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[AULA 4] Coerência e Coesão no Processamento do Texto - 3º EM

Atualizado: 8 de mai.


Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso preparatório, focada em aprimorar suas habilidades de interpretação textual. Dominar a leitura e a compreensão de textos é crucial não apenas para o sucesso acadêmico, mas também para a vida. Nesta aula, exploraremos descritores essenciais que frequentemente aparecem em avaliações e concursos. Vamos mergulhar fundo em cada um deles, com exemplos práticos e dicas valiosas.


Um texto coeso é como uma teia bem tecida, onde cada fio se conecta aos demais, formando um todo harmonioso. O descritor D2 avalia sua capacidade de identificar como essa conexão é feita. Repetições de palavras, embora às vezes necessárias para ênfase, podem tornar o texto cansativo.

Por isso, autores habilidosos utilizam mecanismos de substituição, como sinônimos (ex: "belo" por "formoso"), pronomes (ex: "O livro é interessante. Ele aborda...") e expressões resumitivas (ex: "a problemática ambiental" referindo-se a algo já discutido). Observem como esses recursos evitam a monotonia e garantem a progressão das informações.

"A poluição dos rios é um problema grave. Esse fenômeno afeta a vida aquática e a saúde humana." (O pronome "esse fenômeno" retoma "a poluição dos rios", evitando repetição).

Por que é importante?

A coesão textual é fundamental para a compreensão do texto. Ela garante que as ideias fluam de forma lógica e que o leitor possa seguir o raciocínio do autor. Além disso, a coesão contribui para a clareza e a elegância da escrita.


  • Identifique as repetições: Preste atenção às palavras que se repetem. Pergunte-se se elas são necessárias ou se podem ser substituídas por sinônimos ou pronomes.

  • Use sinônimos: Sinônimos são palavras com significados semelhantes. Eles ajudam a evitar repetições e a tornar o texto mais variado.

  • Empregue pronomes: Pronomes (ele, ela, isso, aquele, etc.) são ótimos para referir-se a elementos já mencionados, evitando repetições.

  • Utilize expressões resumitivas: Expressões como "o problema", "a questão", "o fato" podem resumir ideias anteriores, facilitando a compreensão.

  • Revise seu texto: Após escrever, revise seu texto para verificar se a coesão está adequada. Se necessário, faça ajustes para melhorar a clareza e a fluidez.

Sem coesão: "O livro é interessante. O livro aborda temas importantes. O livro é bem escrito."
Com coesão: "O livro é interessante, pois aborda temas importantes e é bem escrito."

Todo texto argumentativo ou dissertativo apresenta uma tese, ou seja, a ideia central que o autor defende. É o ponto de vista sobre o assunto. Localizar a tese é fundamental para compreender a mensagem.

Geralmente, ela aparece na introdução, sendo desenvolvida ao longo do texto, ou na conclusão, como um resumo da argumentação. Em alguns casos, a tese pode estar implícita, exigindo maior inferência do leitor.

Em um texto sobre a importância da leitura, a tese poderia ser: "A leitura regular é fundamental para o desenvolvimento intelectual e social do indivíduo."

Por que é importante?

Identificar a tese é fundamental para a compreensão do texto. Ela orienta a leitura e ajuda a entender o propósito do autor. Além disso, a tese é um elemento-chave para a elaboração de resumos e paráfrases.


  • Leia com atenção a introdução: A introdução costuma apresentar a tese de forma explícita. Preste atenção às frases que expressam a opinião do autor.

  • Identifique o assunto principal: Qual é o tema central do texto? O que o autor está discutindo?

  • Pergunte-se: "Qual é a posição do autor em relação a esse assunto?" A resposta a essa pergunta é a tese.

  • Analise a conclusão: A conclusão costuma reafirmar a tese. Verifique se a conclusão está alinhada com a ideia central apresentada na introdução.

  • Se a tese não estiver explícita, tente inferi-la: Às vezes, a tese não é apresentada de forma direta. Nesse caso, você precisará inferir a partir das informações do texto.


"A leitura é uma atividade fundamental para o desenvolvimento intelectual e social do indivíduo. Ela estimula a imaginação, amplia o vocabulário e proporciona acesso a diferentes culturas. Além disso, a leitura contribui para a formação de cidadãos críticos e conscientes."
Tese: A leitura é fundamental para o desenvolvimento intelectual e social do indivíduo.

Uma tese, por si só, não convence ninguém. Para isso, o autor utiliza argumentos, que são as razões, evidências, exemplos, dados estatísticos, citações de especialistas, entre outros recursos, que comprovam a validade da tese.


O descritor D8 avalia sua capacidade de entender a relação entre a tese e os argumentos. Pergunte-se: "Por que o autor afirma isso? Quais provas ele apresenta?".

Se a tese é "A prática de exercícios físicos melhora a qualidade de vida", os argumentos poderiam ser: "Redução do risco de doenças cardiovasculares", "Melhora do humor e do sono" e "Aumento da disposição física".

Por que é importante?

A relação entre a tese e os argumentos é fundamental para a construção de um texto argumentativo sólido. Os argumentos são a base da argumentação, e a tese é a conclusão a que se chega a partir desses argumentos.


  • Identifique a tese: Antes de analisar os argumentos, é importante identificar a tese do texto. Pergunte-se: "Qual é a ideia central defendida pelo autor?"

  • Identifique os argumentos: Os argumentos podem ser encontrados em diferentes partes do texto. Preste atenção a frases que apresentam razões, evidências, exemplos, dados, fatos, opiniões de especialistas, etc.

  • Avalie a relação entre os argumentos e a tese: Pergunte-se: "Como os argumentos apresentados no texto sustentam a tese? Quais são as conexões lógicas entre eles?"

  • Verifique se os argumentos são válidos: Nem todos os argumentos são igualmente fortes. É importante avaliar se os argumentos são relevantes, consistentes e apoiados por evidências.


  • Tese: 

"A leitura é fundamental para o desenvolvimento intelectual e social do indivíduo."
  • Argumentos:

"A leitura estimula a imaginação e a criatividade."
"A leitura amplia o vocabulário e a compreensão da linguagem."
"A leitura proporciona acesso a diferentes culturas e perspectivas."
"A leitura desenvolve o pensamento crítico e a capacidade de argumentação."

Nem todas as informações em um texto têm o mesmo peso. Há ideias centrais, que são o núcleo da mensagem, e informações secundárias, que as complementam, como exemplos, detalhes e explicações.

O descritor D9 avalia sua habilidade de hierarquizar as informações, identificando o que é fundamental para a compreensão do texto e o que é acessório.

Em um texto sobre a Revolução Francesa, a queda da Bastilha é uma informação principal, enquanto a descrição dos trajes da época é uma informação secundária.

Por que é importante?

Saber diferenciar informações principais e secundárias é crucial para:

  • Compreensão profunda: Permite focar no núcleo da mensagem, evitando dispersão com detalhes menos relevantes.

  • Resumo eficaz: Facilita a produção de resumos concisos e precisos, destacando apenas as informações-chave.

  • Análise crítica: Auxilia na avaliação da argumentação do autor, identificando os argumentos centrais que sustentam a tese.

  • Estudo eficiente: Otimiza o tempo de estudo, direcionando o foco para os conceitos mais importantes.

  • Localização rápida de informações: Em textos extensos, ajuda a encontrar rapidamente as informações relevantes.

  • Interpretação contextualizada: Compreender a hierarquia das informações permite interpretar corretamente o sentido global do texto, evitando interpretações equivocadas baseadas em detalhes isolados.


  • Identifique o tópico frasal: Geralmente, o primeiro período de um parágrafo apresenta a ideia central daquele trecho. Este é um excelente ponto de partida.

  • Procure palavras-chave: Palavras que se repetem ao longo do texto ou que são enfatizadas pelo autor (itálico, negrito, aspas) geralmente indicam informações importantes. Fique atento a sinônimos e palavras correlatas.

  • Analise a estrutura do texto: Observe como o texto está organizado (introdução, desenvolvimento, conclusão). A introdução costuma apresentar as ideias principais, o desenvolvimento as explora e a conclusão as retoma.

  • Pergunte-se: "Qual a intenção do autor ao inserir esta informação?" Se a informação serve para explicar, exemplificar ou detalhar uma ideia anterior, provavelmente é secundária. Se ela introduz um novo aspecto ou argumento central, é principal.

  • Distinga entre generalizações e especificações: Ideias gerais e abrangentes tendem a ser principais, enquanto exemplos específicos e detalhes são secundários.

  • Use marcadores textuais: Conectivos como "por exemplo", "em outras palavras", "ou seja", "além disso" geralmente introduzem informações secundárias que exemplificam ou adicionam detalhes à ideia principal. Conectivos como "portanto", "assim", "desse modo" costumam indicar conclusões ou consequências das ideias principais.

  • Faça um esquema ou mapa mental: Representar visualmente a estrutura do texto, com as ideias principais no centro e as secundárias ao redor, pode ajudar a visualizar a hierarquia das informações.

Texto: "A prática regular de exercícios físicos traz inúmeros benefícios para a saúde. Por exemplo, correr diariamente por 30 minutos fortalece o sistema cardiovascular, prevenindo doenças como infarto e AVC. Além disso, a atividade física libera endorfinas, substâncias responsáveis pela sensação de bem-estar, combatendo o estresse e a ansiedade. Estudos recentes também mostram que exercitar-se regularmente melhora a qualidade do sono e fortalece o sistema imunológico, tornando o organismo mais resistente a infecções."
  • Informação Principal: 

"A prática regular de exercícios físicos traz inúmeros benefícios para a saúde."
  • Informações Secundárias:

"correr diariamente por 30 minutos fortalece o sistema cardiovascular, prevenindo doenças como infarto e AVC." (Exemplo)
"a atividade física libera endorfinas, substâncias responsáveis pela sensação de bem-estar, combatendo o estresse e a ansiedade." (Explicação e detalhamento)
"Estudos recentes também mostram que exercitar-se regularmente melhora a qualidade do sono e fortalece o sistema imunológico, tornando o organismo mais resistente a infecções." (Evidência e detalhamento)

Em textos narrativos, o conflito é o motor da história, o problema que os personagens precisam enfrentar.

O descritor D10 avalia sua capacidade de identificar esse conflito e relacioná-lo aos elementos da narrativa: personagens (quem participa da história), espaço (onde a história se passa), tempo (quando a história acontece), narrador (quem conta a história) e enredo (a sequência dos acontecimentos).

Em "Dom Casmurro", de Machado de Assis, o conflito central é o ciúme de Bentinho e a suspeita de traição de Capitu.

Por que é importante?

Identificar o conflito e os elementos da narrativa é crucial para:

  • Compreensão global da história: Permite entender a mensagem central e as intenções do autor.

  • Análise crítica: Facilita a interpretação dos significados implícitos e a avaliação da construção da narrativa.

  • Apreciação estética: Enriquece a experiência de leitura, permitindo uma imersão mais profunda na história.

  • Produção textual: Auxilia na criação de narrativas coerentes e envolventes.


  • Identifique a situação inicial: Como a história começa? Quais são as circunstâncias iniciais dos personagens?

  • Procure o evento que quebra o equilíbrio inicial: Algo acontece que perturba a ordem e gera o conflito.

  • Pergunte-se: "Qual o problema que os personagens precisam resolver?" A resposta a essa pergunta geralmente revela o conflito gerador.

  • Analise as ações e reações dos personagens: Como eles reagem ao conflito? Suas ações impulsionam o enredo e levam ao clímax e ao desfecho.

  • Observe o espaço e o tempo: Como o ambiente e a época influenciam o conflito e as ações dos personagens?

  • Considere o tipo de narrador: A perspectiva do narrador influencia a forma como o conflito é apresentado.

  • Esquematize o enredo: Identifique a introdução, o desenvolvimento, o clímax e o desfecho para entender a progressão do conflito.

  • Relacione o conflito com a temática da obra: O conflito geralmente está ligado a temas mais amplos abordados na narrativa.

Em "Dom Casmurro", de Machado de Assis, o conflito gerador é o ciúme de Bentinho e sua suspeita de traição por parte de Capitu.
Personagens: Bentinho, Capitu, José Dias, Escobar.
Espaço: Rio de Janeiro do século XIX.
Tempo: Passado, com retrospectivas e memórias do narrador.
Narrador: Em primeira pessoa, Bentinho.
Enredo: A história da vida de Bentinho, desde a infância até a velhice, marcada pela obsessão com a suposta traição de Capitu.

Muitas vezes, os textos estabelecem relações de causa e consequência entre eventos ou ações. O descritor D11 avalia sua capacidade de identificar essas relações, compreendendo como um fato leva a outro.

Palavras como "porque", "devido a", "consequentemente", "portanto" geralmente indicam essas relações.

"Aumento do desmatamento na Amazônia causa o aumento do efeito estufa."

Por que é importante?

Compreender as relações de causa e consequência é crucial para:

  • Compreensão profunda do texto: Permite entender a lógica dos acontecimentos e a motivação das ações dos personagens.

  • Interpretação contextualizada: Ajuda a interpretar o sentido global do texto, evitando interpretações superficiais ou equivocadas.

  • Análise crítica: Facilita a avaliação da argumentação do autor, identificando as relações lógicas entre as ideias apresentadas.

  • Previsão de desdobramentos: Permite antecipar possíveis consequências a partir das causas apresentadas no texto.

  • Resolução de problemas: Em textos que descrevem problemas e soluções, a compreensão da relação causa-consequência é essencial para identificar as causas do problema e avaliar a eficácia das soluções propostas.


  • Procure palavras-chave que indicam causalidade: Conjunções e locuções conjuntivas como "porque", "pois", "já que", "visto que", "devido a", "em consequência de", "por isso", "portanto", "logo", "consequentemente" são fortes indicadores de relações de causa e consequência.

  • Identifique a ordem dos eventos: A causa geralmente precede a consequência, mas nem sempre. Fique atento à ordem em que os eventos são apresentados no texto.

  • Pergunte-se: "Por que isso aconteceu?" A resposta a essa pergunta geralmente revela a causa.

  • Pergunte-se: "Qual foi o resultado disso?" A resposta a essa pergunta geralmente revela a consequência.

  • Analise o contexto: O contexto pode fornecer pistas importantes sobre as relações de causa e consequência.

  • Cuidado com as falsas relações de causalidade: Nem sempre a sequência temporal indica uma relação de causa e consequência. Às vezes, dois eventos ocorrem em sequência, mas não há uma ligação causal entre eles.

  • Esquematize as relações: Se o texto apresentar várias relações de causa e consequência, pode ser útil esquematizá-las para melhor compreensão.

"Choveu forte e, por isso, as ruas ficaram alagadas." (Causa: chover forte; Consequência: ruas alagadas)
"Como estava doente, João não foi à escola." (Causa: estar doente; Consequência: não ir à escola)
"O aumento do desemprego resultou em um crescimento da criminalidade." (Causa: aumento do desemprego; Consequência: crescimento da criminalidade)
"A falta de investimento em educação básica tem como consequência a baixa qualidade do ensino." (Causa: falta de investimento em educação básica; Consequência: baixa qualidade do ensino)

As palavras e expressões que ligam as ideias em um texto são chamadas de conectivos lógico-discursivos. Elas estabelecem diversas relações lógicas, como adição ("e", "além disso"), oposição ("mas", "entretanto"), conclusão ("portanto", "logo"), explicação ("porque", "pois"), entre outras.

O descritor D15 avalia sua habilidade de identificar essas relações e compreender como elas contribuem para a coesão e a progressão argumentativa.


"Estudou muito, portanto, obteve um bom resultado." (O conectivo "portanto" indica uma relação de conclusão).

Por que é importante?

Compreender as relações lógico-discursivas é fundamental para:

  • Compreensão global do texto: Permite entender a progressão das ideias e a intenção do autor.

  • Interpretação precisa: Evita interpretações equivocadas decorrentes da leitura isolada de trechos.

  • Análise crítica: Auxilia na avaliação da coerência e da consistência argumentativa do texto.

  • Produção textual: Contribui para a escrita de textos coesos e claros.


  • Identifique os conectivos: Sublinhe ou destaque as conjunções, advérbios, locuções conjuntivas e preposições presentes no texto.

  • Analise o contexto: O contexto ajuda a determinar o sentido exato do conectivo e a relação lógica que ele estabelece. Um mesmo conectivo pode ter diferentes significados dependendo do contexto.

  • Pergunte-se: "Qual a relação entre as ideias ligadas por este conectivo?" A resposta a essa pergunta revela a relação lógico-discursiva.

  • Substitua o conectivo por um sinônimo: Se a substituição mantiver o sentido original, você compreendeu a relação lógica.

  • Observe a pontuação: A pontuação, em conjunto com os conectivos, contribui para a coesão e a clareza do texto.

  • Cuidado com as "pegadinhas": Algumas palavras podem ter diferentes funções gramaticais dependendo do contexto. Por exemplo, "como" pode ser uma conjunção comparativa ("Ele corre tão rápido como um atleta") ou uma conjunção causal ("Como choveu muito, a rua alagou").


"Estudou muito, portanto, foi aprovado." (Conclusão)
"Não foi à festa, porque estava doente." (Explicação/Causa)
"Trabalha arduamente, mas não recebe o reconhecimento devido." (Oposição)
"Embora estivesse cansado, continuou trabalhando." (Concessão - tipo de oposição)
"Chegou quando a festa já havia começado." (Tempo)
"Preciso estudar mais para passar no vestibular." (Finalidade)

Compreender esses descritores é fundamental para aprimorar sua leitura e interpretação textual. Lembrem-se: a prática constante e a análise atenta dos textos são as chaves para o sucesso.

Continuem acompanhando nossas aulas e bons estudos!

Fórum: Opinar, compartilhar e refletir

Para tornar o aprendizado ainda mais dinâmico e colaborativo, que tal explorarmos esses descritores no fórum com as seguintes atividades?


Atividade 1: Mão na Massa na Coesão

  1. Identificação: Escolha um parágrafo de um artigo de notícia ou de um texto de opinião que você tenha lido recentemente.

  2. Análise: Identifique pelo menos dois mecanismos de coesão textual utilizados nesse parágrafo (sinônimos, pronomes, expressões resumitivas, etc.).

  3. Compartilhamento: Compartilhe o parágrafo no fórum, sublinhando ou destacando os mecanismos de coesão que você encontrou. Explique por que o autor utilizou esses recursos e qual o efeito que eles produzem na leitura.


Atividade 2: Caça à Tese

  1. Seleção: Encontre um pequeno texto argumentativo (pode ser um editorial, um artigo de opinião curto ou até mesmo um parágrafo argumentativo).

  2. Descoberta: Leia atentamente e tente identificar qual é a tese principal defendida pelo autor.

  3. Discussão: Publique o texto no fórum e indique qual frase ou parte do texto você considera ser a tese. Explique o seu raciocínio e como você chegou a essa conclusão. Se a tese estiver implícita, explique como você a inferiu.


Atividade 3: Argumentos em Ação

  1. Continuação: Utilize o mesmo texto argumentativo da Atividade 2.

  2. Conexão: Identifique pelo menos dois argumentos que o autor utiliza para sustentar a tese que você encontrou.

  3. Avaliação: No fórum, liste os argumentos e explique como eles se relacionam com a tese. Você considera que esses argumentos são fortes e relevantes? Por quê?


Atividade 4: Detetives da Hierarquia

  1. Exploração: Escolha um parágrafo mais longo do material da aula sobre um dos descritores (D2, D7, D8, D9, D10, D11 ou D15).

  2. Distinção: Identifique qual é a informação principal desse parágrafo e quais são as informações secundárias que a complementam.

  3. Exposição: Compartilhe o parágrafo no fórum, destacando a informação principal de uma cor e as secundárias de outra. Explique por que você fez essa distinção.


Atividade 5: Desvendando o Conflito

  1. Navegação: Pense em uma história curta que você leu recentemente ou em um filme que assistiu.

  2. Análise Narrativa: Identifique o conflito central dessa narrativa e os seguintes elementos: personagens principais, espaço onde a história se passa e o tempo em que ocorre.

  3. Compartilhamento: Descreva brevemente a história no fórum, focando no conflito e nos elementos que você identificou. Como o conflito impulsiona a narrativa?


Atividade 6: Relações de Causa e Efeito

  1. Observação: Encontre uma frase ou um pequeno trecho de um texto que claramente estabeleça uma relação de causa e consequência. Pode ser de notícias, artigos, ou até mesmo do nosso material da aula.

  2. Identificação Causal: Sublinhe a causa e circule a consequência. Indique qual palavra ou expressão conectiva estabelece essa relação.

  3. Discussão: Compartilhe a frase ou o trecho no fórum, explicando a relação de causa e consequência identificada e o papel do conectivo.


Atividade 7: Conectando as Ideias

  1. Seleção de Frase: Escolha uma frase mais complexa de qualquer um dos textos que estamos trabalhando (incluindo o material da aula).

  2. Análise de Conectivos: Identifique os conectivos lógico-discursivos presentes nessa frase.

  3. Interpretação da Relação: Explique no fórum qual a relação lógica que cada conectivo estabelece entre as ideias da frase. Como esses conectivos contribuem para a clareza e o sentido da frase?


Espero que essas atividades incentivem a troca de ideias e a aplicação prática dos conceitos que vimos hoje. Participem ativamente do fórum, leiam as contribuições dos colegas e compartilhem seus insights! Tenho certeza de que será um aprendizado muito rico para todos. 😊

PRATIQUE

Questão 1. No trecho: "A poluição dos rios é um problema grave. Esse fenômeno afeta a vida aquática e a saúde humana.", o mecanismo de coesão utilizado para evitar a repetição da expressão "a poluição dos rios" é:

A) A repetição da palavra "poluição".

B) O uso de um sinônimo.

C) A utilização de um pronome demonstrativo ("esse fenômeno").

D) A omissão do termo repetido.


Questão 2. Em um texto que defende a importância da atividade física para a saúde, qual das seguintes frases poderia ser considerada a tese principal?

A) "Muitas pessoas praticam esportes regularmente."

B) "Estudos científicos comprovam os benefícios do exercício para o corpo e a mente."

C) "A prática regular de exercícios físicos é essencial para a manutenção da saúde física e mental."

D) "Caminhar e correr são exemplos de atividades físicas acessíveis a todos."


Questão 3. Se a tese de um texto é: "O uso excessivo de telas por crianças pode trazer prejuízos ao desenvolvimento", qual dos seguintes argumentos NÃO sustentaria essa tese de forma eficaz?

A) "A exposição prolongada a telas pode causar problemas de visão em crianças."

B) "Crianças que passam muito tempo em frente a telas tendem a ter menos interação social."

C) "Existem diversos aplicativos educativos e jogos que podem auxiliar no aprendizado infantil."

D) "O uso excessivo de telas pode estar relacionado a dificuldades de concentração e problemas de sono."


Questão 4. (PAEBES). Leia o texto abaixo.


Massa boa é massa fresca

Os pais de um italianinho eram donos de uma trattoria no interior da Itália. Isso há décadas e décadas. Comida simples, tradicional, lugar pequeno, pratos deliciosos. Certa vez, enquanto o menino brincava no balcão e seu pai assumia as caçarolas, um turista que degustava a massa viu um ratinho passar no salão. “O que é isso?”, exclamou o cliente. Sem reação e também surpreso, o italiano improvisou:

“Essa é Suzi. Mora aqui com a gente”.


PORTUGAL, Rayane. Revista do Correio. Correio Braziliense. 18 jul. 2010. p.28.


No trecho “... que degustava a massa...”, a palavra destacada refere-se a

A) menino.

B) pai.

C) turista.

D) ratinho.

E) italiano.


Questão 5. (PROEB). Leia o texto abaixo.


Soneto de fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa lhe dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.

MORAES, Vinícius de. Antologia poética. Editora do Autor: Rio de Janeiro, 1960. p. 96.


No trecho “Quero vivê-lo em cada vão momento” (v.5), o pronome destacado refere-se a

A) amor.

B) zelo.

C) encanto.

D) pensamento.

E) momento.


Questão 6. (SPAECE). Leia o texto abaixo.


Lobo-guará capturado em Minas



Lobo-guará aparece na região do Barreiro, em Belo Horizonte. Um homem estava trabalhando em uma vidraçaria quando o animal entrou no local. O comerciante chamou a Polícia Militar de Meio Ambiente.

O lobo estava com a boca machucada e a PM acredita que ele tenha vindo da mata da Copasa, que fica a 10 quilômetros do bairro Milionários. Depois de capturado, o lobo-guará foi levado a um veterinário para tratar dos ferimentos. Ele deve ser levado de volta à mata.

Tribuna de Petrópolis, 13 set. 2003.


O homem que estava trabalhando em uma vidraçaria é também identificado como

A) policial.

B) milionário.

C) comerciante.

D) veterinário.

E) caçador.


Questão 7. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

 

O cerrado exige ações de preservação

 

A Amazônia é um bioma tão majestoso que ofusca os demais existentes no Brasil. Fala-se muito – interna e externamente – na preservação da floresta. A preocupação é legítima.

E deve manter-se. Não significa, porém, que se deva fechar os olhos para os demais. É o caso do cerrado. Segundo maior bioma do país em extensão, ele ocupa 24% do território nacional.

Nos 2.039.368 km² de área distribuída em 11 estados e no Distrito Federal, abriga a maior biodiversidade em savana do mundo e dá origem a três nascentes das principais bacias hidrográficas da nação – Amazônia, Paraná e São Francisco. É, pois, estratégico. Não só pela biodiversidade e a conservação de recursos hídricos, mas também pelo sequestro de carbono.

O desenvolvimento do oeste, porém, põe em risco o bioma. Desde a construção de Brasília, na década de 1950, desapareceram do mapa 58% do cerrado. Especialistas advertem que, mantido o atual ritmo de destruição, a extinção virá em 50 anos. É assustador.

Três vetores contribuíram para a tragédia. Um deles: a pecuária, que, a partir dos anos 1970, ganhou impulso espetacular. Outro: a lavoura branca, especialmente a soja e o algodão. Mais recentemente chegou a cana-de-açúcar. Antes concentrada em Goiás e São Paulo, a cultura se expandiu para a Bacia do Pantanal e busca territórios novos, como o Triângulo Mineiro. O último: a produção de carvão vegetal, necessário para fazer aço.

Minas Gerais e Pará concentram a atividade.

Correio Braziliense, 26 out. 2009.

 

A ideia defendida nesse texto é que

A) a preocupação com a Amazônia é legítima e deve ser mantida.

B) a construção de Brasília contribuiu com a destruição do cerrado.

C) a cultura da cana-de-açúcar se expandiu para a Bacia do Pantanal.

D) a Amazônia é o bioma de que mais se fala, interna e externamente.

E) a preservação do cerrado também deve ser motivo de preocupação.

 

Questão 8. (SPAECE). Leia o texto abaixo.

 

Horóscopo – o canal certo

Data estelar: Marte ingressa no signo de Touro; Lua é quarto crescente no signo de Virgem.

 

Enquanto isso, aqui na Terra a grande confusão de nossos dias não se resolve com dinheiro, mas pelo estabelecimento de bons relacionamentos, privilegiando a cooperação mútua e colaboração. Há mais vida à disposição, vida mais abundante, mas acontece que esta só se manifesta de forma harmoniosa circulando através de grupos de pessoas e não individualmente. Quanto mais as pessoas se isolam e tentam distinguir-se umas das outras, separando-se e distanciando-se, mais destrutiva seria para elas essa vida mais abundante,

mais confusas se tornam suas experiências também. O estabelecimento de laços de cooperação fornece o canal adequado para essa vida mais abundante, expressando-se como bem-estar, felicidade e prosperidade.

Correio Braziliense, 31/maio/2009

 

A ideia defendida nesse texto é que

A) a felicidade e a prosperidade são consequências.

B) as pessoas não devem isolar-se.

C) o dinheiro não resolve todos os problemas.

D) o isolamento torna as experiências confusas.

E) os laços de cooperação dão mais harmonia à vida.

 

Questão 9.(PAEBES). Leia os textos abaixo e responda.

 

Desmatar não vale a pena

 

 

Desmatar é ruim, mas traz crescimento econômico. Isso é o que fizeram você acreditar durante muito tempo. A realidade é bem diferente. O modelo de ocupação predominante na Amazônia é baseado na exploração madeireira predatória e na conversão de terras para agropecuária. É o que eu chamo de “boom-colapso”: nos primeiros anos da atividade econômica baseada nesse modelo, ocorre um rápido e efêmero crescimento (o boom). Mas, em seguida, vem um declínio significativo em renda, emprego e arrecadação de tributos (o colapso). A situação de quem era pobre fica ainda pior.

Esse modelo é nefasto em todos os sentidos. O avanço da fronteira na Amazônia é marcado pelo desmatamento, pela degradação dos recursos naturais e, se não bastasse tudo isso, pela violência rural.

Em pouco mais de três décadas, o desmatamento passou de 0,5% do território da floresta original para quase 18% do território, em 2008. Além disso, áreas extensas de florestas sofreram degradação pela atividade madeireira predatória e devido a incêndios florestais.

VERÍSSIMO, Beto. Galileu. set. 2009. Fragmento.


Nesse texto, o autor discorda de qual tese?

A) “Desmatar é ruim, mas traz crescimento econômico.”. (1° parágrafo)

B) “É o que eu chamo de “boom-colapso”: nos primeiros...”. (1° parágrafo)

C) “A situação de quem era pobre fica ainda pior.”. (final do 1° parágrafo)

D) “Esse modelo é nefasto em todos os sentidos.”. (2° parágrafo)

E) “O avanço da fronteira na Amazônia é marcado...”. (2° parágrafo).


Questão 10. (PAEBES). Leio o texto abaixo.

 

A importância da leitura como identidade social

Um dos nossos objetivos é incentivar a leitura de textos escritos, não apenas daqueles legitimados pelos acadêmicos como “boa leitura”, mas os escolhidos livremente. Pela análise dos números da última Bienal do Livro realizada em São Paulo, constata-se que “ler não é problema”, pois, segundo o Correio Braziliense de 25 de agosto de 2010, cerca de 740 mil pessoas visitaram os stands que apresentaram mais de 2 200 000 títulos. Mas, perguntamo-nos: os livros expostos e os leitores que lá compareceram se encaixam em qual tipo de leitor? Podemos afirmar que todos os livros foram escritos para um leitor ideal, reflexivo, que dialogará com os textos?

Muitos livros vendidos na Bienal têm como foco a primeira e a segunda visão de leitura. Seus autores enxergam o texto como um fim em si mesmo, apresentando ideias prontas, ou primando pelo seu trabalho como um objeto de arte, em que o domínio da língua é a base para a leitura.

Assim, cabe-nos refletir inicialmente sobre como transformar um leitor comum em leitor ideal, um cidadão pleno em relação a sua identidade. A construção da identidade social é um fenômeno que se produz em referência aos outros, a aceitabilidade que temos e a credibilidade que conquistamos por meio da negociação direta com as pessoas. A leitura é a ferramenta que assegurará não apenas a constituição da identidade, como também tornará esse processo contínuo.

Para tornar isso factível podemos, como educadores, adotar estratégias de incentivo, apoiando-nos em textos como as tirinhas e as histórias em quadrinhos, até chegar a leituras mais complexas, como um romance de Saramago, Machado de Assis ou textos científicos. Construir em sala de aula relações intertextuais entre gêneros e autores também é uma estratégia válida.

A família também tem papel importante no incentivo à leitura, mas como incentivar filhos a ler, se os pais não são leitores? Cabe à família não apenas tornar a leitura acessível, mas pensar no ato de ler como um processo. Discutimos à mesa questões políticas, a trama da novela, por que não trazermos para nosso cotidiano discussões sobre os livros que lemos?

KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Disponível em: <http://linguaportuguesa.uol.com.br/linguaportuguesa/gramatica-ortografia/32/artigo235676-1.asp> .Fragmento.

 

Nesse texto, sobre a relação entre leitura e identidade, há uma tese em:

A) “Podemos afirmar que todos os livros foram escritos para um leitor ideal, reflexivo, que dialogará com os textos?”. (1° parágrafo)

B) “Assim, cabe-nos refletir inicialmente sobre como transformar um leitor comum em leitor ideal, ... ”. (3° parágrafo)

C) “A construção da identidade social é um fenômeno que se produz em referência aos outros...”. (3° parágrafo)

D) “A leitura é a ferramenta que assegurará não apenas a constituição da identidade, como também tornará esse processo contínuo.” (3° parágrafo)

E) “Cabe à família não apenas tornar a leitura acessível, mas pensar no ato de ler como um processo”. (último parágrafo)

 

Questão 11. (SPAECE). Leia o texto abaixo.

 

[...] O celular destruiu um dos grandes prazeres do século passado: prosear ao telefone.

Hoje, por culpa deles somos obrigados a atender chamadas o dia todo. Viramos uma espécie de telefonistas de nós mesmos: desviamos chamadas, pegamos e anotamos recados...

Depois de um dia inteiro bombardeado por ligações curtas, urgentes e na maioria das vezes irrelevantes, quem vai sentir prazer numa simples conversa telefônica? O telefone, que era um momento de relax na vida da gente, virou um objeto de trabalho.

O equivalente urbano da velha enxada do trabalhador rural. Carregamos o celular ao longo do dia como uma bola de ferro fixada no corpo, uma prova material do trabalho escravo.

O celular banalizou o ritual de conversa à distância. No mundo pré-celular, havia na sala uma poltrona e uma mesinha exclusivas para a arte de telefonar. Hoje, tomamos como num transe, andamos pelas ruas, restaurantes, escritórios e até banheiros públicos berrando sem escrúpulos num pedaço de plástico colorido.

Misteriosamente, uma pessoa ao celular ignora a presença das outras. Conta segredos de alcova dentro do elevador lotado. É uma insanidade. Ainda não denunciada pelos jornalistas, nem, estudada com o devido cuidado pelos médicos. Aliás, duas das classes mais afetadas pelo fenômeno.

A situação é delicada. [...]

O Estado de S. Paulo, 29/11/2004.

 

Qual é o argumento que sustenta a tese defendida pelo autor desse texto?

A) A arte de telefonar se tornou prazerosa.

B) A sociedade destruiu velhos costumes.

C) A vida moderna priorizou o telefone.

D) O celular elitizou todos os profissionais.

E) O homem tornou-se escravo de celular.

 

Questão 12. (SAEPI). Leia o texto abaixo.

 

Etanol de cana é o que menos polui

 O etanol de cana-de-açúcar produzido pelo Brasil é melhor que todos os outros. A conclusão é de um estudo divulgado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne 30 países entre os mais industrializados do mundo e da qual o Brasil não faz parte. A pesquisa mostra que o etanol brasileiro reduz em até 80% as emissões dos gases que provocam o efeito estufa. “O percentual de redução na emissão de gases é muito mais baixo nos biocombustíveis produzidos na Europa, nos Estados Unidos e no Canadá”, afirmou Stefan Tangermann, diretor de Agricultua da OCDE. O etanol do milho americano reduz em apenas 30% as emissões. Já o trigo utilizado pelos europeus tem efeito de 50% na diminuição da poluição.

A pesquisa também critica os subsídios dados por europeus e americanos a seus produtores – US$ 11 bilhões por ano e que devem chegar US$ 25 bilhões até 2015. [...] É uma vitória da postura brasileira de defesa incessante da cana como energia alternativa.

Revista da semana. nº 28. 24 jul. 2008. p. 34.

 

O argumento que sustenta a tese de que o etanol da cana de açúcar brasileira é melhor que todos os outros é que

A) o nosso etanol reduz em até 80% as emissões de gases.

B) o etanol americano reduz apenas 30% das emissões.

C) o etanol europeu tem efeito de 50% na poluição.

D) o Brasil defende a cana-de-açúcar como energia alternativa.

E) os Estados Unidos subsidiam em muito os produtores.


Questão 13. (SAEPE). Leia os textos abaixo.

 

Qual é o preço da Terra? (Sim, o preço da Terra.)


Sim, alguém calculou. Não que haja compradores em potencial para o planeta, é claro. Mesmo assim, o astrofísico americano Greg Laughlin, da Universidade da Califórnia, criou uma fórmula matemática para chegar ao valor da Terra – e aos de outros planetas também.

O nosso, no caso, vale três mil trilhões de libras (é uma cifra tão fora da realidade que parece até besteira converter, mas, em todo caso, fica em torno de oito mil trilhões de reais).

Na fórmula (que o cientista não divulgou qual é, mas ok, porque certamente é bem complexa e a maioria de nós não a entenderia, de qualquer forma), entram a idade, o tamanho, a temperatura, a massa e outras informações pontuais sobre cada planeta.

O fim da conta não surpreende: a Terra é o mais valioso do universo. Já Marte, por exemplo, que vem ganhando o carinho da comunidade científica por ser, além do nosso, o planeta mais imediatamente habitável do Sistema Solar, vale apenas 10 mil libras.

Os cálculos não são perda de tempo (não completa, pelo menos): a ideia do pesquisador ao criar a fórmula não era apenas brincar [...]. Ela vem sendo usada por ele para avaliar as descobertas de novos exoplanetas (planetas localizados fora do nosso Sistema Solar) feitas pela Nasa. “É uma maneira de eu poder quantificar o quão empolgado devo ficar em relação a qualquer planeta em particular”, explica Laughlin.

Descoberto em 2007, o Gilese 581 C, por exemplo, entusiasmou os cientistas logo de cara por parecer o mais similar à Terra – mas a conta final do astrofísico americano deu a ele a etiqueta de apenas 100 libras (olha aí, exoplaneta em promoção!). Já outro, o KOI 326.01, encontrado mais recentemente, foi estimado por ele em cerca de 150 mil libras.

PERIN, Thiago. Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/qual-e-o-preco-da-terra-sim-o-preco-da-terra/>. Fragmento.

 

O trecho que contém a informação principal desse texto é:

A) “... criou uma fórmula matemática para chegar ao valor da Terra...”. (1° parágrafo)

B) “Na fórmula [...] entram a idade, o tamanho, a temperatura, a massa...”. (3° parágrafo)

C) “Já Marte [...] planeta mais imediatamente habitável do Sistema Solar,...”. (4° parágrafo)

D) “... usada por ele para avaliar as descobertas de novos exoplanetas...”. (5° parágrafo)

E) “Descoberto em 2007, o Gilese 581 C, por exemplo, entusiasmou os cientistas...”. (6° parágrafo)

 

Questão 14. (PAEBES). Leia o texto abaixo.

 

Nutricosméticos

Beleza de dentro para fora?

 

O ser humano viveu por muito tempo em selvas e cavernas. Nesses tempos pré-históricos, era grande a dificuldade para obter os nutrientes necessários para que o organismo se mantivesse vivo e atuante, e os primeiros humanos recorriam à caça e à coleta de raízes, frutas e sementes para conseguir seu alimento. Eles não conheciam formas de armazenar a caça e os materiais coletados, que se estragavam com facilidade. A procura por alimento, portanto, era sua principal atividade.

Para suportar períodos em que o alimento era escasso, o corpo humano tinha a capacidade (provavelmente herdada de seus ancestrais, que a adquiriram ao longo da evolução) de formar um reservatório de energia na forma de gordura, tecnicamente chamado de tecido adiposo. Se a comida era abundante, os indivíduos comiam o quanto podiam e a energia vinda do alimento que não era imediatamente usada no metabolismo fi cava acumulada nesse tecido. Quando faltava alimento, os que tinham bastante energia acumulada no corpo podiam sobreviver até que as condições melhorassem, e os que não tinham muitas vezes pereciam. Essa reserva de gordura não é mais necessária para o homem moderno. Ao contrário, o acúmulo exagerado de gordura no corpo faz mal à saúde.

O modo como os humanos encaram os alimentos, bem como as suas funções, sofreu modificações com o passar do tempo.

CHORILLI, Marlus. Ciência hoje. março de 2010, vol. 45, Nº. 268. Fragmento.

 

A ideia principal desse texto é que

A) a relação dos homens com os alimentos está diferente.

B) a falta de armazenamento de comida acarretava problemas.

C) o acúmulo exagerado de gordura provoca mal à saúde.

D) o alimento dos primeiros humanos era retirado da natureza.

E) o corpo humano é capaz de reter energia para sobreviver.

 

Questão 15.  (SPAECE). Leia o texto abaixo.

 

Enciclopédia: de antigamente

 

Antigamente, tínhamos o costume de ir às bibliotecas municipais ou das escolas e recorrer à enciclopédia para tirar dúvidas e fazer pesquisas de trabalhos escolares. Pode soar estranho ao leitor o advérbio “antigamente”, pois vários de nós cultivamos este hábito somente há algumas décadas. Acontece que a enciclopédia como plataforma de pesquisa já é considerada obsoleta na prática escolar e cotidiana da grande maioria dos jovens, que, além de nem conhecer aquelas enormes coleções de “livrões”, já adquiriu como suporte de pesquisa algo mais tecnológico: o smartphone.

A primeira enciclopédia surgiu em 1772 a partir da publicação de 33 volumes escritos por vários colaboradores e organizados pelos pensadores Diderot e D’Alembert. [...] Desta maneira, a enciclopédia tinha a pretensão de reunir todo o “conhecimento universal”, científico e empírico, baseado na razão, na técnica e na experimentação. E é justamente por manter este rótulo de “universal”, que, ao longo dos séculos, as enciclopédias tinham a necessidade de ser atualizadas e sofriam críticas por esses e outros motivos.

Com o advento da internet, a busca pelas enciclopédias diminuiu ao longo dos anos, visto que a agilidade e o rápido acesso se tornaram aliados fundamentais dos pesquisadores e dos jovens alunos [...]. Desse modo, é interessante notarmos a evolução das plataformas de pesquisas gerais disponíveis a pesquisadores [...] ao longo do tempo, as quais mudam o suporte de leitura (de papel a telas touch), o tamanho e a desenvoltura dos textos, mas a busca pelo conhecimento se mantém, seja no revolucionário século XVIII ou no ousado século XXI.

MEDEIROS, Karla O. Armani. Disponível em: <http://www.odiarioonline.com.br/noticia/42722/enciclopedia-de-antigamente>. Fragmento. 

 

A informação principal desse texto está no trecho:

A) “... tínhamos o costume de ir às bibliotecas municipais ou das escolas e recorrer à enciclopédia...”. (1° parágrafo)

B) “... pois vários de nós cultivamos este hábito somente há algumas décadas.”. (1° parágrafo)

C) “Acontece que a enciclopédia como plataforma de pesquisa já é considerada obsoleta...”. (1° parágrafo)

D) “A primeira enciclopédia surgiu em 1772 a partir da publicação de 33 volumes...”.( 2° parágrafo)

E) “... a agilidade e o rápido acesso se tornaram aliados fundamentais dos pesquisadores...”. (3° parágrafo)


 

Questão 16.   (SAEPE). Leia os textos abaixo.

 

Domingão

 

Domingo, eu passei o dia todo de bode. Mas, no começo da noite, melhorei e resolvi bater um fio para o Zeca.

– E aí, cara? Vamos no cinema?

– Sei lá, Marcos. Estou meio pra baixo...

– Eu também tava, cara. Mas já estou melhor.

E lá fomos nós. O ônibus atrasou, e nós pagamos o maior mico, porque, quando chegamos, o filme já tinha começado. [...]

Saímos de lá, comentando:

– Que filme massa!

– Maneiro mesmo!

Mas já era tarde, e nem deu para contar os últimos babados pro Zeca. Afinal, segunda-feira é dia de trampo e eu detesto queimar o filme com o patrão.

Não vejo a hora de chegar o final de semana de novo para eu agitar um pouco mais.

CAVÉQUIA, Márcia Paganini. Disponível em: <http://migre.me/rP9xe>. Acesso em: 16 out. 2015. Fragmento.

 

Nesse texto, a história tem início quando

A) Marcos convida Zeca para ir ao cinema.

B) o filme começa.

C) o ônibus atrasa.

D) Zeca aceita o convite feito por Marcos.

E) Zeca e Marcos chegam ao cinema.

 

Questão 17.   (PAEBES). Leia o texto abaixo.

 

Droneiro

Meu pai me pede que eu o acompanhe. Não sei pra onde ele vai, mas topo ir junto. Dou um beijo na minha mãe, que está lendo no quarto, e vou pra garagem. Mas meu pai já está no meio da rua com o carro ligado.

Duas quadras depois, ele saca um boné do bolso da jaqueta e diz solenemente:

– Filho, você sabe que existe o Paulinho Corsaletti dentista, um profissional sério, que nunca deixa um cliente na mão. Esse não usa boné. (Olho pra sua careca.) Mas também existe o Paulinho Corsaletti violeiro, que não recusa uma festa [...]. Esse está sempre de boné. (Ele coloca o boné na cabeça.) Hoje você vai conhecer o Paulinho droneiro1. Esse usa o boné assim. (Ele tira o boné e o coloca de novo, com a aba virada pra trás.).

Paramos numa curva de uma estrada de terra, debaixo de uma árvore, e meu pai monta o drone2. Tenta me explicar a função de cada peça, mas de repente paro de acompanhar o raciocínio. Não me interesso muito por tecnologia. Meu pai sabe disso e diz pra eu não me preocupar com a parte técnica, que o melhor está por vir.

Feito uma mosca gigante de ficção científica, logo o drone está sobrevoando os pastos. Na tela do smartphone acoplado ao controle, vemos o vale do Sapo, o rio da Âncora, o rebanho de vacas e alguns cavalos [...]. Eles correm, em miniatura, como corriam na minha imaginação quando eu brincava com meu Forte Apache.

Então, meu pai conduz o drone em direção à cidade. A estação de trem, as casas velhas [...]. E no alto do morro a igreja amarela e branca, idêntica a uma peça de maquete.

A vida toda é desse tamaínho. Meu pai se anima: vamos fazer uma visita pra Paula.

Ele baixa o drone em cima da casa da minha irmã, ao mesmo tempo em que telefona pra ela. Sai aí no quintal. E lá está ela! Em seguida, surgem minha sobrinha e meu cunhado. Eles acenam pra câmera e voltam pra dentro. [...]

Revejo os pátios das duas escolas onde estudei, os quintais dos amigos [...].

Um carcará pousa numa cerca não muito longe de nós [...]. Meu pai concorda que já deu e guarda a tralha toda numa caixa cinza de isopor.

De carro, presos mais uma vez em nossos corpos grandes e pesados, meu pai me pergunta como vão as coisas em São Paulo.

*Vocabulário:

1Droneiro: pessoa que faz uso de drone.

2Drone: pequena aeronave comandada via controle remoto que grava e transmite imagens.

 

O conflito gerador desse texto ocorre quando o pai do narrador

A) anima-se ao fazer uma visita para Paula.

B) apresenta-se como um droneiro.

C) está na rua com o carro ligado.

D) saca um boné do bolso.

E) tenta explicar a função das peças do drone.

 

 

Questão 18.   (SAEPE).  Leia o texto abaixo.

 

A evidência

Ainda que pasmem os leitores, ainda que não acreditem e passem, doravante, a chamar este escritor de mentiroso e fátuo, a verdade é que, certo dia que não adianta precisar, entraram num restaurante de luxo, que não me interessa dizer qual seja, um ratinho gordo e catita e um enorme tigre de olhar estriado e grandes bigodes ferozes. Entraram e, como sucede nas histórias deste tipo, ninguém se espantou, muito menos o garçom do restaurante.

Era apenas mais um par de fregueses. Entrados os dois, ratinho e tigre, escolheram uma mesa e se sentaram. O garçom andou de lá prá cá e de cá prá lá, como fazem todos os garçons durante meia hora, na preliminar de atender fregueses, mas, afinal, atendeu-os, já que não lhe restava outra possibilidade, pois, por mais que faça um garçom, acaba mesmo tendo que atender seus fregueses. Chegou, pois, o garçom e perguntou ao ratinho o que desejava comer. Disse o ratinho, numa segurança de conhecedor:

– Primeiro você me traga Roquefort au Blinnis. Depois Couer de Baratta filet roti à la broche pommes dauphine. Em seguida Medaillon Lagartiche Foie Gras de Strasbourg. E, como sobremesa, me traga um Parfait de biscuit Estraguèe avec Cerises Jubilée. Café. Beberei, durante o jantar, um Laffite Porcherrie Rotschild 1934.

– Muito bem – disse o garçom. E, dirigindo-se ao tigre – E o senhor, que vai querer?

– Ele não quer nada – disse o ratinho.

– Nada? – tornou o garçom – Não tem apetite?

– Apetite? Que apetite? – rosnou o ratinho enraivecido – [...] Então você acha que se ele estivesse com fome eu ia andar ao lado dele?

Moral: É necessário manter a lógica mesmo na fantasia.

FERNANDES, Millôr. Fábulas fabulosas. Rio de Janeiro, 1964, p. 89.

 

Nesse texto, no trecho “... um ratinho gordo e catita e um enorme tigre de olhar estriado e grandes bigodes ferozes.” (1° parágrafo), o elemento da narrativa predominante é

A) a ambientação do espaço.

B) a descrição dos personagens.

C) a marcação do tempo.

D) o clímax.

E) o desfecho.

 

Questão 19.   (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

 

O torcedor

No jogo de decisão do campeonato, Eváglio torceu pelo Atlético Mineiro, não porque fosse atleticano ou mineiro, mas porque receava o carnaval nas ruas se o Flamengo vencesse. Visitava um amigo em bairro distante, nenhum dos dois tem carro, e ele previa que a volta seria problema.

O Flamengo triunfou, e Eváglio deixou de ser atleticano para detestar todos os clubes de futebol, que perturbam a vida urbana com suas vitórias. Saindo em busca de táxi inexistente, acabou se metendo num ônibus em que não cabia mais ninguém, e havia duas bandeiras rubro-negras para cada passageiro. E não eram bandeiras pequenas nem torcedores exaustos: estes pareciam terem guardado a capacidade de grito para depois da vitória.

Eváglio sentiu-se dentro do Maracanã, até mesmo dentro da bola chutada por 44 pés. A bola era ele, embora ninguém reparasse naquela esfera humana que ansiava por tornar a ser gente a caminho de casa.

Lembrando-se de que torcera pelo vencido, teve medo, para não dizer terror. Se lessem em seu íntimo o segredo, estava perdido. Mas todos cantavam, sambavam com alegria tão pura que ele próprio começou a sentir um pouco de Flamengo dentro de si. Era o canto?

Eram braços e pernas falando além da boca? A emanação de entusiasmo o contagiava e transformava. Marcou com a cabeça o acompanhamento da música. Abriu os lábios, simulando cantar. Cantou. [...] Estava batizado, crismado e ungido: uma vez Flamengo, sempre Flamengo.

O pessoal desceu na Gávea, empurrando Eváglio para descer também e continuar a festa, mas Eváglio mora em Ipanema, e já com o pé no estribo se lembrou. Loucura continuar Flamengo [...] Segurou firme na porta, gritou: “Eu volto, gente! Vou só trocar de roupa” e, não se sabe como, chegou intacto ao lar, já sem compromisso clubista.

html>. Fragmento.

 

Qual é a causa da transformação de Eváglio em torcedor?

A) A alegria contagiante dos torcedores.

B) A inexistência de táxi após o jogo.

C) A promessa de Eváglio aos torcedores.

D) O campeonato conquistado pelo time carioca.

E) O desembarque de Eváglio com os torcedores.

 

Questão 20.   (PAEBES). Leia o texto abaixo.

 

O que está acontecendo com a natureza?

 

Terremotos, inundações, tsunamis ocorrem com grande frequência, em todas as partes do planeta, como nunca foi registrado nessa mesma intensidade. Os cientistas têm se empenhado em buscar outros fatores, mas a resposta está diante dos olhos de todos – é o homem quem está contribuindo, e muito, para todo esse cenário de tragédias, ceifando, ao longo dos anos, centenas de milhares de vítimas. Ou seja, o homem pode ser a vítima e também o causador de tantas tragédias que estão se alastrando com muita velocidade.

[...] O homem, de uma forma geral, é o grande culpado de todo o desequilíbrio ecológico, desde o aquecimento global, até a negligência de um prefeito que simplesmente decidiu não limpar as galerias, o que contribuiu, e muito, para a tragédia. Quem responderá por isso? E até quando isso acontecerá?

Semanal Brasília em Dia. 10 a 16 abr. 2010. Ano 14. Nº 68. p. 28. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

 

De acordo com esse texto, as tragédias naturais são causadas, de forma geral, pelo

A) aquecimento global.

B) desequilíbrio ecológico.

C) homem.

D) planeta.

E) prefeito negligente.

 

Questão 21.   (SAEPI). Leia o texto abaixo.

 

Borboleta da praia

A borboleta da praia é uma espécie endêmica no estado do Rio de Janeiro. Até o ano de 1989, era o único inseto na lista oficial de espécies brasileiras ameaçadas de extinção.

Atualmente, esta mesma lista já ultrapassa mais de 200 outros nomes e não para de crescer.

O desaparecimento da borboleta da praia está sendo causado, principalmente, pela ocupação irregular de seu habitat natural cuja área abrange a região de restingas e lagoas salgadas.

Antes abundante em toda a costa fluminense, atualmente essa espécie é encontrada apenas em locais parcialmente preservados, como os brejos e as vegetações originais da Reserva Ecológica de Jacarepaguá (REEJ), situada no trecho da Praia de Massambaba, região dos lagos fluminenses, município de Saquarema, no Rio de Janeiro.

A alimentação básica dessa borboleta é o néctar da vegetação arbustiva da restinga, principalmente o cambará e o gervão. Seu hábito de voo ocorre normalmente pela manhã e à tardinha.

O tempo de vida da fêmea é em média 25 dias, quando deposita seus ovos sob as folhas Aristolochia macroura, uma planta venenosa.

Tanto a Paridis ascanius como outras lindíssimas borboletas de restingas podem ser vistas nas áreas brejais da Reserva Ecológica de Jacarepaguá.

 

Segundo esse texto, a causa principal do desaparecimento das borboletas da praia é

A) a falta de restingas e lagoas salgadas.

B) a falta de vegetação original na REEJ.

C) a ocupação irregular de seu habitat natural.

D) o isolamento dos locais de preservação.

E) o pouco tempo de vida da borboleta fêmea.



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