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[GRAMÁTICA] Tipos de Sujeito

Atualizado: 19 de jan.


O sujeito é um dos dois componentes dos termos essenciais da oração: sujeito e predicado. As orações são estruturadas em volta desses dois termos: o sujeito é o elemento que estabelece a relação de concordância com o verbo. O predicado é tudo aquilo na frase além do sujeito, tudo o que resta quando o retiramos.

Sujeito é aquele sobre o qual, dentro de uma oração, se declara algo. O predicado é o que se declara sobre o sujeito.

Vejamos um exemplo:

O rapaz de boné azul estava atravessando a rua quando olhou para o lado e viu seu pai.

Sobre quem estamos declarando algo nessa frase? Sobre “o rapaz de boné azul”. Dessa forma, esse é o sujeito. Tudo aquilo que não é sujeito, é predicado. Assim, o predicado é “estava atravessando a rua quando olhou para o lado e viu seu pai”.

Núcleo do sujeito

O núcleo do sujeito é a palavra principal que forma o sujeito, isso porque ele pode ser composto por vários termos, entretanto, sempre haverá um mais importante.

Observe o exemplo:

Os alunos da Escola Mario Quintana ganharam a medalha de ouro da olimpíada de matemática.​

Para identificarmos o sujeito, devemos fazer uma pergunta ao verbo: Quem ganhou a medalha de ouro na olimpíada de matemática? Para essa pergunta, a resposta é clara: os alunos da Escola Mario Quintana. Identificamos, pois, o sujeito, mas qual é o núcleo desse sujeito? Quem venceu a competição: a Escola Mario Quintana ou os alunos? Sabemos que os vencedores foram os alunos, portanto, os alunos são o núcleo do sujeito.

Tipos de sujeito

Nesse tópico, iremos somente citá-los e, logo à frente, iremos trazer suas características e algumas peculiaridades:

A) Simples

O sujeito será determinado simples quando apresentar um único núcleo, ou seja, quando o sujeito for formado por uma única palavra principal.

Observe o exemplo:

As crianças estão brincando na pracinha.

Núcleo: crianças


B) Composto

O sujeito será classificado como sujeito determinado composto quando apresentar dois ou mais núcleos.

Observe o exemplo:

Pais, professores e alunos reuniram-se na escola no início do ano letivo.

Núcleos: Pais, professores e alunos


C) Oculto

Também designado de sujeito elíptico, sujeito implícito e sujeito subentendido, o sujeito oculto/desinencial é aquele que não aparece na frase de forma explícita. Podemos dizer que sabemos que ele está ali, mas não conseguimos vê-lo.

No entanto, podemos identificá-lo por conta da desinência do verbo da frase.

A desinência consiste em elementos do final da palavra que permitem identificar a pessoa verbal à qual ela se refere, compreender se a palavra é masculina ou feminina, singular ou plural, etc.

Ao analisarmos a flexão verbal "estamos", por exemplo, observamos o seguinte:

-mos: desinência número pessoal indicativa da 1ª pessoa do plural (nós).

​Exemplos de sujeito oculto:

Estamos muito orgulhosos de você. Deixei minha chave em casa.

Em ambos os exemplos, o que nos indica qual é o sujeito é a desinência da flexão verbal. No primeiro exemplo, o verbo “estamos” nos indica que o sujeito só pode ser “nós”. Já no segundo exemplo, o verbo “deixei” é indicativo de que o sujeito da frase é “eu”. Nesse caso, tanto o sujeito “nós” quanto o sujeito “eu” estão implícitos.


D) Indeterminado

Nesse caso, o sujeito de quem se fala não está determinado porque não se sabe quem praticou a ação ou porque a intenção é não revelá-lo. É possível indeterminar o sujeito por meio de duas estruturas sintáticas.

Observe:

1) Oração com verbo na 3ª pessoa do plural:

Roubaram meu carro ontem.

​2) Oração com verbo na 3ª pessoa do singular acrescido do pronome "se":

Discutiu-se sobre o aumento do preço da gasolina.

​3) Com o verbo no infinitivo impessoal:

Fumar faz mal à saúde. É importante beber dois litros de água por dia.​

E) Inexistente

O sujeito inexistente também é conhecido como oração sem sujeito. Como trouxemos no início do texto: os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. Como não há sujeito, a oração é composta somente por predicado. Há três casos clássicos em que isso acontece, vejamos abaixo:

1) Verbos que indicam fenômenos da natureza.

Choveu muito ontem à noite.
Amanheceu de maneira esplendorosa.

Uma observação importante é que, quando esses verbos, que indicam fenômenos da natureza, são utilizados de maneira figurada, o sujeito existe e há concordância com o verbo.

O clima da turma esquentou com certas acusações.

Sujeito -> clima.

Choveram recursos naquela prova.

Sujeito -> recursos.

2) Verbos que indicam fenômenos meteorológicos e tempo decorrido.


Faz três horas que o ônibus passou.
Está muito tarde!
Há tempos não fazia tanto calor.
Faz calor durante o dia e frio durante a noite.

3) Verbo haver no sentido de existir e acontecer.

Houve um acidente na avenida no período da noite.
Havia muitos computadores para serem comprados.

​Nos casos de sujeito inexistente, aquele candidato que “pergunta” para o verbo quem é o autor da ação, encontra uma resposta errada. Isso acontece porque, em muitos casos, o verbo consegue “responder”.

Entretanto, essa “resposta” do verbo é errônea, tendo em vista que são casos classificados como oração sem sujeito. Dessa forma, é necessário ter esses três casos bem sedimentados e levá-los para a prova.

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