará no exame."



Com a compreensão desses descritores, podemos analisar textos de forma mais profunda e desenvolver habilidades de leitura e interpretação essenciais para o nosso aprendizado. Lembre-se de aplicá-los sempre que ler ou interpretar qualquer texto, seja na escola ou fora dela!


Fórum: Opinar, compartilhar e refletir

Na nossa última aula, exploramos como a coerência (o sentido geral do texto) e a coesão (a ligação entre as partes do texto) são fundamentais para uma boa compreensão. Vimos também como os descritores D2, D7, D8, D9, D10, D11 e D15 nos ajudam a identificar elementos importantes em um texto.


Passo 1 – Leitura e Análise Crítica

Leia atentamente o pequeno trecho abaixo:

Trecho:"Lucas estava muito ansioso. Lucas ia apresentar seu trabalho na feira de ciências. Lucas tinha ensaiado muito. Mas Lucas ainda estava com medo. Ele pensou em desistir. No entanto, Lucas decidiu enfrentar seu medo."

Agora, responda às perguntas a seguir com base nos descritores estudados:


  • D2 – Coesão:

a) Quais palavras ou expressões poderiam ser substituídas ou reorganizadas para melhorar a coesão do texto?

b) Reescreva o trecho acima usando pronomes, sinônimos ou conectivos adequados.


  • D7 e D8 – Tese e Argumentos (interpretação):

a) Qual a mensagem principal (tese implícita) desse pequeno texto?

b) Quais frases servem como argumentos ou justificativas para essa mensagem?


  • D9 – Partes principais e secundárias:

a) Qual é a ideia principal desse trecho?

b) Quais informações complementam ou exemplificam essa ideia?


  • D10 – Conflito e elementos da narrativa:

a) Qual o conflito apresentado no texto?

b) Quem é o personagem? Onde se passa a história? Há indicação de tempo?


  • D11 e D15 – Causa/Consequência e Conectivos:

a) Identifique uma relação de causa e consequência no trecho.

b) Sugira um conectivo que poderia ser adicionado para deixar essa relação mais clara.


🧠 Passo 2 – Discussão e Compartilhamento

  1. Após responder às questões sobre o trecho acima, escolha um dos seguintes descritores (D7, D8, D9 ou D10) e faça o seguinte:


  • D7 (Tese): Imagine um breve texto (2-3 frases) sobre um tema de sua escolha e destaque qual seria a tese desse texto.

  • D8 (Tese e Argumentos): Pense na tese que você criou para o D7 e apresente um argumento que a sustentaria. Explique como esse argumento se relaciona com a tese.

  • D9 (Partes Principais e Secundárias): Elabore uma frase que represente uma ideia principal e, em seguida, adicione uma frase que funcione como uma informação secundária (exemplo, detalhe ou explicação) dessa ideia principal.

  • D10 (Conflito Narrativo): Descreva brevemente um possível conflito gerador para uma história. Mencione também um personagem envolvido nesse conflito e qual seria o seu desafio.


  1. Leia as respostas de seus colegas e interaja com pelo menos duas delas, comentando sobre suas análises ou exemplos. Concorda com a identificação dos descritores? Tem outra perspectiva? O exemplo criado é claro?

PRATIQUE

Questão 1. Leia o trecho a seguir:


"Ana preparou um delicioso jantar para a família. Todos elogiaram a refeição feita por ela."

Com base nesse trecho, qual é o mecanismo de coesão utilizado para evitar a repetição do nome da personagem?

A) Uso de conectivos que estabelecem oposição entre as frases.

B) Uso de um advérbio para retomar a ideia central do texto.

C) Substituição do nome da personagem por um pronome pessoal.

D) Repetição proposital da mesma palavra para reforçar a ideia principal.


Questão 2. Leia o trecho abaixo:


"A prática regular de esportes deve ser incentivada nas escolas, pois contribui para o desenvolvimento físico e emocional dos alunos."

Qual é a tese defendida nesse texto?

A) Os alunos enfrentam dificuldades emocionais nas escolas.

B) O desenvolvimento físico é mais importante que o emocional.

C) A prática de esportes exige incentivo dos professores.

D) A prática esportiva nas escolas é benéfica e deve ser promovida.


Questão 3. Leia o fragmento:


"O uso de transporte público deve ser ampliado nas grandes cidades. Ele reduz o número de carros nas ruas e diminui a emissão de poluentes."

Qual alternativa apresenta corretamente a relação entre tese e argumentos?

A) A tese é a redução dos poluentes, e o transporte público é um detalhe irrelevante.

B) Os argumentos reforçam a necessidade de ampliar o transporte público, sustentando a tese.

C) A tese apresenta um fato, enquanto os argumentos discutem outro tema.

D) Os argumentos contradizem a tese ao sugerirem o uso de carros particulares.


Questão 4. (SPAECE). Leia o texto abaixo.

Emagrecer melhora saúde, mas não melhora humor, indica estudo [...] A pesquisa observou 1,9 mil pacientes britânicos acima do peso com mais de 50 anos, aconselhados a perder peso por questões de saúde. O estudo [...] afirma que pessoas que perderam mais de 5% de peso ficaram mais saudáveis, porém mais propensas a sentir mau humor.

A equipe da Universidade College London (UCL) afirmou que quem estiver tentando perder peso deve procurar o apoio de amigos e profissionais de saúde, caso sinta necessidade. [...] As 278 pessoas que emagreceram também registraram queda na pressão e no nível de lipídios. Mas também tiveram uma probabilidade 50% maior de se sentir tristes, em comparação com aqueles que mantiveram o mesmo peso.

Para os cientistas, isso poderia ser explicado pelas dificuldades de se manter uma dieta, como, por exemplo, resistir a beliscar e evitar encontros com amigos que envolvam refeições. “Não queremos desestimular as pessoas a tentar perder peso, porque isso traz enormes benefícios de saúde. Mas as pessoas não devem ter a expectativa de que emagrecer vai imediatamente melhorar todos os aspectos de suas vidas”, afirmou a doutora Sarah Jackson, que coordenou a pesquisa. [...]

Disponível em: http://migre.me/kZQMG. Fragmento.


No trecho “... isso traz enormes benefícios de saúde...” (3° parágrafo), o termo em destaque refere-se a

A) perder peso.

B) manter uma dieta.

C) evitar encontros com amigos.

D) desestimular as pessoas.


Questão 5. (AVALIA-BH). Leia o texto abaixo.


Humor de adolescência

A convivência com os adolescentes é cheia de surpresas, pois esse ser mutante e complexo apresenta constantes alterações de humor. [...] São seres indecisos e carentes, mas também são rebeldes e defensivos.

A adolescência é uma fase que deixa marcas por toda uma vida. Nessa fase descobre-se a sexualidade, o desejo de ser independente, a ousadia de experimentar o diferente e, entre outras coisas, descobre-se também a beleza da liberdade e o valor do respeito.

A escola é, certamente, um dos locais em que as descobertas da adolescência ganham maior evidência, pois é ali que adolescentes relacionam-se com outros adolescentes, trocando experiências e medos. Os comportamentos dos adolescentes, tais como rebeldia, humor alterado, arrogância e outros podem até ser explicados pela frequente metamorfose física e mental decorrente dessa fase, porém, é preciso que o adolescente aprenda a respeitar os limites. E por mais difícil que seja, professores, pais e amigos precisam lidar com essa complexa fase da vida.

A compreensão é, sem dúvida, fundamental, pois o adolescente necessita sentir-se num ambiente amigável e confiável para assim agir de forma natural, espontânea e sensata. [...]

Quando há essa resistência em relacionar-se com respeito, surgem os maiores problemas, pois os adolescentes partem para as provocações, rebeldia exagerada, descontrole e desprezo por tudo que possa contrariá-los. Nenhuma relação suporta o desrespeito contínuo, e, quando se trata de adolescente, os adultos – pais e educadores – podem encontrar grandes e verdadeiros conflitos de relacionamento pela frente.

Apesar de não haver uma receita pronta, cabe aos adultos a tarefa de educarem os mais jovens, mostrando o valor do respeito, da liberdade e da confiança, lembrando que o melhor exemplo deve ser a própria conduta do adulto.

FRANÇA, Cláudia. Disponível em: http://eaprender.ig.com.br/liquid.asp?RegSel=24&Pagina=1#materia


No trecho “... e desprezo por tudo que possa contrariá-los.” (6° parágrafo), a palavra destacada substitui

A) adolescentes.

B) adultos.

C) educadores.

D) pais.


Questão 6. (SAEPB). Leia o texto abaixo.


Quais os efeitos do calor no corpo?

Batimentos a mil.

Os vasos do coração também se dilatam com o calor. Com isso, a pressão arterial cai e ele passa a bater mais rápido, aumentando a frequência cardíaca. Em casos de exposição solar intensa, podemos desenvolver um quadro de insolação, com sintomas como febre, falta de ar, dor de cabeça, tontura, náuseas e até desmaio.


Nariz desprotegido.

O aumento da temperatura causa a dilatação dos vasos do nariz, o que intensifica a circulação de sangue ali e leva à congestão. Sem a lubrificação adequada, os pelos nasais perdem a capacidade de filtrar as partículas do ar, favorecendo a entrada de vírus e bactérias.


Manchas à vista.

O tempo quente e ensolarado provoca a superprodução de melanina, o pigmento encarregado de absorver a radiação solar e dar o tom bronzeado à pele. Isso pode levar ao aparecimento de manchas escuras no corpo [...].


Baixando o termômetro.

Para impedir que a temperatura vá às alturas, as glândulas sudoríparas, localizadas logo abaixo da pele, produzem suor – líquido rico em sais minerais, como o sódio e o potássio. Essa suadeira toda, se combinada a um ambiente úmido, pode contribuir para o desenvolvimento de micoses, principalmente em áreas de dobras, como virilhas, axilas e entre os dedos dos pés. Um adulto pode produzir dois litros de suor em um dia quente – 99% desse líquido é constituído de água e 1% de sais minerais.


Proteja-se!

Opte por roupas claras e leves, de preferência de algodão. Esse tecido absorve a transpiração e permite que a pele respire. Coma frutas, principalmente melão, morango e melancia. Por conterem muita água, elas ajudam a repor o líquido perdido com o suor. Fuja do sol entre 10 e 15 horas, período de maior intensidade dos raios ultravioleta. Tenha sempre um filtro solar à mão e, se possível, reaplique-o a cada duas horas.

Hidrate-se. O ideal é ingerir sete ou oito copos d’água diariamente para evitar a perda de sais minerais.

Saúde é vital. n. 331, dez. 2010, Ed. Abril, p.30-31. Fragmento.


No trecho “Com isso, a pressão arterial cai e ele passa a bater...”, a palavra destacada refere-se à

A) alteração da frequência cardíaca.

B) ampliação dos vasos do nariz.

C) dilatação dos vasos do coração.

D) exposição excessiva ao sol.


Questão 7. (SAEPI). Leia o texto abaixo.


O site americano TechCrunch, especializado em web, fez em agosto do ano passado uma constatação que, sempre que feita, ainda espanta a gringaiada: é preciso falar português para entender parte importante do universo online atual.

É na América Latina, constata o site, que a web mais cresce no planeta: a região já responde hoje por metade da população de internet da América do Norte e continua crescendo mais que a média mundial de usuários em outros continentes. O Brasil, nesse bolo, está na ponta, compondo 35% dos internautas latino-americanos.

Em sites de forte apelo global como Orkut, Facebook e Twitter, os falantes de português são um público numeroso. Mas falar português também está virando um atrativo de mercado: o acesso a sites e a compras latino-americanas, diz o TechCrunch, são majoritariamente em português. [...] O brasileiro adere fácil à tecnologia da conversação porque é comunicativo. [...] Segundo o Ibope, os internautas brasileiros entre 12 e 24 anos passam 27 horas mensais no computador, dos quais 57% visitam blogs e 46% usam programas de conversação.

Língua. Ano 5, n. 64, fev. 2011.


Nesse texto, a ideia defendida pelo site TechCrunch refere-se

A) à importância do português no universo online.

B) à participação do português nas compras realizadas online.

C) ao crescimento da web na América Latina.

D) ao tempo gasto pelos internautas brasileiros na web.


Questão 8. (Prova Brasil). Leia o texto abaixo:


O mercúrio onipresente (Fragmento)

Os venenos ambientais nunca seguem regras. Quando o mundo pensa ter descoberto tudo o que é preciso para controlá-los, eles voltam a atacar.

Quando removemos o chumbo da gasolina, ele ressurge nos encanamentos envelhecidos. Quando toxinas e resíduos são enterrados em aterros sanitários, contaminam o lençol freático. Mas ao menos acreditávamos conhecer bem o mercúrio.

Apesar de todo o seu poder tóxico, desde que evitássemos determinadas espécies de peixes nas quais o nível de contaminação é particularmente elevado, estaríamos bem. [...].

Mas o mercúrio é famoso pela capacidade de passar despercebido. Uma série de estudos recentes sugere que o metal potencialmente mortífero está em toda parte — e é mais perigoso do que a maioria das pessoas acredita.

Jeffrey Kluger. IstoÉ. nº 1927, 27/06/2006, p.114-115.


A tese defendida no texto está expressa no trecho:

A) as substâncias tóxicas, em aterros, contaminam o lençol freático.

B) o chumbo da gasolina ressurge com a ação do tempo.

C) o mercúrio apresenta alto teor de periculosidade para a natureza.

D) o total controle dos venenos ambientais é impossível.


Questão 9. (Prova Brasil). Leia o texto abaixo:


A incapacidade de ser verdadeiro

Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.

A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo.

Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias. Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:

– Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia.

DRUMMOND, Carlos. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record.


Nesse texto, a narrativa é gerada pela

A) aparição de seres fantásticos.

B) ida de Paulo ao médico.

C) imaginação de Paulo.

D) proibição de jogar futebol.


 

Questão 10. (PAEBES). Leia o texto abaixo.

 

Meio ambiente e a Convenção do Clima

Toda vez que se fala da Convenção do Clima na imprensa, fala-se também em desastres do meio ambiente. Efeito estufa, gás carbônico em excesso na atmosfera, são sinônimos de desastre. Desastres naturais climáticos, principalmente enchentes, que causam enorme destruição são o transtorno visível mais direto que se usa como ameaça para tentar convencer aqueles que não querem passar a adotar processos energéticos mais limpos (e mais caros). O que há de verdade nisto tudo? Afinal, aquecimentos e resfriamentos do planeta não são novidades. Quem não ouviu falar das eras glaciais, por exemplo? Por que agora deveria ser diferente?

A resposta é que as mudanças passadas foram naturais, e agora, o efeito é artificial, causado pelo homem, e o resultado de modificar o efeito estufa, de contribuir artificialmente para um aquecimento do planeta, pode trazer resultados que são uma grande incógnita. Não se sabe ao certo o que pode acontecer.

Os estudos ainda não são totalmente unânimes em prever os resultados. Mas uma coisa é certa. Vai ser um processo destrutivo que pode trazer enormes prejuízos para todos.

Reduzir o efeito estufa é possível, mas passa a ser um problema econômico. Adotar processos de geração de energia mais limpos, e sem emissão de gás carbônico, custa caro, e poderá afetar a economia dos países, principalmente aqueles que precisam investir mais porque poluem mais. O Congresso Americano nomeou uma comissão para estudar o assunto. [...]

Disponível em: http://www.dge.inpe.br/ozonio/kirchhoff/html/artigo11.html. Fragmento.

 

Nesse texto, o autor defende a ideia de que

A) a criação da comissão para estudar o efeito estufa ajudará a amenizar a situação.

B) a mudança climática acarretará enormes prejuízos para a humanidade.

C) é importante serem realizadas convenções sobre o clima.

D) é preciso evitar desastres como as enchentes.

 

Questão 11. (AVALIA-BH). Leia o texto abaixo.

 

Vó caiu na piscina

 

Noite na serra, a luz apagou. Entra o garoto.

– Pai, vó caiu na piscina.

– Tudo bem, filho.

O garoto insiste:

– Escutou o que eu falei, pai?

– Escutei, e daí? Tudo bem.

– Cê não vai lá? Ela tá lá... Tá escuro, pai... Vó tá com uma vela.

– Pois então? Tudo bem. Depois ela acende.

– Já tá acesa... Cê não acredita no que eu digo.

– Eduardo, você sabe que Dona Marieta caiu na piscina?

– Até você, Fátima? Não chega o Nelsinho vir com essa ladainha?

– Eduardo, está escuro que nem breu, sua mãe tropeçou, escorregou e foi parar dentro da piscina.

Ouviu? [...] Não pode sair sozinha, está com a roupa encharcada, pesando muito.

Saiu correndo, nem esperou a vela, tropeçou, quase ia parar também dentro d’água.

– Mamãe, me desculpe! O menino não disse nada direito.

– Está bem, Eduardo! Nelsinho falou direito, você é que teve um acesso de calma, meu filho!

ANDRADE, Carlos Drummond de. Vó caiu na piscina. 10. ed. Rio de Janeiro:2007, p.41-43. Fragmento.

 

Nesse texto, a avó ficou impossibilitada de sair sozinha da piscina porque

A) era muito calma.

B) estava muito escuro.

C) a roupa molhada pesava.

D) a vela acesa impedia.

 

Questão 12. (Prova Brasil). Leia o texto abaixo:

 

Os filhos podem dormir com os pais? (Fragmento)

Maria Tereza – Se é eventual, tudo bem. Quando é sistemático, prejudica a intimidade do casal. De qualquer forma, é importante perceber as

motivações subjacentes ao pedido e descobrir outras maneiras aceitáveis de atendê-las. Por vezes, a criança está com medo, insegura, ou sente que tem poucas oportunidades de contato com os pais. Podem ser criados recursos próprios para lidar com seus medos e inseguranças, fazendo ela se sentir mais competente.

Posternak – Este hábito é bem frequente. Tem a ver com comodismo – é mais rápido atender ao pedido dos filhos que aguentar birra no meio da madrugada; e com culpa – “coitadinho, eu saio quando ainda dorme e volto quando já está dormindo”. O que falta são limites claros e concretos.

A criança que “sacaneia” os pais para dormir também o faz para comer, escolher roupa ou aceitar as saídas familiares.

ISTOÉ, setembro de 2003 -1772.

 

O argumento usado para mostrar que os pais agem por comodismo encontra-se na alternativa:

A) a birra na madrugada é pior.

B) a criança tem motivações subjacentes.

C) o fato é muitas vezes eventual.

D) os limites estão claros.

 

Questão 13. (SAEMI - PE). Leia o texto abaixo.

 

Muitos dizem ser necessário estudar em um ambiente silencioso, sem distrações. No entanto, para alguns, o estudo em um ambiente tranquilo também

pode ser tedioso e não render em nada. Por isso apoiamos aqueles que gostam de músicas para estudar.

Embora alguns estudos digam que ouvir música não é bom para estudo, acreditamos que ouvir música é uma boa alternativa para estudar calmamente. Você pode criar um ambiente tranquilo, onde você pode ser produtivo estudando sem ser em um silêncio absoluto.

A música também ajuda a elevar o seu humor e motivá-lo a continuar, e tem alguns que dizem que ajuda na memorização e no ânimo para estudar.

Mas o desafio é escolher as músicas para estudar. Se você escolher o tipo errado de música, você pode acabar se distraindo com ela, em vez de

melhorar a sua concentração para estudar para as próximas provas.

Disponível em: <https://www.examtime.com/pt-BR/blog/musicas-para-estudar/>. Fragmento.

 

Qual é o trecho que apresenta a informação principal desse texto?

A) “Muitos dizem ser necessário estudar em um ambiente silencioso, ...”. (1° parágrafo)

B) “... acreditamos que ouvir música é uma boa alternativa para estudar calmamente.”. (2°parágrafo)

C) “... e tem alguns que dizem que ajuda na memorização...”. (2° parágrafo)

D) “Se você escolher o tipo errado de música, você pode acabar se distraindo com ela,...”. (3° parágrafo)

 

Questão 14. (SAETHE). Leia o texto abaixo.

 

Jovens trocam livros por “leitura digital”

No bolso do jeans, um celular. Na escrivaninha do quarto, um laptop. [...] Tudo ao redor dos jovens de hoje oferece conexão 24 horas por dia nas mais diversas redes sociais. Como deixar de lado todas as infinitas possibilidades que o mundo digital oferece e se dedicar à leitura de um livro, com suas centenas de páginas, cheias de palavras [...] exigindo concentração para serem decifradas?

Dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) divulgados nesta semana afirmam que a leitura não está entre as prioridades dos jovens de 15 anos. [...] 46% dos estudantes afirmam que leem apenas para obter as informações de que precisam;

[...]. Apenas um terço disse que a leitura é um dos hobbies favoritos. Apesar dos dados do Pisa, especialistas em educação e tecnologia discordam da ideia de que o jovem de hoje lê menos. Muito pelo contrário: afirmam que os adolescentes nunca leram tanto. A diferença é que, agora, não são só os livros que são “lidos”, mas vídeos, sites, SMS, e-mails e uma gama imensa de informações. “O adolescente lê e escreve muito, comunica-se muito mais por escrito. As gerações anteriores liam só os livros da escola. Os jovens de hoje não: estão sempre se informando dentro dessa vida social digitalizada”, diz Rosa Maria Farah, [...] da PUC-SP. [...]

Para os educadores, a falta de interesse pela leitura formal pode levar à perda da habilidade de se concentrar quando necessário. “O jovem não

consegue mais ler um texto inteiro. [...]”, explica Teresa Ferreira, psicopedagoga da Unifesp. [...]

Ainda é cedo para afirmar o quanto isso pode ser prejudicial no futuro. Mas os especialistas alertam: ler apenas o essencial e aquilo que interessa pode levar à perda da aptidão para analisar situações com mais profundidade. “O jovem sabe de tudo o que acontece, mas não aprofunda o conhecimento dos fatos”, destaca a psicóloga Dora Sampaio Góes [...].

MANDELLI, Mariana. Disponível em:<http://www.estadao.com.br/noticias/geral,jovens-trocam-livros-por-leitura-digital-imp-,652713>. *Adaptado para fins didáticos. Fragmento.

 

A informação principal desse texto está no trecho:

A) “No bolso do jeans, um celular. Na escrivaninha do quarto, um laptop.”. (1° parágrafo)

B) “... deixar de lado todas as infinitas possibilidades que o mundo digital oferece...”. (1° parágrafo)

C) “A diferença é que, agora, não são só os livros que são ‘lidos’, mas vídeos, sites, SMS, e-mails e uma gama imensa de informações.”. (3° parágrafo)

D) “... ler apenas o essencial e aquilo que interessa pode levar à perda da aptidão para analisar situações com mais profundidade.”. (último parágrafo)

 

Questão 15. (PAEBES). Leia o texto abaixo.

 

Alimentação na infância afeta a saúde até a vida adulta

Biscoitos, bolachas e bolos fazem parte da alimentação de mais da metade dos bebês brasileiros, com menos de dois anos. Já os refrigerantes e sucos artificiais estão no cardápio de um terço das crianças da mesma faixa etária. É o que indicam os dados da última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados ainda nesse ano.

O endocrinologista Sérgio Vêncio [...] alerta sobre o consumo destes produtos com alto teor de açúcar e gorduras. “Este tipo de alimento deve ser evitado em qualquer fase da vida, mas os efeitos podem ser ainda mais devastadores se consumido desde cedo. Pesquisas demonstram que o peso do indivíduo até os 5 primeiros anos de vida tem grande influência sobre o peso na vida adulta”, explica.

De acordo com o especialista, o consumo desse tipo de alimento nesta idade parte da própria família, já que o bebê não sabe ainda discernir entre as comidas. “A criança não conhece o doce ou a gordura, nunca sentiu o gosto, então não tem porque os pais iniciarem este hábito. Assim, quando começarem a socializar com crianças da mesma idade, terão menor fascínio pelo lanche com baixo teor nutritivo do amigo”, exemplifica o médico.

O problema é que o sobrepeso é um fator de risco para diversas doenças como diabetes, hipertensão e doença cardiovascular. “Alterações que por muitos anos eram essencialmente do adulto, e mais comumente do idoso, estão afetando também as crianças. É o caso da diabetes tipo II, por exemplo.”, lamenta Dr. Sérgio. [...]

Disponível em: <http://migre.me/spZhR>. Fragmento.

 

Nesse texto, o trecho que traz a informação principal é:

A) “Biscoitos, bolachas e bolos fazem parte da alimentação de mais de metade dos bebês brasileiros, ...”. (1° parágrafo)

B) “‘Pesquisas demonstram que o peso do indivíduo até os 5 primeiros anos de vida tem grande influência sobre o peso na vida adulta’, ...”. (2°parágrafo)

C) “‘A criança não conhece o doce ou a gordura, nunca sentiu o gosto, então não tem porque os pais iniciarem este hábito.’”. (3° parágrafo)

D) “O problema é que o sobrepeso é um fator de risco para diversas doenças como diabetes, hipertensão e doença cardiovascular.”. (4°parágrafo)

 

Questão 16. (SAETHE). Leia o texto abaixo.

 

O tempo não apaga

Há alguns anos, quase todo dia de manhã, quando eu abria o portão para ir ao trabalho, via um garotinho sorridente que passava por mim, a caminho da escola, e eu correspondia o sorriso sem palavras.

Certo dia muito frio, percebi que ele estava de tênis, mas sem meias, apenas com uma calça curta e uma blusinha de uniforme. Perguntei se poderia lhe dar algumas roupas dos meus filhos, e ele, todo feliz, disse que precisava apenas de meias, mas que seu irmão precisava do restante. Combinei que no dia seguinte, quando ele passasse, lhe entregaria o material. Juntei todas as meias que pude, de todos os tamanhos e cores e dito e feito: com um “muito obrigado, senhora”, ele se foi. De vez em quando, ainda o via, mas com o passar do tempo não o vi mais... Até que certo dia a campainha soou e fui atender. Era um rapaz alto, mas aquele sorriso era o mesmo, me agradecendo mais uma vez pelas “meias” e, com um cesto de verduras verdinhas, me fez chorar... Ele me contou que as meias duraram muitos anos e em momento algum esqueceu o meu gesto. Às vezes, uma atitude tão simples faz toda a diferença na vida de alguém.

Seleções. Jan. 2011. p. 60.

 

O fato que gerou essa história foi a

A) bondade da senhora.

B) lembrança do rapaz.

C) necessidade do irmão.

D) temperatura da manhã.

 

Questão 17. (SAEPE). Leia o texto abaixo.

 

Amplexo

Mãe, me dá um amplexo? A pergunta pega Cinira desprevenida. Antes que possa retrucar, ela nota o dicionário na mão do filho, que completa o pedido:

– E um ósculo também.

Ainda surpresa, a mulher procura no livro a definição das duas estranhas palavras. E encontra.

Mateus quer apenas um abraço e um beijo.

Conversa vai, conversa vem, Cinira finalmente se dá conta de que o garoto, recém apresentado às classes gramaticais nas aulas de Português, brinca com os sinônimos. “O que vai ser de mim quando esse tiquinho de gente cismar com parônimos, homônimos, heterônimos e pseudônimos?”, pensa ela, misturando as estações. [...] E emenda:

– Para com essa bobagem, menino!

– Ah, mãe, o que é que tem? Você nunca chamou cachorro de cão? E casa de residência? E carro de automóvel?

– É verdade, mas...

Mas a verdade é que Cinira não tem uma boa resposta.

– E meu nome é Mateus – continua o rapaz. – Só que você me chama de Matusquela.

– Ei, isso não vale. Matusquela é apelido  carinhoso. [...]

– A professora disse que aprender palavras é como ganhar roupas e guardar numa gaveta. Quando a gente precisa delas, tira de lá e usa. Cada uma serve para uma ocasião, por mais esquisita que pareça. Igual à querê-querê roxa que você me deu no último aniversário. Lembra? Como esquecer? Cinira nem se dá ao trabalho de consultar o dicionário. Sabe que a explicação para essa última provocação está no verbete camiseta.

ALENCAR, Marcelo. Disponível em:<http://acervo.novaescola.org.br/fundamental-1/amplexo-634320.shtml> Fragmento.

 

A história desse texto tem início quando

A) a mãe percebe o dicionário na mão do garoto.

B) a mãe procura as palavras estranhas no dicionário.

C) o garoto faz brincadeiras com o uso dos sinônimos.

D) o garoto lembra do presente do último aniversário.

 

Questão 18. (SAEGO). Leia o texto abaixo.

 

Mila

Era pouco maior do que minha mão: por isso eu precisei das duas para segurá-la, 13 anos atrás. E, como eu não tinha muito jeito, encostei-a ao peito para que ela não caísse, simples apoio nessa primeira vez. Gostei desse calor e acredito que ela também.

Dias depois, quando abriu os olhinhos, olhou-me fundamente: escolheu-me para dono. Pior: me aceitou.

Foram 13 anos de chamego e encanto.

Dormimos muitas noites juntos, a patinha dela em cima do meu ombro. Tinha medo de vento. O que fazer contra o vento?

Amá-la – foi a resposta e também acredito que ela entendeu isso. Formamos, ela e eu, uma dupla dinâmica contra as ciladas que se armam. E também contra aqueles que não aceitam os que se amam.

Quando meu pai morreu, ela se chegou, solidária, encostou sua cabeça em meus joelhos, não exigiu a minha festa, não queria disputar espaço, ser maior do que a minha tristeza.

Tendo-a ao meu lado, eu perdi o medo do mundo e do vento. E ela teve uma ninhada de nove filhotes, escolhi uma de suas filhinhas e nossa dupla ficou mais dupla porque passamos a ser três. E passeávamos pela Lagoa. [...] Era uma lady, uma rainha de Sabá numa liteira inundada de sol e transportada por súditos imaginários. No sábado, olhando-me nos olhos, com seus olhinhos cor de mel, bonita como nunca, mais que amada de todas, deixou que eu a beijasse chorando.

Talvez ela tenha compreendido. Bem maior do que minha mão, bem maior do que o meu peito, levei-a até o fim. Eu me considerava um profissional decente. Até semana passada, houvesse o que houvesse, procurava cumprir o dever dentro de minhas limitações. Não foi possível chegar ao gabinete onde, quietinha, deitada a meus pés, esperava que eu acabasse a crônica para ficar com ela.

Até o último momento, olhou para mim, me escolhendo e me aceitando. Levei-a, em meus braços, apoiada em meu peito. Apertei-a com força, sabendo que ela seria maior do que a saudade.

CONY, Carlos Heitor. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. (Org.) As cem melhores crônicas do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 271-272. Fragmento.

 

No primeiro parágrafo desse texto, o narrador

A) conhece o pensamento dos personagens.

B) conta um fato observado por ele.

C) faz intromissões na história.

D) participa dos fatos narrados.


Questão 19. (PAEBES). Leia o texto abaixo.

 

Bucolismo

Bucolismo é o termo utilizado para designar uma espécie de poesia pastoral, que descreve a qualidade ou o caráter dos costumes rurais, exaltando as belezas da vida campestre e da natureza, característica do Arcadismo. A base material do progresso consubstanciava-se nas cidades. Mudava o mundo, modernizavam-se as cidades e, consequentemente, redobravam os problemas dos conglomerados urbanos. A natureza acenava com a ordem nos prados e nos campos, os indivíduos resgatavam sentimentos corroídos pelo progresso. Os árcades buscavam uma vida simples, bucólica, longe do burburinho citadino. Eles tinham preferência pela vida nos campos, próxima à natureza.

Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Bucolismo>. Fragmento.

 

Nesse texto, uma relação de causa e efeito está em:

A) “... o caráter dos costumes rurais, exaltando as belezas da vida campestre [...], característica do arcadismo.”.

B) “Mudava o mundo, [...] consequentemente, redobravam os problemas dos conglomerados urbanos.”.

C) “Os árcades buscavam uma vida simples, bucólica, longe do burburinho citadino.”.

D) “... tinham preferência pela vida nos campos, próxima à natureza.”.

 

Questão 20. (PAEBES). Leia o texto abaixo.

 

Luz no fim do túnel

Graças a Ricão, minhas dúvidas sobre ser “igual ou diferente”, “original ou copiado” viraram secundárias. Num minuto súbito, deixei de me sentir perdido, foi incrível! Tinha agora um rumo na vida, enxergava luz no fim do túnel. A meta era ser escritor de comediante, aprender a ser engraçado, bolar um monte de frases espertas e situações hilárias para Rogério apresentar em espetáculos de ventríloquo pelo país, operando um boneco de mão.

A gente estrearia na tevê, num show de talento. Faria o maior sucesso. Seria convidado para outros programas. Ganharia uma grana firme e alcançaria fama – talvez até mesmo antes dos 15 anos.

Com o primeiro dinheiro firme que entrasse, eu compraria um barraco para o Ricão. Ou melhor, barraco não, casinha decente. Depois mandaria pôr dessas mãos postiças supermaneiras no braço dele.

Ricão trabalharia com a gente de secretário, colaborador, cobrador, sei lá, até ator, em certos números. Quem sabe se, um dia, além de Ricão, não seria ricaço também.

Planejar como gastar altas granas era mais gostoso do que decidir como usar os caraminguás do aumento da mamãe. E se alguém, naquele instante, me perguntasse na bucha: “Ser gêmeo idêntico é bom ou é ruim?”, ouviria de resposta certa: “É ótimo!

Ótimo para criar confusão no palco e botar o auditório rindo.”

As ideias foram tantas, que mal guardei metade delas. Uma das boas, que retive, era Rogério comandar, em vez de um boneco, um dinossauro chamado Grumbs. Imaginei o nome da dupla: Roger and Grumbs. Em inglês soava bem, o que era meio caminho andado. Aí, nosso programa de televisão se chamaria Planeta Grumbs e o título do primeiro filme nacional que a gente faria, poderia ser “Rogério e Grumbs na Bogúncia.” Enfim, na  possibilidade de ser em breve rico e famoso, todos os meus problemas pareceram resolvidos.

PATRIOTA, Margarida. Luz no fim do túnel. In: Uma voz do outro mundo.Belo Horizonte: Dimensão, 2007. p. 83-4.

 

Nesse texto, o narrador expressa sua opinião em relação ao fato de suas dúvidas terem virado secundárias no trecho:

A) “... deixei de me sentir perdido, foi incrível!”. (1° parágrafo)

B) “A meta era ser escritor de comediante,...”. (2° parágrafo)

C) “‘Ser gêmeo idêntico é bom ou é ruim?’,...”. (5° parágrafo)

D) “... o que era meio caminho andado.”. (6° parágrafo)

 

Questão 21(AVALIA-BH). Leia o texto abaixo.

 

Cabelos brancos

Olá, pessoal da revista CHC. Meu nome é Maria Eduarda, tenho nove anos e estou no 4º ano A, na Escola Municipal Dr. Álvaro Coelho. Eu gostei muito da reportagem da CHC 159 “Por que os cabelos ficam brancos?”. Ela mostra como acontece esse processo.

Queria muito que publicassem minha carta. Muitos beijos e abraços para vocês.

Maria Eduarda Q. P. Aquino. Presidente Venceslau / SP.

Disponível em: <http://chc.cienciahoje.uol.com.br/dias-claros/>

 

No Texto, há uma opinião no trecho:

A) “Olá, pessoal da revista CHC.”.

B) “Meu nome é Maria Eduarda,...”.

C) “Eu gostei muito da reportagem da CHC...”.

D) “Queria muito que publicassem minha carta.”.


Questão 22. (SAERS). Leia o texto abaixo e responda.


Na frase “ estão valendo as novas regras [...]”, a palavra destacada estabelece uma relação de

A) causalidade.

B) finalidade.

C) modalidade.

D) temporalidade.


 

Questão 23. (Prova Brasil). Leia o texto abaixo:

 

MAR MORTO

 

Para quem não sabe nadar, entrar na água do mar ou na piscina é sempre complicado. Precisa de colo de alguém ou de bóia de plástico.

Mas existe um mar em que nada afunda, de tanto sal que existe em sua água. Esse mar fica entre dois países do Oriente, Israel e a Jordânia, e se chama Mar Morto. Na verdade, não é um mar: é um grande lago, onde deságua o rio Jordão. Ele está 392 metros abaixo do nível do mar, e é o ponto mais baixo de toda a superfície do planeta. De tão grande, parece mesmo um mar: tem 85 quilômetros de comprimento e 17 quilômetros de largura. É tanto sal em suas águas que não tem peixe, alga ou camarão que consiga viver ali dentro.

Por isso o nome de Mar Morto. A lama que existe no fundo faz muito bem para a pele e tem propriedades medicinais. As pessoas vão ao Mar Morto também para fazer tratamento de beleza com lama! Não é preciso mergulhar no sal para ir atrás dessa poção mágica de beleza. Perto dali, existem lojinhas que vendem sabonete feito com a lama do fundo do lago. O Mar Morto é realmente um lugar diferente!

Só vendo para acreditar.

Disponível em: <www.recreioonline.com.br> Fragmento. *Adaptado:Reforma Ortográfica.

 

No trecho “... que consiga viver ali dentro.”, a palavra destacada indica

A) tempo.

B) modo.

C) lugar.

D) intensidade.

 

Questão 24. (SAEPE). Leia o texto abaixo.

 

A importância do abraço

Com frequência saudamos, damos a mão cordialmente ou nos despedimos com um beijo ritual, porém raramente experimentamos “o abraço”. A emoção do abraço tem uma qualidade incomensurável1. É a proximidade do outro, em um ato recíproco de dar e receber afeto. [...] Leva-nos à fraternidade, a uma comunicação generosa, a uma consciência de pertencer a uma “Irmandade Universal”. O abraço é um meio supremo de perceber o outro, não só como um próximo, mas como um semelhante.

Mediante o abraço é possível alcançar a fusão de duas identidades em uma identidade maior. É fácil abraçar as pessoas estimadas e queridas, mas difícil um estranho.

A afetividade é um estado de afinidades profundas entre os seres, capaz de originar sentimentos de amor, amizade, altruísmo2, maternidade, paternidade, companheirismo [...].

Por isso, nestes “tempos” sugere-se que [...] comecemos a nos abraçar... Primeiro pais, irmãos, amigos, parentes, depois os conhecidos... E assim por diante. [...]

 

*Vocabulário:

1 incomensurável: que não se pode medir; imenso.

2 altruísmo: dedicação ao próximo.

Disponível em: <http://zip.net/bxtvPr>. Fragmento.

 

Nesse texto, no trecho “... porém raramente experimentamos ‘o abraço’.” (1° parágrafo), a palavra destacada expressa ideia de

A) comparação.

B) conclusão.

C) explicação.

D) oposição.



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