D14 – Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações - 5 ano
- Prof Nelson Jr
- 28 de jul.
- 9 min de leitura
Hoje, vamos embarcar em uma aventura superlegal para desvendar os segredos da pontuação! Vocês já pararam para pensar como aqueles pequenos sinais gráficos, como vírgulas, pontos e exclamações, podem mudar completamente o sentido de uma frase? Pois é, eles são como mágicos que dão vida aos textos e nos ajudam a entender melhor as mensagens.
Nesta aula, vamos aprender sobre o D14, que significa: Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações. Em outras palavras, vamos descobrir como a pontuação, os símbolos e os destaques visuais influenciam o sentido do texto, expressando emoções, intenções, pausas e ênfases.
Por que isso é importante?
Imagine ler um texto sem nenhuma pontuação. Seria como ouvir alguém falando sem pausas, tudo corrido, sem nenhuma entonação. Complicado, não é? A pontuação é como a melodia da escrita, ela nos guia na leitura e nos ajuda a compreender as nuances do texto.
Vamos conhecer alguns sinais importantes:
Ponto Final (.): Indica o fim de uma frase declarativa. Usamos quando queremos afirmar ou negar algo.
Exemplo: O sol brilha forte hoje.
Vírgula (,): Indica uma pausa breve na leitura. Usamos para separar elementos em uma lista, indicar um chamamento (vocativo) ou separar expressões explicativas.
Exemplos: Comprei maçãs, bananas, laranjas e uvas. Maria, venha cá! Ele é um ótimo aluno, dedicado e inteligente.
Ponto e Vírgula (;): Indica uma pausa maior que a vírgula, mas menor que o ponto final. Usamos para separar itens de uma enumeração que já possuem vírgulas ou para separar orações coordenadas mais extensas.
Exemplo: Os alunos apresentaram trabalhos sobre animais; plantas; e o sistema solar.
Dois Pontos (:): Usamos para introduzir uma fala, uma citação, uma enumeração ou uma explicação.
Exemplos: Ele disse: “Bom dia!”. Preciso comprar: caderno, lápis e borracha.
Ponto de Interrogação (?): Usamos no final de perguntas diretas.
Exemplo: Qual é o seu nome?
Ponto de Exclamação (!): Usamos para expressar emoções como surpresa, alegria, espanto, medo ou ordem.
Exemplos: Que susto! Parabéns! Silêncio!
Travessão (—): Usamos para indicar a fala de um personagem em um diálogo ou para dar ênfase a uma parte da frase.
Exemplo: — Bom dia! — respondeu o professor.
Aspas (“ ”): Usamos para indicar citações (fala de outra pessoa) ou para destacar palavras ou expressões.
Exemplo: “A educação transforma o mundo”, disse Paulo Freire.
Reticências (…): Indicam uma interrupção do pensamento ou uma suspensão da fala, sugerindo que algo mais poderia ser dito. Também podem indicar a omissão de parte de um texto.
Exemplo: Eu queria dizer… mas não consigo.
Como a pontuação muda o sentido?
Vejamos alguns exemplos práticos:
“Não, espere.” (Indica uma ordem para não esperar.)
“Não espere.” (Indica uma afirmação de que não se deve esperar.)
Percebam como a vírgula mudou completamente o sentido da frase!
A pontuação é uma ferramenta poderosa que nos ajuda a compreender e interpretar os textos de forma mais completa e rica. Dominar os sinais de pontuação é essencial para uma boa leitura e escrita. Continue praticando e explorando esse universo fascinante!
PRATIQUE!
O Mágico dos Pontos
Era uma vez, em uma pequena aldeia chamada Gramaticópolis, um velho mágico conhecido como Mestre Ponto. Ele era famoso por ensinar as pessoas a usarem a pontuação de maneira mágica. Diziam que ele podia transformar qualquer frase confusa em algo claro e cheio de significado.
Um dia, três irmãos, Vírgula, Exclamação e Interrogação, foram até Mestre Ponto pedir ajuda. Eles estavam brigando sobre quem era o mais importante na linguagem escrita.
— Eu sou a mais essencial! — disse Vírgula, com uma pausa dramática. — Sem mim, as frases seriam um caos total.
— Ora, isso não é verdade! — gritou Exclamação, cheia de energia. — Eu dou emoção aos textos. Sem mim, tudo seria monótono!
— E o que dizer de mim? — perguntou Interrogação, curiosa. — Eu faço as pessoas pensarem, buscarem respostas. Sou fundamental para o conhecimento!
Mestre Ponto sorriu e disse:
— Todos vocês têm um papel importante. A pontuação é como uma orquestra. Cada sinal tem sua função, e juntos vocês criam harmonia nos textos.
Os irmãos refletiram e, a partir daquele dia, decidiram trabalhar juntos para tornar a comunicação mais clara e expressiva.
Questão 1. Leia o trecho do texto:
“— Eu sou a mais essencial! — disse Vírgula, com uma pausa dramática. — Sem mim, as frases seriam um caos total.” Qual é o efeito de sentido produzido pelo uso da vírgula e do travessão nesse trecho?
A) A vírgula e o travessão destacam o papel de Vírgula no diálogo, organizando as falas e expressando surpresa.
B) A vírgula cria uma pausa breve, enquanto o travessão indica as falas dos personagens, contribuindo para a fluidez do diálogo.
C) A vírgula e o travessão são usados aleatoriamente, sem impacto direto no sentido do texto.
D) A vírgula é usada para separar ideias independentes, e o travessão serve apenas para decorar o texto.
Questão 2. Leia e resolva a questão
Milagre na aula de Matemática
Joãozinho foi o único aluno da classe a acertar o problema matemático que a professora havia dado de lição. Desconfiada, ela pergunta:
– Joãozinho, você fez a lição junto com seu pai?
– Claro que não, professora!
– Que ótima notícia, Joãozinho!
– Meu pai fez sozinho mesmo.
Disponível em: https://www.maioresemelhores.com/piadas-de-joaozinho
Em: “- Claro que não, professora!”, o ponto de travessão serve para
A) realizar uma afirmação.
B) marcar a fala do narrador.
C) indicar o pensamento do leitor.
D) delimitar a fala do personagem.
Questão 3. Leia a tirinha e responda à questão.

Disponível em: https://uploads.tudosaladeaula.com/2024/09/GhzgfMzl-1-2416-jpg.webp
O uso do ponto de exclamação no terceiro quadrinho sugere
A) dúvida.
B) êxtase.
C) indignação.
D) gratificação.
Questão 4. Leia e depois resolva.
Brincadeiras
Cães adoram brinquedos de morder: ossos de borracha, plástico ou náilon. Não dê a ele objetos que soltem lascas ou pedaços que possam ser engolidos. Os filhotes precisam ainda mais desses brinquedos, porque o crescimento dos dentes os incomoda. Por isso mesmo, não deixe ao alcance do filhote sapatos, chinelos e afins.
Fonte: nutricolalimentos.com.br
Os dois pontos no trecho “… adoram brinquedos de morder:” foram colocados para
A) exemplificar sobre algo já falado.
B) indicar citação da fala de alguém.
C) introduzir um esclarecimento.
D) esclarecer uma dúvida do leitor.
Questão 5. Leia o texto abaixo.
O lobo e a cegonha
Um lobo devorou sua caça tão depressa, com tanto apetite, que acabou ficando com um osso entalado na garganta.
Cheio de dor, o lobo começou a correr de um lado para outro na floresta soltando uivos, e ofereceu uma bela recompensa para quem tirasse o osso de sua garganta. Com pena do lobo e com vontade de ganhar o dinheiro, uma cegonha resolveu enfrentar o perigo.
Depois de tirar o osso, quis saber onde estava a recompensa que o lobo tinha prometido.
– Recompensa? – berrou o lobo. – Mas que cegonha pechinchona! Que recompensa, que nada! Você enfiou a cabeça na minha boca e em vez de arrancar sua cabeça com uma dentada deixei que você a tirasse lá de dentro sem um arranhãozinho. Você não acha que tem muita sorte, seu bicho insolente! Dê o fora e se cuide para nunca mais chegar perto de minhas garras!
Moral: Não espere gratidão ao mostrar caridade para um inimigo.
Fonte: https://www.lapismagico.com/
Em: “Que recompensa, que nada!”, o ponto de exclamação intensifica uma
A) afirmação.
B) dúvida.
C) negação.
D) ordem.
Questão 6. Leia o texto e responda à questão.
O céu ameaça a terra
Meninos e meninas do povo ikolen-gavião, de Rondônia, sentam-se à noite ao redor da fogueira e olham o céu estrelado. Estão maravilhados, mas têm medo: um velho pajé acaba de contar como, antigamente, o céu quase esmagou a Terra.
Era muito antes dos avós dos avós dos meninos, era no começo dos tempos. A humanidade esteve por um fio: podia ser o fim do mundo. Nessa época, o céu ficava muito longe da Terra, mal dava para ver seu azul.
Um dia, ouviu-se trovejar, com estrondo ensurdecedor. O céu começou a tremer e, bem devagarinho, foi caindo, caindo. Homens, mulheres e crianças mal conseguiam ficar em pé e fugiam apavorados para debaixo das árvores ou para dentro de tocas. Só coqueiros e mamoeiros seguravam o céu, servindo de esteios, impedindo-o de colar-se à Terra. Talvez as pessoas, apesar do medo, estivessem experimentando tocar o céu com as mãos…
Nisso, um menino de 5 anos pegou algumas penas de nambu, “mawir” na língua tupi-mondé dos índios ikolens, e fez flechas. Crianças dos ikolens não podem comer essa espécie de nambu, senão ficam aleijadas. Era um nambu redondinho, como a abóbada celeste.
O céu era duríssimo, mas o menino esperto atirou suas flechas adornadas com plumas de mawir. Espanto e alívio! A cada flechada do garotinho, o céu subia um bom pedaço. Foram três, até o céu ficar como é hoje.
Antes de o céu subir para bem longe, os ikolens podiam deixar a Terra e ir morar no alto. Iam sempre que ficavam aborrecidos com alguém, ou brigavam entre si, e subiam por uma escada de cipó. Gorá, o criador da humanidade, cansou de ver tanta gente indo embora e cortou o cipó, para a Terra não se esvaziar demais.
Fonte: https://www.revistaprosaversoearte.com/
Em: “Espanto e alívio!”, o uso do ponto de exclamação serve para indicar
A) uma surpresa.
B) um pedido.
C) um medo.
D) uma satisfação.
Questão 7. Leia o poema e responda à questão:
Pontinho de vista
Eu sou pequeno, me dizem,
e eu fico muito zangado.
Tenho de olhar todo mundo
com o queixo levantado.
Mas, se formiga falasse
e me visse lá do chão,
ia dizer, com certeza:
– Minha nossa, que grandão!
Pedro Bandeira
No verso: “Minha nossa, que grandão!”, o ponto de exclamação revela:
A) espanto.
B) curiosidade.
C) tristeza.
D) alegria.
Questão 8. Leia o texto abaixo.
O Dia do Estudante
Comemorado no Brasil em 11 de agosto, o Dia do Estudante tem como objetivo incentivar o ensino e a alfabetização no país, além de destacar a importância e a necessidade dos estudos na vida dos cidadãos. A data especial é uma homenagem a todos os estudantes, da educação básica ao doutorado, que dedicam parte de seu tempo aos estudos.
A data em comemoração ao Dia do Estudante foi instituída em 1927, na época do Brasil Império, 100 anos após a criação das duas primeiras faculdades do Brasil, a Faculdade de Direito de Olinda, em Pernambuco, e a Faculdade de Direito do Largo do São Francisco, em São Paulo. Por essa razão, no dia 11 de agosto também é comemorado o Dia do Advogado.
O acesso à Educação é um direito assegurado a todos, como previsto no Art. 205 da Constituição Federal de 1.988: “A educação, direito de todos, e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
Fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/
O emprego dos dois pontos em “Constituição Federal de 1.988:” serve para
A) mostrar um resultado.
B) indicar a fala do personagem.
C) realizar um esclarecimento.
D) destacar uma citação.
Questão 9. Leia o texto.
Gelatina de Abacaxi
Ingredientes:
1 abacaxi grande;
1 xícara de açúcar;
2 gelatinas sabor abacaxi;
1 lata de leite condensado;
1 lata de creme de leite;
1 colher de leite em pó (Opcional).
Modo de fazer:
Pique o abacaxi em quadradinhos pequenos, depois, cozinhe-o com o açúcar e dois terços de copo de água, acrescente uma gelatina no abacaxi cozido e mexa bem. Coloque em uma travessa e leve à geladeira para endurecer. Bata no liquidificador o leite condensado, o creme de leite e a outra gelatina sabor abacaxi até obter um creme e jogue por cima do abacaxi que está endurecido. Leve de novo à geladeira até esse creme endurecer e sirva.
Atenção: Esta receita deve ser realizada sob a supervisão de um adulto.
Tudo Sala de Aula
O “ponto e vírgula” (;), nos ingredientes da receita, serve para
A) finalizar uma ideia.
B) marcar acontecimentos.
C) separar enumerações.
D) mostrar explicações.
Questão 10. Leia.
Japonês se transforma em collie com fantasia ultrarrealista de r$ 75 mil
Fantasia demorou 40 dias para ficar pronta, segundo a fabricante da roupa. Em publicação, Toko-san agradeceu a empresa: ‘Graças a vocês, consegui realizar meu sonho de me tornar um animal’.
Por g1
Um japonês se transformou em um cão da raça Collie, investindo R$ 75 mil em uma fantasia ultrarrealista. Toko-san se apresentou como o Collie em abril, quando estreou seu canal no YouTube. Lá, ele já publicou diversos vídeos. Nas imagens, ele reproduz ações do animal e aparece brincando com sua pelúcia ou uma bolinha e, também, dá a patinha.
Segundo o jornal Daily Mail, Toko encomendou a fantasia de uma agência chamada Zeppet. A peça demorou 40 dias para ficar pronta. A empresa costuma produzir fantasias para filmes e propagandas comerciais na TV.
Em um dos vídeos publicados no Twitter, Toko-san agradeceu a empresa: “Graças a vocês, consegui realizar meu sonho de me tornar um animal.”
Em uma de suas postagens recentes no Twitter, ele se mostrou surpreso com a repercussão de seus vídeos em outros países. “Estou surpreso. Nunca pensei que seria assim.”
https://g1.globo.com/
No trecho “Toko-san agradeceu a empresa:”, o uso dos dois pontos no final serve para indicar
A) uma opinião.
B) um discurso.
C) uma enumeração.
D) uma explicação.



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