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Foto do escritorNelson Junior

[LINGUÍSTICA E SEMIÓTICA] Reescrita II

Escrever é uma jornada fascinante que vai além da escolha cuidadosa de palavras. A verdadeira magia acontece quando conseguimos entrelaçar nossas ideias de forma coesa e envolvente. Neste artigo, vamos explorar duas dimensões cruciais da reescrita: coesão referencial, com seus diversos tipos de retomada, e coesão sequencial, destacando o papel essencial dos verbos do mundo comentado e do mundo narrado.

Coesão Referencial: A Arte da Retomada Coesão referencial diz respeito à conexão entre partes de um texto, garantindo que o leitor possa seguir naturalmente o fio da narrativa. A retomada é uma ferramenta valiosa para fortalecer essa coesão, e existem diferentes tipos de retomada que merecem nossa atenção na reescrita:

  1. Retomada Anafórica: Consiste em retomar um termo já mencionado. Exemplo: "O livro estava na estante. Ele era antigo e empoeirado."

  2. Retomada Catafórica: Antecipa a apresentação de um termo que será mencionado posteriormente. Exemplo: "Para enfrentar desafios, é necessário coragem. Esta virtude é fundamental na vida."

  3. Retomada Elíptica: Ocorre quando parte da informação é omitida, pois é facilmente inferida. Exemplo: "Maria comprou flores; Ana, chocolates."

Na reescrita, atente-se à clareza e fluidez dessas retomadas, assegurando que o leitor não perca o fio condutor do texto.

Coesão Sequencial: Dançando com Verbos do Mundo Comentado e Narrado A coesão sequencial é como a coreografia de uma dança literária, onde os verbos desempenham papéis cruciais no mundo comentado e narrado.

  1. Verbos do Mundo Comentado: São aqueles que expressam a opinião ou ponto de vista do autor em relação ao que está sendo mencionado. Exemplo: "O pesquisador destaca que os resultados indicam uma nova perspectiva."

  2. Verbos do Mundo Narrado: São os que movem a narrativa para frente, descrevendo ações e eventos. Exemplo: "João caminhou pela rua escura, explorando cada esquina com curiosidade."

A reescrita é uma etapa importante do processo de escrita, que consiste na revisão e na edição do texto para melhorar sua qualidade. Na reescrita, é importante verificar a coesão textual, procurando por erros ou inadequações.


Alguns erros comuns de coesão referencial são:

  • Repetição desnecessária: o uso repetido de um mesmo termo pode tornar o texto redundante.

  • Uso inadequado de pronomes: o uso inadequado de pronomes pode causar ambiguidade ou confusão.

  • Omissão de elementos: a omissão de elementos importantes do texto pode dificultar a compreensão.

Alguns erros comuns de coesão sequencial são:

  • Falta de articulação: o texto pode ser confuso ou incoerente se não houver uma boa articulação entre as ideias.

  • Uso inadequado de articuladores textuais: o uso inadequado de articuladores textuais pode causar ambiguidade ou confusão.

Ao revisar o texto, é importante verificar a coesão referencial e a coesão sequencial, procurando por erros ou inadequações. Com um pouco de atenção, é possível melhorar a qualidade dos textos escritos.


Aqui estão algumas dicas para melhorar a coesão referencial e a coesão sequencial:

  • Leia o texto com atenção, procurando por erros ou inadequações.

  • Use um dicionário ou uma gramática para verificar o significado das palavras e a concordância.

  • Use articuladores textuais para ligar as ideias e os elementos do texto.

  • Revise o texto novamente, para garantir que ele esteja claro e compreensível.

Com um pouco de prática, é possível desenvolver a habilidade de escrever textos coesos e claros.

Elevando a Narrativa por Meio da Coesão na Reescrita Em suma, a reescrita é um processo que vai além da simples escolha de palavras. A atenção à coesão referencial, através de retomadas bem construídas, e à coesão sequencial, com a escolha cuidadosa de verbos do mundo comentado e narrado, são elementos que transformam um texto comum em uma narrativa envolvente.

Ao refinar esses aspectos durante a reescrita, você não apenas aprimora a estrutura de seu texto, mas também cria uma experiência de leitura fluida e cativante. Em última análise, é a maestria na aplicação da coesão que transforma suas palavras em uma dança literária, cativando e envolvendo o leitor até a última página.

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