O sujeito é um dos dois componentes dos termos essenciais da oração: sujeito e predicado. As orações são estruturadas em volta desses dois termos: o sujeito é o elemento que estabelece a relação de concordância com o verbo. O predicado é tudo aquilo na frase além do sujeito, tudo o que resta quando o retiramos.
Sujeito é aquele sobre o qual, dentro de uma oração, se declara algo. O predicado é o que se declara sobre o sujeito.
Vejamos um exemplo:
O rapaz de boné azul estava atravessando a rua quando olhou para o lado e viu seu pai.
Sobre quem estamos declarando algo nessa frase? Sobre “o rapaz de boné azul”. Dessa forma, esse é o sujeito. Tudo aquilo que não é sujeito, é predicado. Assim, o predicado é “estava atravessando a rua quando olhou para o lado e viu seu pai”.
Núcleo do sujeito
O núcleo do sujeito é a palavra principal que forma o sujeito, isso porque ele pode ser composto por vários termos, entretanto, sempre haverá um mais importante.
Observe o exemplo:
Os alunos da Escola Mario Quintana ganharam a medalha de ouro da olimpíada de matemática.
Para identificarmos o sujeito, devemos fazer uma pergunta ao verbo: Quem ganhou a medalha de ouro na olimpíada de matemática? Para essa pergunta, a resposta é clara: os alunos da Escola Mario Quintana. Identificamos, pois, o sujeito, mas qual é o núcleo desse sujeito? Quem venceu a competição: a Escola Mario Quintana ou os alunos? Sabemos que os vencedores foram os alunos, portanto, os alunos são o núcleo do sujeito.
Tipos de sujeito
Nesse tópico, iremos somente citá-los e, logo à frente, iremos trazer suas características e algumas peculiaridades:
A) Simples
O sujeito será determinado simples quando apresentar um único núcleo, ou seja, quando o sujeito for formado por uma única palavra principal.
Observe o exemplo:
As crianças estão brincando na pracinha.
Núcleo: crianças
B) Composto
O sujeito será classificado como sujeito determinado composto quando apresentar dois ou mais núcleos.
Observe o exemplo:
Pais, professores e alunos reuniram-se na escola no início do ano letivo.
Núcleos: Pais, professores e alunos
C) Oculto
Também designado de sujeito elíptico, sujeito implícito e sujeito subentendido, o sujeito oculto/desinencial é aquele que não aparece na frase de forma explícita. Podemos dizer que sabemos que ele está ali, mas não conseguimos vê-lo.
No entanto, podemos identificá-lo por conta da desinência do verbo da frase.
A desinência consiste em elementos do final da palavra que permitem identificar a pessoa verbal à qual ela se refere, compreender se a palavra é masculina ou feminina, singular ou plural, etc.
Ao analisarmos a flexão verbal "estamos", por exemplo, observamos o seguinte:
-mos: desinência número pessoal indicativa da 1ª pessoa do plural (nós).
Exemplos de sujeito oculto:
Estamos muito orgulhosos de você. Deixei minha chave em casa.
Em ambos os exemplos, o que nos indica qual é o sujeito é a desinência da flexão verbal. No primeiro exemplo, o verbo “estamos” nos indica que o sujeito só pode ser “nós”. Já no segundo exemplo, o verbo “deixei” é indicativo de que o sujeito da frase é “eu”. Nesse caso, tanto o sujeito “nós” quanto o sujeito “eu” estão implícitos.
D) Indeterminado
Nesse caso, o sujeito de quem se fala não está determinado porque não se sabe quem praticou a ação ou porque a intenção é não revelá-lo. É possível indeterminar o sujeito por meio de duas estruturas sintáticas.
Observe:
1) Oração com verbo na 3ª pessoa do plural:
Roubaram meu carro ontem.
2) Oração com verbo na 3ª pessoa do singular acrescido do pronome "se":
Discutiu-se sobre o aumento do preço da gasolina.
3) Com o verbo no infinitivo impessoal:
Fumar faz mal à saúde. É importante beber dois litros de água por dia.
E) Inexistente
O sujeito inexistente também é conhecido como oração sem sujeito. Como trouxemos no início do texto: os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. Como não há sujeito, a oração é composta somente por predicado. Há três casos clássicos em que isso acontece, vejamos abaixo:
1) Verbos que indicam fenômenos da natureza.
Choveu muito ontem à noite.
Amanheceu de maneira esplendorosa.
Uma observação importante é que, quando esses verbos, que indicam fenômenos da natureza, são utilizados de maneira figurada, o sujeito existe e há concordância com o verbo.
O clima da turma esquentou com certas acusações.
Sujeito -> clima.
Choveram recursos naquela prova.
Sujeito -> recursos.
2) Verbos que indicam fenômenos meteorológicos e tempo decorrido.
Faz três horas que o ônibus passou.
Está muito tarde!
Há tempos não fazia tanto calor.
Faz calor durante o dia e frio durante a noite.
3) Verbo haver no sentido de existir e acontecer.
Houve um acidente na avenida no período da noite.
Havia muitos computadores para serem comprados.
Nos casos de sujeito inexistente, aquele candidato que “pergunta” para o verbo quem é o autor da ação, encontra uma resposta errada. Isso acontece porque, em muitos casos, o verbo consegue “responder”.
Entretanto, essa “resposta” do verbo é errônea, tendo em vista que são casos classificados como oração sem sujeito. Dessa forma, é necessário ter esses três casos bem sedimentados e levá-los para a prova.
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