D7 - Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa - 5 ano
- Nelson Junior
- 2 de mai.
- 14 min de leitura
Atualizado: 4 de mai.

Hoje vamos embarcar em uma aventura pelo mundo das histórias e descobrir como elas são construídas. Preparem seus óculos de detetive, pois vamos investigar os segredos por trás de cada narrativa!
O que é uma narrativa?
Uma narrativa é uma forma de contar uma história, seja ela real ou imaginária. As narrativas estão presentes em diversos lugares: livros, filmes, contos, lendas, histórias em quadrinhos e até mesmo em conversas do dia a dia.
Assim como uma receita deliciosa leva ingredientes específicos, uma boa história também possui elementos importantes que a tornam interessante e envolvente. Vamos conhecer alguns deles:
Personagens: São as pessoas (ou seres) que participam da história. Podem ser heróis, vilões, coadjuvantes, animais falantes, objetos personificados, etc.
Tempo: Indica quando a história acontece. Pode ser um tempo específico (ex: em 1985, durante a Idade Média) ou um tempo mais vago (ex: há muito tempo, um dia).
Espaço: É o local onde a história se passa. Pode ser uma casa, uma floresta, uma cidade, um planeta distante, etc.
Narrador: É quem conta a história. Pode ser um narrador personagem (que participa da história) ou um narrador observador (que apenas observa e conta a história).
Enredo: É a sequência de acontecimentos da história. É o que acontece do começo ao fim.
Agora, vamos falar de um elemento muito importante: o conflito gerador. Ele é como a faísca que acende a história, o problema ou desafio que os personagens precisam enfrentar. É o conflito que move a ação e prende a nossa atenção.
O conflito gerador pode ser de diferentes tipos:
Conflito interno: Quando o personagem luta contra seus próprios sentimentos, dúvidas ou medos.
Conflito externo: Quando o personagem luta contra algo ou alguém fora dele, como outro personagem, a natureza, um obstáculo, etc.
Vamos usar a história de "Chapeuzinho Vermelho" para identificar esses elementos:
Personagens: Chapeuzinho Vermelho, Lobo Mau, Vovozinha, Caçador.
Tempo: Não é especificado um tempo exato, mas podemos entender que se passa em um tempo antigo, em um contexto rural.
Espaço: A floresta e a casa da Vovozinha.
Narrador: Observador.
Enredo: Chapeuzinho Vermelho precisa levar doces para sua avó que mora na floresta. No caminho, encontra o Lobo Mau, que a engana e vai primeiro para a casa da Vovozinha.
Conflito Gerador: O conflito principal é a ameaça do Lobo Mau à Chapeuzinho Vermelho e à Vovozinha.
Compreender os elementos da narrativa e, principalmente, o conflito gerador, nos ajuda a entender melhor as histórias e a apreciá-las ainda mais. Agora vocês estão preparados para desvendar os segredos de qualquer narrativa!
Fórum: Opinar, Compartilhar e Refletir
🎯 Objetivo da atividade:
Nesta atividade, você irá mostrar que sabe identificar os principais elementos de uma narrativa, como personagens, tempo, espaço, enredo e narrador, e também reconhecer o conflito gerador, que é o desafio ou problema principal da história.
📌 Tarefa – Etapas obrigatórias
1. Leitura e Resposta Individual
Leia com atenção o trecho a seguir:
"Léo era um menino curioso que adorava inventar coisas. Um dia, ele criou um robô que podia falar. Mas o robô começou a agir sozinho e a mexer em tudo dentro de casa. Léo precisou encontrar uma forma de desligá-lo antes que seus pais chegassem."
Agora, responda:
a) Quem são os personagens da história?
b) Onde e quando se passa a história? (espaço e tempo)
c) Qual é o conflito gerador do enredo?
d) O narrador participa da história ou apenas observa?
2. Interação com o colega
Escolha a resposta de um colega e comente:
Você concorda com a análise que ele(a) fez do conflito gerador?
Acrescente uma observação sobre outro elemento da narrativa (por exemplo, o narrador ou o tempo).
Escreva um elogio ou sugestão para melhorar a resposta.
3. Reflexão final
Depois da troca com seu colega, responda:
Por que entender o conflito e os elementos da narrativa pode ajudar você a ler e escrever melhor?
📚 Lembrete importante:
Toda boa história tem um conflito — é ele que faz a história “acontecer”! Aprender a identificar esse ponto central e os demais elementos da narrativa ajuda você a compreender melhor os textos e a criar histórias mais interessantes e bem organizadas.
PRATIQUE!
A Aventura dos Óculos Perdidos
Era uma vez, na pequena vila de Contáris, uma menina chamada Sofia que adorava histórias. Ela colecionava livros, escrevia contos e sempre carregava seus óculos de detetive imaginário, pois acreditava que eles a ajudavam a desvendar mistérios.
Certo dia, ao voltar da biblioteca, Sofia percebeu que seus óculos haviam desaparecido. "Como vou investigar sem eles?", pensou, preocupada. Decidida a encontrá-los, Sofia começou a interrogar os moradores da vila.
Ela encontrou o sapateiro, que disse:
– Vi algo brilhando no mercado. Pode ser o que você procura.
No mercado, a vendedora comentou:
– Um gato preto passou por aqui carregando algo estranho.
Seguindo a pista, Sofia chegou ao bosque. Lá, encontrou o gato preto, que brincava com seus óculos. Ele disse:
– Não queria que você perdesse sua magia de investigar, então guardei para testar sua habilidade.
Sofia sorriu. Percebeu que o mistério havia sido resolvido não pelos óculos, mas por sua determinação e curiosidade. Desde então, passou a dizer que seu verdadeiro poder estava em sua imaginação.
Questão 1. Qual é o conflito gerador da história de Sofia?
A) A dificuldade de encontrar os moradores da vila.
B) O desaparecimento dos óculos de Sofia.
C) O encontro com o gato preto no bosque.
D) A curiosidade de Sofia sobre os mistérios da vila.
Questão 2. (Sobral – CE). Leia o texto.
Ariel chega suado na classe. D. Maria Luísa está colocando nas carteiras a prova de ciências já corrigida. Inda bem que ela colocou a nota para baixo. Ariel acha que deu vexame, o pior é que vai ter que levar a prova para a mãe assinar. Senta-se devagarinho e olha a prova.
O Jair, ao lado, deve ter tirado um notão porque está rindo sozinho. Também, grande coisa! O Jair só faz estudar! É tão grosso no futebol, que nem o professor de ginástica tem coragem de escalar ele pra algum time! Vê que Irene tirou dois, mas ela não está nem aí. A mãe dela deve ser dessas que não enchem muito. Se ele tirasse dois, ai dele. Vira a ponta da prova bem devagar. É, só se fosse milagre. Mas milagre não ia acontecer com ele e justo na prova de ciências. Estava lá, bem grande, em vermelho, no alto da página: Três. Pronto, estava azarado.
PINSKY, Mirna. As muitas mães de Ariel. São Paulo: Melhoramentos, 1980. p. 22-23. (fragmento)
A frase que mostra o problema de Ariel é:
A) “É tão grosso no futebol, que nem o professor de ginástica tem coragem de escalar ele...”
B) “... o pior é que vai ter que levar a prova para a mãe assinar.”
C) “Vê que Irene tirou dois, mas ela não está nem aí.”
D) “O Jair, ao lado, deve ter tirado um notão porque está rindo sozinho.”
Questão 3. (SAERJ). Leia o texto abaixo.
Princesa Linda Laço-de-fita
Sempre foi linda, vestiu roupas lindas e morou num quarto lindo, de um castelo lindíssimo, no reino de Flax. Passou a vida na janela desse quarto, recebendo visitas de príncipes que vinham de muito longe e de bem perto para também pedi-la em casamento. Mas, sendo linda como era, e muito vaidosa da própria lindeza, não aceitava nenhum pedido, pois nenhum príncipe era forte, rico ou... lindo o suficiente para casar com ela. Com o passar dos anos, os príncipes cansaram desse papo furado e desistiram de pedi-la em casamento. Hoje em dia, ela já está bem velhinha, ainda linda, uma linda velhinha. Sozinha, na janela, espera algum príncipe passar e parar para conversar.
SOUZA, Flávio de. Príncipes e princesas, sapos e lagartos: histórias modernas de tempos antigos. São Paulo: FTD, 1996.
O que fez com que essa história acontecesse?
A) A princesa ficar sempre na janela conversando.
B) A princesa recusar os pedidos de casamento.
C) As lindas roupas usadas pela princesa no castelo.
D) As visitas feitas pelos príncipes à princesa no castelo.
Questão 4. (SEAPE). Leia o texto abaixo.
Gênio genioso
Ontem eu acordei e dei de cara com uma lâmpada mágica.
Digo lâmpada, mas de verdade não entendo porque chamam isso de lâmpada na história do Aladim. Não tem nada a ver com uma lâmpada normal, dessas que acendem. O nome desse objeto devia ser “bule mágico”.
E é um bule estranho, com o bico bem esticado– a lâmpada-bule que apareceu no meu quarto é igualzinha à que o Aladim encontra: dourada, reluzente, será que é de ouro?
Esfreguei os olhos pra ter certeza que não estava dormindo e peguei aquele troço esquisito pra olhar mais de perto. De onde tinha aparecido? Bem do lado da minha cama...
Sem saber o que fazer, fiz o que qualquer um teria feito: passei a mão de leve e fiquei esperando pra ver o que acontecia. Nada. Nem sinal de fumaça. Então resolvi esfregar a lâmpada-bule com força. Mas continuou não acontecendo nada, não apareceu gênio nenhum. Nem gênia.
Pena. Bem que eu precisava de uma ajudinha pra transformar o visto que a professora deu no meu desenho em estrelinha! Olhei mais uma vez pra lâmpada-bule e supliquei: Só um pedidinho? Quem sabe alguma coisa mais fácil? Nada.
Depois dessas tentativas, larguei a lâmpada-bule-não-mágica e fui tomar banho, pensando na minha falta de sorte. Pior do que nunca encontrar uma lâmpada mágica é topar com uma que não funciona.
Vai ver o gênio está com preguiça. Ou será que aquilo é algum brinquedo novo que minha mãe comprou pra mim? Mesmo assim, saí do chuveiro com
esperança: quem sabe ele acordou? Resolvi lustrar a lâmpada-bule de novo, dessa vez com uma meia bem macia. Poxa, vamos lá! Há quantos mil anos você está esperando por essa esfregadinha? Não teve jeito.
Ô gênio temperamental! Tá bom, desculpe, não quis ofender chamando sua lâmpada de bule! Mas que parece, parece.
TAVANO. Silvana. Disponível em: http://www.cronopios.com.br/cronopinhos/ineditos.asp?id=96>.
Nesse texto, o que deu origem aos acontecimentos foi
A) a lâmpada do menino ser preguiçosa.
B) a lâmpada ser um bule mágico.
C) o menino encontrar uma lâmpada.
D) o menino ter esfregado a lâmpada.
Questão 5. (PROEB). Leia o texto abaixo.
Vegetais debaixo d’água
A turma ficou encantada com tudo. De manhã, conheceram tanta coisa, se divertiram e caminharam tanto... já estavam ficando “azuis” de fome.
De repente, o senhor Samuel disse:
– Pessoal, o almoço está na mesa!
Quando todos estavam assentados, começaram a comer as saladas. Uma era mais gostosa que a outra, todas muito fresquinhas. [...]
Luísa descobriu que eram verduras hidropônicas e comentou:
– Queria tanto ver como isso funciona.
Toda a turma havia planejado ver os cavalos no pasto, mas seguiu o senhor Samuel até um lugar parecido com uma tenda, onde havia diversas caixas suspensas.
– O que é isso?
– São caixas para hidroponia – explicou o senhor Samuel, mostrando que essa é uma técnica de cultivo que não usa terra. [...] É que a hidroponia oferece as mesmas condições que o cultivo comum de verduras. Essas caixas que vocês estão vendo são cobertas por isopor. É ele
que sustenta a planta, separando a raiz das folhas.
Por baixo, corre água com nutrientes em períodos alternados para que a raiz também possa respirar.
– Mas qual é a vantagem? Parece que dá mais trabalho, perguntou o Cazuza.
– Ao contrário. Dá menos trabalho. Com a hidroponia, a planta tem capacidade de crescer mais rápido.
– Que legal! Verduras fazem muito bem à saúde... – Comentou Quico, lembrando-se do delicioso almoço que a [...] cozinheira tinha
preparado.
Nosso Amiguinho. n. 9, ano 57, mar. 2010, p. 31-32. Fragmento.
O que deu origem aos fatos narrados nesse texto foi
A) a curiosidade de Luísa.
B) a separação das raízes.
C) o desejo de ver os cavalos.
D) o chamado para o almoço.
Questão 6. (SAEPI). Leia o texto abaixo.
Meus lápis de cor são só meus
A Lulu estava muito contente naquele dia. É que era o dia do aniversário dela. Quando ela chegou da escola já encontrou a mamãe preparando a festa. [...]
O papai estava enchendo as bolas e a tia Mari estava botando a mesa na sala. [...]
O primeiro convidado que chegou foi o priminho da Lulu, o Miguel. Depois chegou a Taís, o Arthur e o Caiã e todos os colegas do colégio.
E ficaram todos brincando no jardim.
Aí todos entraram para abrir os presentes. [...]
Lulu gostou de todos os presentes, mas o que ela mais gostou foi da caixa grande de lápis de cor que se abria feito uma sanfona e que tinha todas, mas todas as cores, mesmo. [...]
Então, logo de manhã, a Lulu já se sentou na mesa da sala, pegou o bloco grande de desenho e começou a fazer um desenho bem bonito, com seus
novos lápis. Aí chegou o Miguel, que veio passar o dia com ela.
Ele se sentou junto da Lulu e disse que também queria desenhar. Mas Lulu não quis nem por nada emprestar os lápis a ele.
– Os meus lápis de cor são só meus! – ela disse.
A mãe de Lulu ficou zangada:
– Que é isso, minha filha? Os dois podem desenhar muito bem. Empreste os lápis para o seu primo!
Mas o Miguel já estava enjoado dessa conversa, e foi [...] andar de bicicleta. [...]
A Lulu juntou todos os lápis, [...] em cima do bloco e foi para o quarto, equilibrando tudo.
Ela foi subindo as escadas, subindo as escadas, até que já estava chegando lá em cima, quando ela perdeu o equilíbrio e deixou os lápis caírem todos escada abaixo. [...]
A Lulu desceu as escadas e viu que todas as pontas dos lápis estavam quebradas. [...] O Miguel, que estava brincando lá fora, veio correndo para ver o que tinha acontecido.
Então ele disse à Lulu:
– Não chore não, Lulu, eu vou buscar meu apontador lá em casa e eu aponto todos os seus lápis.
E ele foi e logo chegou com o apontador. O Miguel apontou todos os lápis da Lulu.
Então a Lulu convidou:
– Miguel, você não quer desenhar comigo?
E o Miguel veio e eles fizeram uma porção de desenhos [...].
E a Lulu se divertiu muito mais do que quando ela ficava desenhando sozinha...
ROCHA, Ruth. Disponível em: http://www2.uol.com.br/ruthrocha/historias_01.htm>.
Qual é a personagem principal dessa história?
A) Arthur.
B) Caiã.
C) Lulu.
D) Miguel.
Questão 7. (SAEPE). Leia o texto abaixo.
Princesa Linda Laço-de-fita
Sempre foi linda, vestiu roupas lindas e morou num quarto lindo, de um castelo lindíssimo, no reino de Flax. Passou a vida na janela desse quarto, recebendo visitas de príncipes que vinham de muito longe e de bem perto para também pedi-la em casamento. Mas, sendo linda como era, e muito vaidosa da própria lindeza, não aceitava nenhum pedido, pois nenhum príncipe era forte, rico ou... lindo o suficiente para casar com ela. Com o passar dos anos, os príncipes cansaram desse papo furado e desistiram de pedi-la em casamento. Hoje em dia, ela já está bem velhinha, ainda linda, uma linda velhinha. Sozinha, na janela, espera algum príncipe passar e parar para conversar.
SOUZA, Flávio de. Príncipes e princesas, sapos e lagartos: histórias modernas de tempos antigos. São Paulo: FTD, 1996.
O que fez com que essa história acontecesse?
A) A princesa ficar sempre na janela conversando.
B) A princesa recusar os pedidos de casamento.
C) As lindas roupas usadas pela princesa no castelo.
D) As visitas feitas pelos príncipes à princesa no castelo.
Questão 8. (SAEMI - PE). Leia o texto abaixo.
A fábula da estrela-do-mar
Todos os dias de manhã um escritor passeava numa praia muito calma em busca da sua inspiração diária para continuar a escrever o seu livro.
Um dia, ao caminhar pela areia, o escritor viu ao longe um menino a correr entre a água e a areia seca. Ao chegar mais perto, viu que o menino estava pegando as estrelas-do-mar que se encontravam na areia e levando-as novamente para o mar.
— Bom dia. – disse o menino sorrindo e sem parar o que estava fazendo.
— Olá. Por que você está fazendo isso? — perguntou o escritor.
— Como a maré está baixa e o sol forte, as estrelas-do-mar vão secar e morrer antes que a maré suba de novo. – disse o jovem.
O escritor olhou novamente para o menino, sorriu e disse:
— Acho muito bonito o que está fazendo, só que existem milhares de quilômetros de praia por todo o mundo, ou seja, milhões de estrelas-do-mar devem estar agora mesmo a secar na areia por todas essas praias. Você tem tanto trabalho e que diferença faz salvar algumas se outras milhões vão morrer?
O menino agarrou em mais uma estrela-do-mar, levou-a até a água, olhou para o escritor e disse:
— Para esta estrela-do-mar eu já fiz a diferença.
O escritor não conseguiu fazer mais nada durante o dia inteiro, mal conseguiu dormir e sentiu-se bastante triste.
No dia seguinte, como habitual, o escritor foi dar o seu passeio matinal à praia, mas desta vez passou toda a manhã ajudando o menino a devolver as estrelas-do-mar ao oceano.
Disponível em: http://www.motivo.me/2011/06/06/o-menino-e-as-estrelas-do-mar/
O que fez com que essa história acontecesse?
A) O escritor ajudar o menino no dia seguinte.
B) O escritor ver o menino devolvendo as estrelas-do-mar ao oceano.
C) O menino dizer que seu trabalho fazia diferença.
D) O menino explicar que as estrelas-do-mar iriam secar e morrer.
Questão 9. (Sobral-CE). Leia o texto abaixo.
O MACACO E A VELHA
Havia uma velha, muito velha, chamada Marocas. Ela possuía um lindo bananal. Mas a coitadinha da velha comia poucas bananas, pois havia um macaco que lhe roubava todas. Um dia, Marocas, cansada de ser roubada, teve uma ideia. Comprou no armazém vários quilos de alcatrão e com ele fez um boneco. Colocou-o num grande tabuleiro e o levou para o meio do bananal, pensando em dar uma lição no macaco. Logo que Marocas voltou para casa, lá veio o macaco Simão de mansinho. Quando avistou o boneco, zangou-se pensando que ele lhe roubava as bananas. O macaco, muito zangado, deu-lhe uns sopapos, ficando com a mão grudada no alcatrão. Deu-lhe um pontapé. Ficou preso no boneco também o seu pé. O macaco deu, então, uma cabeçada e ficou todinho grudado. Marocas, saindo do barraco, pegou o chicote e surrou o macaco e só parou, quando Simão, dando três pulos, desgrudou-se do alcatrão e fugiu. Certa manhã, Simão teve uma ideia para se vingar da velha Marocas. Ele entrou numa pele de leão que encontrou na floresta. Pulou o muro da casa da velha e escondeu-se no bananal. Quando a velha apareceu, Simão soltou um urro terrível e deu-lhe um bote. A velha gritou e tentou fugir, mas, naquele alvoroço, caiu bem no fundo do poço que havia no quintal. O macaco, vendo o perigo que ela corria, ficou muito triste, pois queria assustá-la, mas não matá-la. Saiu bem rápido de dentro da pele e, olhando em volta, subiu num pé de jamelão, pegou num galho bem grosso e espichou bem o rabo até o fundo do poço. Os gritos chamaram a atenção dos vizinhos que, chegando ao bananal, surpreenderam-se com a cena. O macaco fazendo força, trazendo Marocas dependurada no seu rabo. Depois desse dia, as coisas mudaram. Marocas e o macaco ficaram amigos. Era uma beleza! Ela, em vez de pancadas, dava-lhe bananas e doces.
(CAPPELLI, Alba; DIAS, Dora. O macaco e a velha. Coleção Lua de papel. FTD. *Adaptado: Reforma Ortográfica.
O que deu início à briga entre Marocas e o macaco?
A) A lição que Marocas deu no macaco.
B) A surra de chicote que o macaco levou.
C) O boneco roubar as bananas do macaco.
D) O macaco comer as bananas da Marocas.
Questão 10. (PAEBES). Leia o texto abaixo.
O patinho bonito
[...] Milton era o patinho mais bonito da escola. Todos olhavam para ele e diziam: “Como ele é bonito!”. Ele se olhava no espelho e dizia: “Como eu sou bonito!”. E ficava pensando: “Sou tão bonito que talvez eu nem seja um pato de verdade. Tenho até nome diferente. [...] Quem sabe eu sou gente?”.
E Milton começou a ficar meio besta. Diziam: “Milton, vem nadar!”. Ele respondia: “Eu não. [...]”. Todos os outros patos começaram a achar o Milton meio chato. Ele foi ficando sozinho. E dizia: “Não faz mal. Sou mais bonito. Vou terminar na televisão. Vou ser o maior galã”.
Uma noite Milton resolveu fugir de casa. Foi até a cidade para tentar entrar na televisão. Quando chegou na porta da estação de TV, foi logo dizendo: “Eu me chamo Milton. Além de bonito, acho que eu tenho muito talento artístico”. [...] “Ih, não enche”, disse alguém. “Todo dia alguém arranja uma fantasia de bicho e vem aqui procurar lugar na televisão”.
– Mas você não vê que eu não estou fantasiado? Perguntou Milton. [...]
– Então como é que você sabe falar?
– Mas os patos falam!! disse Milton, quase chorando.
– Não vem com essa, [...] disse um guarda que estava ali perto. Para mim você é um pato mecânico. Deve ser uma espécie de robô com um computador na cabeça! [...]
De repente Milton teve um estremeção. Abriu os olhos e viu que estava em casa. Ele tinha sonhado.
Olhou para seus pais, ainda meio assustado, e disse:
– Eu sou um pato... eu sou um pato...
E seus pais disseram:
– Puxa, ainda bem que você se convenceu! [...]
E daí por diante não havia pato mais contente, que tivesse mais vontade de nadar na lagoa, do que o Milton. De vez em quando ele ainda dizia: “Sou um pato! Um pato mesmo!”. E dava um suspiro de alívio.
COELHO, Marcelo. O patinho bonito. In: Banco de Dados Folha. 1989. Disponível em: http://almanaque.folha.uol.com.br/folhinha_texto_marcelo_patinho.htm
Essa história termina quando
A) Milton é confundido com um pato mecânico.
B) Milton é elogiado por todos da escola.
C) Milton fica contente por ser um pato.
D) Milton percebe que tinha sonhado.
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