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Prof Nelson Jr
19 de jan. de 2025
In PAAEB - 3º ano EM
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso preparatório. Hoje, vamos mergulhar no universo das marcas linguísticas e aprender a identificar como elas nos revelam informações cruciais sobre o locutor e o interlocutor de um texto. Dominar essa habilidade, contemplada no descritor D13, é fundamental para a interpretação textual e, consequentemente, para o sucesso nas avaliações.
O que são Marcas Linguísticas?
Imagine um texto como um palco onde o locutor (quem fala) e o interlocutor (com quem se fala) interagem. As marcas linguísticas são os elementos presentes nesse texto que nos dão pistas sobre as características desses atores. Elas são as escolhas que o autor faz no uso da língua, revelando sua intenção, seu posicionamento e a imagem que ele constrói de si mesmo e do seu público.
Identificando o Locutor:
Para identificar as marcas que evidenciam o locutor, devemos observar:
• Nível de Formalidade: O autor utiliza uma linguagem formal, com norma culta rigorosa, ou informal, com gírias, expressões coloquiais e contrações? Essa escolha revela o grau de instrução, a familiaridade com o assunto e a intenção comunicativa. Por exemplo, um artigo científico exige formalidade, enquanto uma conversa em uma rede social permite informalidade.
• Marcas de Pessoalidade: O uso de pronomes pessoais (eu, nós), verbos na primeira pessoa e expressões como "na minha opinião" ou "acredito que" evidenciam a presença do locutor e seu ponto de vista. A ausência dessas marcas pode indicar uma maior objetividade ou impessoalidade.
• Vocabulário e Estilo: A escolha de palavras técnicas, jargões, estrangeirismos ou expressões regionais demonstra o domínio de um determinado campo de conhecimento ou a identificação com um grupo específico. O estilo pode ser mais conciso, prolixo, irônico, humorístico, entre outros, revelando traços da personalidade do autor.
• Tom e Modalização: O tom da mensagem pode ser assertivo, duvidoso, crítico, elogioso, etc. A modalização, expressa por advérbios de modo (talvez, certamente), verbos modais (poder, dever) e expressões como "é possível que", indica o grau de certeza ou possibilidade que o locutor atribui à sua mensagem.
dentificando o Interlocutor:
As marcas que evidenciam o interlocutor estão relacionadas à forma como o locutor se dirige a ele:
• Vocativo: O uso de vocativos (ex: "caros leitores", "amigos") explicita a quem o texto se destina e estabelece uma relação de proximidade ou distanciamento.
• Tratamento: O uso de pronomes de tratamento (você, senhor, senhora) e formas verbais correspondentes indicam o grau de formalidade e respeito entre locutor e interlocutor.
• Adaptação da Linguagem: O locutor adapta sua linguagem ao nível de conhecimento e ao perfil do interlocutor. Um texto para crianças terá uma linguagem mais simples e lúdica do que um texto acadêmico.
• Pressupostos e Subentendidos: O locutor considera o conhecimento prévio do interlocutor ao utilizar pressupostos (informações implícitas) e subentendidos (insinuações). A presença desses elementos indica uma maior familiaridade entre os interlocutores.
Analisemos o seguinte trecho:
"Galera, saca só essa parada! O negócio é o seguinte: a gente precisa urgentemente dar um gás nos estudos pra garantir a aprovação no Enem. Se liga, não dá pra moscar! Bora botar pra quebrar!"
Nesse exemplo, podemos identificar:
• Locutor: Utiliza linguagem informal ("galera", "saca só", "dar um gás", "botar pra quebrar"), demonstrando proximidade com o interlocutor e um tom descontraído. O uso de "a gente" reforça a inclusão.
• Interlocutor: É presumivelmente um grupo de jovens estudantes, provavelmente amigos ou colegas, com quem o locutor compartilha uma linguagem informal e um objetivo comum: a aprovação no Enem.
A habilidade de identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor amplia nossa compreensão dos textos, permitindo-nos interpretar as mensagens de forma mais completa e crítica. Ao analisar as escolhas linguísticas do autor, podemos desvendar suas intenções, seu posicionamento e a imagem que ele constrói da situação comunicativa. Lembrem-se: a prática leva à perfeição. Analisem diversos textos, atentando para as nuances da linguagem, e vocês se tornarão verdadeiros experts na identificação de locutor e interlocutor.
PRATIQUE!
O Impacto das Redes Sociais na Saúde Mental dos Jovens
(Texto adaptado de um artigo publicado na revista "Mente Saudável")
Nos últimos anos, as redes sociais se tornaram onipresentes na vida dos jovens. Plataformas como Instagram, TikTok e Twitter oferecem um espaço virtual para interação social, compartilhamento de experiências e acesso a informações. Contudo, essa aparente conexão digital também levanta preocupações crescentes sobre o impacto na saúde mental dessa parcela da população.
Estudos recentes têm demonstrado uma correlação entre o uso excessivo das redes sociais e o aumento de casos de ansiedade, depressão e baixa autoestima entre os jovens. A constante exposição a conteúdos idealizados, a busca incessante por curtidas e comentários, e a comparação com os outros podem gerar sentimentos de inadequação e inferioridade. Como apontam especialistas, a cultura da perfeição propagada nas redes pode criar expectativas irreais e prejudicar a autoimagem dos adolescentes.
Além disso, o cyberbullying, uma forma de agressão virtual que se manifesta por meio de insultos, ameaças e difamações online, tem se tornado uma realidade alarmante. As consequências para as vítimas podem ser devastadoras, levando a quadros de depressão, ansiedade social e até mesmo ideações suicidas. Nesse contexto, é crucial que pais, educadores e a sociedade como um todo estejam atentos aos sinais de sofrimento dos jovens e promovam um ambiente digital mais seguro e acolhedor.
É inegável que as redes sociais oferecem benefícios, como a possibilidade de manter contato com amigos e familiares, participar de comunidades com interesses em comum e acessar conteúdos educativos. No entanto, é fundamental que os jovens aprendam a utilizar essas ferramentas de forma consciente e equilibrada, buscando o bem-estar mental e priorizando as relações interpessoais no mundo real. Afinal, a vida, em sua plenitude, se manifesta muito além das telas.
Questão 1. No trecho "Como apontam especialistas, a cultura da perfeição propagada nas redes pode criar expectativas irreais e prejudicar a autoimagem dos adolescentes", a expressão "Como apontam especialistas" evidencia uma marca linguística do locutor que indica:
a) Informalidade e proximidade com o interlocutor.
b) Subjetividade e opinião pessoal.
c) Impessoalidade e busca por objetividade.
d) Ironia e distanciamento do tema.
e) Dúvida e incerteza sobre o assunto.
Questão 2. A principal finalidade do texto é:
a) Narrar uma história sobre o uso das redes sociais.
b) Descrever as funcionalidades das redes sociais.
c) Informar e alertar sobre os possíveis impactos negativos das redes sociais na saúde mental dos jovens.
d) Criticar o avanço da tecnologia e o uso da internet.
e) Incentivar o uso das redes sociais como ferramenta educacional.
Questão 3. A quem se destina prioritariamente o texto?
a) Aos especialistas em tecnologia.
b) Aos pais e educadores.
c) Aos jovens usuários de redes sociais e à sociedade em geral.
d) Aos donos de plataformas de redes sociais.
e) Aos profissionais de marketing digital.
Questão 4. A linguagem utilizada no texto caracteriza-se por:
a) Gírias e expressões informais.
b) Linguagem técnica e jargões da área da saúde mental.
c) Formalidade e objetividade, com foco na norma culta da língua.
d) Subjetividade e expressividade poética.
e) Humor e ironia.
Questão 5. A expressão "A vida, em sua plenitude, se manifesta muito além das telas" presente no último parágrafo, busca:
a) Minimizar a importância das redes sociais.
b) Reforçar a necessidade de priorizar as experiências no mundo real.
c) Incentivar o uso moderado das redes sociais.
d) Criticar o isolamento provocado pela tecnologia.
e) Apresentar uma solução definitiva para os problemas causados pelas redes sociais.
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Prof Nelson Jr
19 de jan. de 2025
In PAAEB - 3º ano EM
D13 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto: Este descritor avalia a habilidade de reconhecer, em um texto, os elementos linguísticos que revelam informações sobre o locutor (quem produz a mensagem) e o interlocutor (a quem a mensagem se destina). A análise concentra-se em como as escolhas linguísticas do autor constroem uma imagem desses atores da comunicação.
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso preparatório. Hoje, vamos mergulhar no universo das marcas linguísticas e aprender a identificar como elas nos revelam informações cruciais sobre o locutor e o interlocutor de um texto. Dominar essa habilidade, contemplada no descritor D13, é fundamental para a interpretação textual e, consequentemente, para o sucesso nas avaliações.
A Dinâmica da Comunicação e a Construção da Identidade Textual
A comunicação é um processo dinâmico que envolve, no mínimo, dois participantes: o locutor (ou enunciador), que produz a mensagem, e o interlocutor (ou enunciatário), a quem essa mensagem se destina. As escolhas linguísticas feitas pelo locutor não são aleatórias; elas são estratégicas e visam atingir um determinado objetivo comunicativo, levando em consideração o perfil do seu interlocutor. É nesse contexto que as marcas linguísticas se tornam elementos-chave para a compreensão do texto.
O que são Marcas Linguísticas?
Marcas linguísticas são os traços presentes no texto que fornecem pistas sobre as características do locutor e do interlocutor. Elas abrangem diversos aspectos da língua, desde o léxico (vocabulário) e a gramática até os recursos estilísticos e os gêneros textuais. Ao analisarmos essas marcas, podemos inferir informações como:
• Nível de formalidade: O texto utiliza linguagem formal ou informal? A presença de gírias, expressões coloquiais, contrações e a observância (ou não) das normas gramaticais revelam o grau de formalidade da comunicação e a relação entre locutor e interlocutor.
• Intenção comunicativa: Qual a finalidade do texto? Informar, persuadir, entreter, expressar emoções? As escolhas linguísticas direcionam o texto para um determinado propósito.
• Posicionamento ideológico: O texto manifesta uma determinada visão de mundo? O uso de determinados termos, a ênfase em certos argumentos e a omissão de outros podem indicar o posicionamento ideológico do locutor.
• Contexto sociocultural: Em que contexto o texto foi produzido? A época, o local e o grupo social em que o locutor e o interlocutor estão inseridos influenciam as escolhas linguísticas.
• Relação entre locutor e interlocutor: Qual o grau de intimidade ou distanciamento entre os participantes da comunicação? O uso de pronomes de tratamento, o tom (respeitoso, irônico, etc.) e a presença de vocativos (chamamentos) indicam a relação estabelecida.
Por que é importante?
Identificar o locutor e o interlocutor de um texto é fundamental para compreender a intenção do autor, o contexto em que a mensagem foi produzida e o público-alvo a que se destina. Essas informações são essenciais para interpretar corretamente o texto e avaliar sua eficácia comunicativa.
#FICAADICA
• Observe a linguagem: A escolha de palavras, expressões, tempos verbais e estruturas sintáticas pode revelar informações sobre o locutor e o interlocutor. Por exemplo, o uso de pronomes pessoais ("eu", "tu", "ele", "nós", "vocês") pode indicar se o locutor se refere a si mesmo, a uma pessoa específica ou a um grupo de pessoas.
• Analise o registro: O registro linguístico varia de acordo com o contexto em que a mensagem é produzida. Um registro formal, por exemplo, é caracterizado por um vocabulário mais elaborado, uma sintaxe mais complexa e uma pontuação mais rigorosa. Um registro informal, por outro lado, é mais coloquial e descontraído.
• Identifique o gênero textual: O gênero textual influencia a escolha de linguagem e, consequentemente, a imagem do locutor e do interlocutor. Por exemplo, um texto jornalístico tende a ser mais objetivo e impessoal, enquanto um texto literário pode ser mais subjetivo e expressivo.
• Considere o contexto: O contexto em que a mensagem foi produzida também pode fornecer pistas sobre o locutor e o interlocutor. Por exemplo, um texto publicado em um site de notícias pode ter como público-alvo um leitor interessado em assuntos atuais, enquanto um texto publicado em um blog pessoal pode ter como público-alvo um grupo de amigos ou familiares.
A habilidade de identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor é essencial para a compreensão profunda dos textos. Ao dominarmos essa competência, nos tornamos leitores mais críticos e aptos a interpretar as mensagens de forma completa e contextualizada. Lembrem-se: as escolhas linguísticas nunca são neutras; elas carregam consigo informações valiosas sobre os participantes da comunicação.
Aula 5 - Relações entre Recursos Expressivos VOLTAR [INÍCIO]
e Efeitos de Sentido
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Prof Nelson Jr
19 de jan. de 2025
In PAAEB - 3º ano EM
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso preparatório. Hoje, vamos mergulhar em um aspecto fundamental da interpretação textual: a análise dos efeitos de sentido decorrentes da exploração de recursos ortográficos e morfossintáticos. Este é o foco do descritor D19, essencial para o desenvolvimento de uma leitura crítica e aprofundada.
Ortografia: Além do “Escrever Certo”
A ortografia, tradicionalmente vista como o conjunto de regras que ditam a “escrita correta” das palavras, transcende essa função básica. A escolha de grafias específicas pode carregar intenções expressivas, produzindo efeitos de sentido relevantes para a compreensão do texto. Vejamos alguns exemplos:
• Emprego de maiúsculas: O uso de maiúsculas, além dos casos gramaticais obrigatórios (início de frases, nomes próprios, etc.), pode enfatizar uma palavra ou expressão, conferindo-lhe destaque e importância. Observem a diferença entre “Ele é um bom professor” e “Ele é um ÓTIMO professor”. A capitalização intensifica a qualidade atribuída ao professor.
• Itálico e negrito: O itálico é frequentemente utilizado para destacar palavras estrangeiras, neologismos ou expressões que se deseja enfatizar. O negrito, por sua vez, reforça ainda mais o destaque, podendo indicar ênfase, palavras-chave ou mesmo a voz de um narrador onisciente.
• Aspas: As aspas podem indicar citação direta, ironia, estrangeirismos ou mesmo uma expressão popular. O contexto é crucial para determinar o efeito de sentido pretendido. Por exemplo, a frase “Ele é um ‘gênio’” pode indicar ironia, questionando a real inteligência da pessoa.
• Repetição de letras: A repetição de letras, como em “correeeeendo”, pode intensificar a ação ou expressar emoção, como medo ou excitação. Esse recurso é comum em textos literários e em mensagens informais.
Morfossintaxe: A Arquitetura do Sentido
A morfossintaxe, que estuda a formação e a combinação das palavras nas frases, desempenha um papel crucial na construção do sentido. A ordem das palavras, a escolha de determinadas estruturas sintáticas e o emprego de figuras de linguagem são alguns dos recursos que exploraremos:
• Ordem direta e inversa: A ordem direta (sujeito-verbo-complemento) é a mais comum na língua portuguesa. A inversão dessa ordem (hipérbato), por sua vez, pode enfatizar um determinado elemento ou criar um efeito estilístico. Comparem: “O livro foi lido pelo aluno” (ordem direta) e “Pelo aluno foi lido o livro” (ordem inversa). Na segunda frase, o aluno ganha maior destaque.
• Repetição de palavras ou expressões (anáfora): A repetição de um termo no início de versos ou frases sucessivas cria um efeito de insistência, reforçando uma ideia ou emoção. Observem este exemplo: “Era uma pedra no meio do caminho / No meio do caminho tinha uma pedra”. A repetição de “no meio do caminho” enfatiza o obstáculo.
• Figuras de linguagem: As figuras de linguagem, como metáforas, comparações, metonímias, personificações, entre outras, enriquecem o texto, conferindo-lhe expressividade e beleza. Uma metáfora, por exemplo, estabelece uma relação de semelhança entre dois elementos distintos, criando um novo significado. Em “O tempo é ouro”, a metáfora associa o tempo a um metal precioso, destacando seu valor.
• Conjunções e conectivos: As conjunções e os conectivos estabelecem relações lógicas entre as orações e os períodos, articulando as ideias do texto. A escolha de uma conjunção adversativa (“mas”, “porém”, “contudo”) indica oposição, enquanto uma conjunção explicativa (“porque”, “pois”) introduz uma justificativa.
Análise Prática: Integrando Ortografia e Morfossintaxe
Para consolidar o aprendizado, vamos analisar um breve trecho:
“O silêncio era ABSOLUTO. Um silêncio que gritava, um silêncio ensurdecedor. As paredes pareciam sussurrar segredos antigos, enquanto o tempo se arrastava, lento, muuuito lento.”
• Ortografia: A palavra “ABSOLUTO” em maiúsculas intensifica a qualidade do silêncio. A repetição da letra “u” em “muuuito” enfatiza a lentidão do tempo.
• Morfossintaxe: A personificação das paredes (“pareciam sussurrar segredos antigos”) confere vida a um elemento inanimado. A repetição da palavra “silêncio” (anáfora) reforça a atmosfera de quietude. A expressão “um silêncio que gritava, um silêncio ensurdecedor” configura um paradoxo, unindo ideias contraditórias para intensificar a sensação de ausência de som.
Compreender a interação entre ortografia e morfossintaxe é crucial para uma interpretação textual completa. Ao analisar esses recursos, somos capazes de desvendar as nuances da linguagem, apreendendo os efeitos de sentido pretendidos pelo autor e aprofundando nossa compreensão do texto. Lembrem-se: a linguagem é um instrumento poderoso, e o domínio de seus recursos nos permite navegar com maior segurança e perspicácia pelo universo textual.
PRATIQUE!
A Revolução Silenciosa dos Livros Digitais
Nos últimos anos, uma verdadeira “revolução” silenciosa tem transformado o cenário da leitura: a ascensão dos livros digitais. De início recebidos com ceticismo por alguns, os e-books conquistaram um espaço significativo no mercado editorial, oferecendo uma alternativa prática e acessível aos tradicionais livros impressos. Mas essa transição, embora repleta de vantagens inegáveis, também suscita debates e reflexões sobre o futuro do livro e da própria experiência de leitura.
A portabilidade é, sem dúvida, um dos principais atrativos dos livros digitais. Imagine carregar centenas de obras em um único dispositivo leve e compacto. Essa facilidade tem impulsionado o consumo de leitura, especialmente entre os jovens, que demonstram grande afinidade com as tecnologias digitais. Além disso, a acessibilidade econômica também é um fator relevante. Muitas vezes, os e-books são oferecidos a preços inferiores aos livros impressos, tornando a leitura mais democrática.
Contudo, a experiência tátil de folhear as páginas de um livro, o cheiro característico do papel e a beleza das edições impressas ainda exercem um forte fascínio sobre muitos leitores. Para alguns, a leitura digital carece da “magia” do livro físico, da conexão sensorial que se estabelece com o objeto. Essa dicotomia entre o físico e o digital gera discussões apaixonadas no meio literário.
Apesar dos debates, a coexistência entre os dois formatos parece ser o caminho mais provável. Os livros digitais oferecem praticidade e acessibilidade, enquanto os livros impressos preservam o charme da tradição. O importante, em última análise, é que a leitura continue a ser um hábito cultivado, independentemente do suporte escolhido. O que importa é a IMERSÃO na história.
Questão 1. No trecho “uma verdadeira ‘revolução’ silenciosa”, o uso das aspas tem o efeito de:
a) Indicar uma citação direta de outro autor.
b) Enfatizar a magnitude da transformação.
c) Expressar ironia ou descrença em relação à mudança.
d) Destacar um termo estrangeiro.
e) Indicar uma gíria ou expressão popular.
Questão 2. A repetição da palavra “leitura” ao longo do texto tem a função de:
a) Enfatizar a importância da leitura, independentemente do formato.
b) Demonstrar a pobreza vocabular do autor.
c) Criar um ritmo lento e monótono no texto.
d) Confundir o leitor com a repetição excessiva.
e) Indicar uma contradição no argumento apresentado.
Questão 3. A expressão “A IMERSÃO na história”, escrita em maiúsculas no último parágrafo, busca:
a) Corrigir um erro gramatical anterior.
b) Introduzir um novo argumento no texto.
c) Destacar a essência da experiência de leitura.
d) Indicar uma citação de um livro famoso.
e) Criticar a leitura em formato digital.
Questão 4. A frase “Essa dicotomia entre o físico e o digital gera discussões apaixonadas no meio literário” apresenta:
a) Uma comparação entre dois elementos.
b) Uma metáfora sobre o mercado editorial.
c) Uma personificação dos livros.
d) Uma enumeração de vantagens e desvantagens.
e) Uma oposição entre duas ideias.
Questão 5. No trecho “Imagine carregar centenas de obras em um único dispositivo leve e compacto”, a forma verbal “Imagine” tem o objetivo de:
a) Dar uma ordem ao leitor.
b) Fazer uma crítica à tecnologia.
c) Apresentar uma possibilidade, convidando o leitor a refletir.
d) Descrever uma ação que já aconteceu.
e) Narrar um fato histórico.
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Prof Nelson Jr
19 de jan. de 2025
In PAAEB - 3º ano EM
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso preparatório. Hoje, vamos mergulhar em um aspecto crucial da interpretação textual: o efeito de sentido decorrente da escolha de palavras e expressões (D18). Dominar essa habilidade é essencial não só para o sucesso nas avaliações, mas também para a compreensão profunda do mundo que nos cerca.
A Precisão da Linguagem: Mais que Sinônimos
Muitas vezes, aprendemos que sinônimos são palavras com significados iguais. No entanto, na prática, a substituição de um termo por outro, mesmo que sinônimo, quase sempre acarreta alguma alteração no sentido do texto. Isso ocorre porque as palavras carregam consigo, além do seu significado denotativo (literal), uma série de conotações, nuances e valores culturais que influenciam a interpretação.
Vamos a um exemplo prático: comparem as seguintes frases:
1. O criminoso foi detido pela polícia.
2. O bandido foi preso pela polícia.
3. O meliante foi capturado pela polícia.
Embora as três frases descrevam a mesma ação (a prisão de alguém pela polícia), as palavras "criminoso", "bandido" e "meliante" evocam diferentes imagens e sentimentos. "Criminoso" é um termo mais técnico e neutro, referindo-se a alguém que cometeu um crime. "Bandido" carrega uma conotação mais pejorativa, sugerindo alguém perigoso e marginalizado. Já "meliante" tem um tom mais arcaico e até mesmo irônico em alguns contextos, podendo soar como uma minimização da gravidade do delito.
Conotação e Contexto: A Chave da Interpretação
A conotação de uma palavra não é fixa, mas sim dependente do contexto em que é utilizada. Uma mesma palavra pode ter diferentes efeitos de sentido dependendo do texto e da intenção do autor. Observem:
• Formalidade: Em um texto científico, a preferência será por termos denotativos e precisos, evitando ambiguidades. Já em um poema, a liberdade conotativa é maior, permitindo múltiplas interpretações.
• Intenção do autor: O autor pode escolher uma palavra específica para enfatizar uma ideia, gerar um determinado sentimento no leitor (como raiva, compaixão ou humor) ou mesmo expressar sua própria opinião sobre o assunto.
• Público-alvo: A escolha das palavras também leva em conta o público a que se destina o texto. Um texto para crianças usará uma linguagem mais simples e direta do que um texto acadêmico.
Explorando os Efeitos de Sentido
Diversos recursos linguísticos podem ser utilizados para criar efeitos de sentido, entre eles:
• Figuras de linguagem: Metáforas, comparações, ironias, hipérboles, entre outras, exploram a conotação das palavras para criar imagens vívidas e expressar ideias de forma mais impactante.
• Eufemismos: São usados para suavizar expressões consideradas desagradáveis ou chocantes. Por exemplo, em vez de dizer "ele morreu", pode-se dizer "ele faleceu".
• Gírias e regionalismos: Marcam a identidade de um grupo social ou região geográfica, conferindo informalidade e proximidade ao texto.
• Arcaísmos e neologismos: O uso de palavras antigas ou novas, respectivamente, pode criar efeitos de estranhamento, modernidade ou humor.
Análise Prática: Decifrando as Entrelinhas
Para ilustrar a importância da análise dos efeitos de sentido, vamos examinar um trecho de um texto hipotético:
"A multidão invadiu a praça, sedenta por justiça. Os manifestantes, enfurecidos, clamavam por mudanças. A polícia, atenta, observava cada movimento."
Observem as palavras destacadas: "invadiu", "enfurecidos" e "atenta".
• "Invadiu" sugere uma ação violenta e desordenada, transmitindo uma imagem negativa da multidão. Se o autor tivesse usado "ocupou" ou "tomou", o efeito seria diferente, indicando uma ação mais pacífica.
• "Enfurecidos" intensifica a emoção dos manifestantes, transmitindo uma sensação de raiva e indignação. Outras palavras, como "insatisfeitos" ou "mobilizados", teriam um efeito mais ameno.
• "Atenta" descreve a postura da polícia, sugerindo vigilância e prontidão. Se o autor tivesse usado "apreensiva" ou "hostil", o efeito seria diferente, transmitindo uma sensação de tensão ou ameaça.
A escolha de cada palavra em um texto é carregada de intenções e produz efeitos de sentido que influenciam diretamente a compreensão do leitor. Ao analisar um texto, não basta apenas entender o significado denotativo das palavras, é fundamental atentar para suas conotações, o contexto em que são usadas e a intenção do autor. Dominar essa habilidade é essencial para uma leitura crítica e profunda, permitindo-nos desvendar as múltiplas camadas de significado presentes em qualquer texto. Lembrem-se: as palavras têm poder!
PRATIQUE!
A Crise Hídrica e a Retórica da Seca
A persistente escassez de chuvas no sertão nordestino tem gerado debates acalorados sobre as responsabilidades e soluções para a crise hídrica. A mídia, ao noticiar o fenômeno, utiliza diferentes termos para descrever a situação, o que influencia a percepção pública sobre a gravidade do problema.
Alguns veículos de comunicação preferem o termo "seca", uma palavra carregada de história e sofrimento, que evoca imagens de terra rachada, animais mortos e famílias famintas. A escolha desse vocábulo remete a um imaginário coletivo marcado por tragédias e desigualdades sociais. Outros, buscando uma abordagem mais técnica, optam por "estiagem prolongada" ou "déficit hídrico", expressões que enfatizam a dimensão científica do problema, mas que podem soar distantes da realidade da população afetada.
A utilização do termo "crise hídrica", por sua vez, carrega uma conotação de urgência e necessidade de ação imediata. Essa expressão sugere que a situação ultrapassou os limites da normalidade e exige medidas emergenciais para evitar um colapso. A escolha desse termo pode ser interpretada como uma forma de pressionar as autoridades a tomarem providências.
A forma como os políticos se referem à situação também revela diferentes intenções. Alguns, buscando minimizar o problema, falam em "período de baixa pluviosidade" ou "variação climática", buscando atenuar a gravidade da situação. Outros, com o objetivo de angariar recursos ou justificar ações controversas, enfatizam o caráter "catastrófico" da seca, utilizando uma linguagem alarmista.
É crucial, portanto, analisar criticamente a linguagem utilizada para descrever a crise hídrica. A escolha das palavras não é neutra e influencia a forma como o público compreende o problema. Compreender os efeitos de sentido decorrentes dessas escolhas é fundamental para formar uma opinião informada e cobrar soluções eficazes.
Questão 1. No texto, a utilização do termo "seca" evoca principalmente:
a) Uma análise técnica do fenômeno climático.
b) A dimensão científica da crise hídrica.
c) Um imaginário coletivo marcado por tragédias e desigualdades.
d) A necessidade de ações governamentais emergenciais.
e) Uma minimização da gravidade da situação.
Questão 2. A expressão "estiagem prolongada" tem como efeito de sentido:
a) Minimizar a gravidade da situação, utilizando uma linguagem técnica.
b) Enfatizar o sofrimento da população afetada pela seca.
c) Pressionar as autoridades a tomarem providências urgentes.
d) Evocar um imaginário coletivo de tragédias e desigualdades.
e) Descrever a situação de forma alarmista.
Questão 3. A expressão "crise hídrica" sugere:
a) Um período de baixa pluviosidade. b) Uma variação climática natural.
c) Uma situação que exige medidas emergenciais.
d) Uma descrição técnica e neutra do problema.
e) Uma minimização da gravidade da seca.
Questão 4. A intenção de alguns políticos ao utilizarem expressões como "período de baixa pluviosidade" é:
a) Enfatizar o caráter catastrófico da seca.
b) Minimizar a gravidade da situação.
c) Pressionar as autoridades a tomarem providências.
d) Descrever a situação de forma técnica e precisa.
e) Evocar um imaginário de sofrimento e desigualdade.
Questão 5. A análise crítica da linguagem utilizada para descrever a crise hídrica é importante porque:
a) As palavras são neutras e não influenciam a compreensão do público.
b) Apenas os termos técnicos são relevantes para a compreensão do problema.
c) A escolha das palavras influencia a forma como o público entende a situação.
d) Apenas a intenção dos políticos é relevante na escolha das palavras.
e) Apenas a descrição científica do fenômeno é importante.
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19 de jan. de 2025
In PAAEB - 3º ano EM
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso preparatório, diretamente do blog Prof. Nelson Jr. Hoje, vamos mergulhar em um aspecto crucial da interpretação textual: o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações (descritor D17). Preparem-se para perceber como um simples sinal gráfico pode transformar completamente a mensagem de um texto.
A Pontuação: Mais que Pausas, Expressividade
A pontuação não se resume a indicar pausas na leitura. Ela é um recurso expressivo fundamental, capaz de modular a entonação, o ritmo e, consequentemente, o significado do que se escreve. Vamos explorar alguns sinais e seus efeitos:
• Vírgula (,): A vírgula possui diversas funções, mas, em termos de efeito de sentido, destaca-se sua capacidade de isolar elementos, criando ênfases ou nuances. Comparem:
• "Não, espere." (Negação enfática seguida de pedido.)
• "Não espere." (Ordem direta para não aguardar.)
A presença da vírgula após o "não" na primeira frase altera drasticamente o sentido, transformando uma negação com pedido em uma ordem direta. Outro exemplo:
• "Os alunos, estudiosos, foram aprovados." (Ênfase na característica de serem estudiosos.)
• "Os alunos estudiosos foram aprovados." (Especifica quais alunos foram aprovados: apenas os estudiosos.)
No primeiro caso, a vírgula isola o aposto "estudiosos", qualificando todos os alunos. No segundo, a ausência da vírgula restringe a aprovação apenas aos alunos que se encaixam nessa descrição.
• Ponto Final (.): Indica o fim de uma declaração. Sua presença transmite uma sensação de conclusão e assertividade. A escolha entre frases curtas e longas, combinada com o uso do ponto final, também contribui para o ritmo do texto, podendo torná-lo mais dinâmico ou mais lento e reflexivo.
• Ponto de Exclamação (!): Expressa emoção, surpresa, ênfase ou ordem. O uso excessivo, contudo, pode banalizar o efeito, tornando o texto artificial. Observem:
• "Que lindo!" (Admiração.)
• "Pare imediatamente!" (Ordem enérgica.)
• Ponto de Interrogação (?): Indica uma pergunta direta. Sua presença convida o leitor à reflexão ou busca por uma resposta.
• Dois Pontos (:): Introduzem uma explicação, enumeração, citação ou consequência. Eles estabelecem uma relação de dependência entre a oração anterior e a seguinte, criando uma expectativa no leitor. Exemplo: "Havia apenas uma solução: fugir."
• Ponto e Vírgula (;): Separa orações coordenadas mais extensas ou itens de uma enumeração que já contêm vírgulas. Seu uso confere maior clareza e organização ao texto, evitando ambiguidades.
• Aspas (" "): Indicam citação direta, fala de personagens, ironia ou destaque para uma palavra ou expressão. Observem a diferença:
• Ele disse que era "inocente". (Ironia ou dúvida quanto à inocência.)
• Ele disse que era inocente. (Afirmação direta.)
• Parênteses ( ): Inserem informações adicionais, explicações ou comentários. Eles criam uma espécie de "aparte" no texto, permitindo uma digressão sem interromper o fluxo principal.
• Travessão (—): Marca o discurso direto, separa orações intercaladas ou indica mudança de interlocutor em um diálogo.
Outras Notações: Enfatizando e Hierarquizando
Além da pontuação, outras notações gráficas também desempenham um papel crucial na construção do sentido:
• Itálico: Usado para destacar palavras estrangeiras, títulos de obras, ênfase em palavras ou expressões, ou para indicar pensamentos ou vozes interiores.
• Negrito: Utilizado para realçar palavras-chave, títulos ou subtítulos, facilitando a leitura e a compreensão da hierarquia das informações.
A Interação entre Pontuação e Notações:
A combinação estratégica desses recursos potencializa os efeitos de sentido. Por exemplo, o uso de aspas com ponto de exclamação pode intensificar a ironia ou o sarcasmo. A combinação de itálico com aspas pode indicar uma citação de uma língua estrangeira com ênfase.
Dominar o uso da pontuação e das notações é essencial para a interpretação e produção de textos eficazes. Ao analisar um texto, atentem para esses detalhes, pois eles revelam nuances importantes da mensagem. Lembrem-se: a pontuação não é um mero adorno, mas sim um recurso expressivo poderoso que contribui para a construção do sentido.
PRATIQUE!
A Polêmica da Inteligência Artificial na Educação
Nova onda tecnológica divide opiniões entre educadores e especialistas.
A inteligência artificial (IA) tem se infiltrado em diversos setores da sociedade, e a educação não é exceção. O surgimento de ferramentas como chatbots avançados, capazes de gerar textos, resolver problemas matemáticos e até mesmo simular conversas humanas, tem gerado um intenso debate sobre o futuro do aprendizado. “É uma revolução”, afirma entusiasmado o professor de tecnologia, Ricardo Alves. “Podemos personalizar o ensino como nunca antes!”.
No entanto, nem todos compartilham desse otimismo. Muitos educadores manifestam preocupações quanto ao uso indiscriminado da IA. “Corremos o risco de robotizar o ensino”, alerta a pedagoga Ana Silva, “e de prejudicar o desenvolvimento do pensamento crítico dos alunos.” A questão central reside na forma como essas ferramentas serão integradas ao processo educativo. Serão utilizadas como meros instrumentos de consulta ou como verdadeiros parceiros no aprendizado?
Uma pesquisa recente realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revelou que 75% dos estudantes do ensino médio já utilizam alguma forma de IA para auxiliar nos estudos. O estudo, porém, também apontou para um uso superficial dessas ferramentas, concentrado principalmente na busca por respostas prontas. “Precisamos ensinar os alunos a usar a IA de forma inteligente”, explica o pesquisador Dr. Marcos Oliveira, “não para obter respostas fáceis, mas para desenvolver habilidades de pesquisa, análise e síntese.”
O debate está apenas começando, e a comunidade educacional precisa se preparar para os desafios e as oportunidades que a IA traz. Uma coisa é certa: a tecnologia veio para ficar, e a forma como a utilizaremos definirá o futuro da educação.
Questão 1. No trecho “É uma revolução”, afirma entusiasmado o professor de tecnologia, Ricardo Alves.”, as aspas foram utilizadas para:
a) Indicar uma citação indireta.
b) Expressar ironia ou dúvida.
c) Destacar uma palavra estrangeira.
d) Marcar a fala direta do professor.
e) Indicar ênfase em uma expressão.
Questão 2. A vírgula empregada na frase “Podemos personalizar o ensino como nunca antes!”, tem a função de:
a) Separar orações coordenadas assindéticas.
b) Isolar um aposto explicativo.
c) Indicar a supressão de um termo.
d) Separar o adjunto adverbial deslocado.
e) Separar elementos de uma enumeração.
Questão 3. No trecho “Corremos o risco de robotizar o ensino, e de prejudicar o desenvolvimento do pensamento crítico dos alunos.”, a vírgula tem o objetivo de:
a) Separar orações coordenadas sindéticas aditivas.
b) Isolar o vocativo.
c) Separar orações subordinadas adverbiais.
d) Separar orações coordenadas sindéticas adversativas.
e) Isolar o aposto.
Questão 4. A utilização das aspas em “Precisamos ensinar os alunos a usar a IA de forma inteligente” (grifo nosso) sugere que:
a) A palavra “inteligente” está sendo usada em seu sentido literal.
b) A palavra “inteligente” se refere a um termo técnico da área de informática.
c) Há uma ênfase na palavra, indicando uma nuance de sentido, talvez questionando o verdadeiro significado de "inteligente" neste contexto.
d) A palavra “inteligente” é um estrangeirismo.
e) A palavra “inteligente” está sendo usada para indicar uma citação de outro autor.
Questão 5. A pergunta “Serão utilizadas como meros instrumentos de consulta ou como verdadeiros parceiros no aprendizado?” tem como principal efeito de sentido:
a) Afirmar categoricamente o papel da IA na educação.
b) Expressar a opinião do autor sobre a IA.
c) Incitar a reflexão do leitor sobre as possibilidades de uso da IA.
d) Descrever o funcionamento técnico da IA.
e) Criticar o uso da IA na educação.
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Prof Nelson Jr
19 de jan. de 2025
In PAAEB - 3º ano EM
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso preparatório, diretamente para o blog do Prof. Nelson Jr. Hoje, vamos mergulhar no universo da ironia e do humor nos textos, habilidades cruciais para a interpretação textual e que são abordadas no descritor D16.
Afinal, o que é Ironia?
A ironia é uma figura de linguagem que consiste em dizer o contrário do que se pensa, com o objetivo de enfatizar uma crítica, expressar um sarcasmo ou gerar humor. A chave para identificar a ironia reside na discrepância entre o que é dito literalmente e o que se pretende comunicar. Observem a seguinte frase: "Que ótimo dia! Acordei atrasado, perdi o ônibus e ainda choveu." Aparentemente, a frase exalta um dia maravilhoso, mas o contexto apresentado (atraso, perda do ônibus e chuva) revela a intenção irônica de destacar um dia péssimo.
Tipos de Ironia:
• Ironia Verbal: Ocorre quando as palavras expressam o oposto do que se quer dizer. O exemplo anterior se encaixa nessa categoria. Outro exemplo clássico seria: "Ele é um gênio! Tirou zero na prova."
• Ironia Situacional: Acontece quando o resultado de uma situação é o contrário do que se esperava. Imagine um bombeiro cuja casa pega fogo. A ironia está presente no contraste entre a profissão do indivíduo, que pressupõe o combate a incêndios, e a situação vivenciada.
• Ironia Dramática: Presente principalmente em obras literárias e teatrais, ocorre quando o público ou leitor tem conhecimento de algo que um personagem ignora, gerando uma tensão irônica.
Identificando a Ironia:
Para identificar a ironia, é fundamental analisar:
• Contexto: O contexto em que a frase está inserida é crucial. Ele fornece pistas sobre a intenção do autor.
• Tom/Entonação: Imagine a frase sendo proferida oralmente. Qual seria a entonação? Um tom sarcástico ou de desdém pode indicar ironia.
• Incongruência: Observe se há alguma contradição ou incongruência entre o que é dito e a realidade apresentada.
• Marcadores Linguísticos: Algumas vezes, a ironia pode ser marcada por aspas ("inteligente"), exclamações (!) ou reticências (...), embora nem sempre esses recursos estejam presentes.
E o Humor?
O humor, por sua vez, é um recurso que visa provocar o riso ou o divertimento. Ele pode se manifestar de diversas formas, como:
• Piadas: Narrativas curtas com um final surpreendente e engraçado.
• Trocadilhos: Jogos de palavras que exploram a semelhança sonora entre termos com significados diferentes.
• Sátira: Crítica humorística a comportamentos, instituições ou ideias, frequentemente utilizando a ironia.
• Exagero (Hipérbole): Ampliação exagerada de uma característica ou situação para gerar comicidade.
• Incongruência: Apresentação de situações ou personagens que fogem do esperado, causando estranhamento e humor.
A Relação entre Ironia e Humor:
A ironia é frequentemente utilizada como um recurso para gerar humor, mas nem toda ironia é engraçada, e nem todo humor utiliza a ironia. A ironia pode ter um tom mais crítico e mordaz, enquanto o humor pode ser mais leve e despretensioso.
Considere a seguinte frase:
"A educação no Brasil vai de vento em popa! Os índices de analfabetismo só aumentam."
A ironia é evidente: a expressão "vai de vento em popa", que denota sucesso, é utilizada em um contexto de aumento do analfabetismo, o que indica um fracasso. A frase critica a situação da educação no país de forma irônica.
Dominar a identificação de ironia e humor é essencial para a compreensão profunda dos textos. Ao analisar o contexto, a entonação, as incongruências e os marcadores linguísticos, vocês estarão aptos a desvendar as nuances da linguagem e a interpretar os textos com maior precisão. Lembrem-se: a prática leva à perfeição. Leiam diversos textos, observem o uso da ironia e do humor e aprimorem suas habilidades interpretativas.
PRATIQUE!
A "Brilhante" Inauguração da Nova Biblioteca
A prefeitura da cidade realizou, na última semana, a tão aguardada inauguração da nova biblioteca municipal. A solenidade contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o prefeito, vereadores e o secretário de cultura. Em seus discursos, todos exaltaram a grandiosidade da obra, que, segundo eles, representava um marco para a educação e a cultura local.
A nova biblioteca, construída com recursos públicos, prometia ser um espaço moderno e acolhedor, com um vasto acervo e infraestrutura de ponta. A realidade, no entanto, se mostrou um pouco diferente. Para começar, o "vasto acervo" resumia-se a algumas estantes com livros repetidos e exemplares empoeirados de obras antigas. A "infraestrutura de ponta" consistia em algumas mesas e cadeiras desconfortáveis, além de uma conexão Wi-Fi tão lenta que parecia uma tartaruga disputando uma corrida com uma lebre.
O ponto alto da cerimônia, sem dúvida, foi o discurso do prefeito, que, com um sorriso de orelha a orelha, declarou: "Esta biblioteca é um verdadeiro palácio do saber! Um local onde nossos cidadãos poderão se deleitar com a leitura e a pesquisa!". A plateia, composta principalmente por funcionários públicos e alguns poucos moradores curiosos, respondeu com aplausos tímidos.
No dia seguinte à inauguração, a equipe de reportagem do jornal local visitou a biblioteca para conferir de perto as instalações. Encontrou apenas uma funcionária entediada atrás do balcão e nenhum usuário. Questionada sobre o movimento, a funcionária, com um tom de voz monótono, respondeu: "Um sucesso absoluto! A procura está tão grande que mal consigo atender a todos."
A situação da nova biblioteca gerou diversos comentários irônicos nas redes sociais. Um usuário escreveu: "Finalmente temos um lugar para espantar o tédio! Afinal, passar horas tentando carregar uma página na internet é o novo programa cultural da cidade." Outro comentou: "Parabéns à prefeitura pela brilhante iniciativa! Agora só falta os livros, os computadores e, quem sabe, até alguns leitores."
Questão 1. A principal intenção do texto é:
a) Elogiar a prefeitura pela construção da nova biblioteca.
b) Informar sobre a inauguração de um novo espaço cultural na cidade.
c) Criticar, de forma irônica, a situação precária da nova biblioteca.
d) Descrever detalhadamente as instalações da nova biblioteca.
e) Narrar a história da construção da biblioteca municipal.
Questão 2. A frase "Esta biblioteca é um verdadeiro palácio do saber! Um local onde nossos cidadãos poderão se deleitar com a leitura e a pesquisa!" apresenta:
a) Uma descrição literal da biblioteca.
b) Uma hipérbole que exalta as qualidades do local.
c) Uma ironia verbal que contrasta com a realidade apresentada no texto.
d) Um exemplo de humor baseado em um trocadilho.
e) Uma metáfora que compara a biblioteca a um local sagrado.
Questão 3. A fala da funcionária "Um sucesso absoluto! A procura está tão grande que mal consigo atender a todos" demonstra:
a) Sinceridade e entusiasmo com o movimento da biblioteca.
b) Uma crítica velada à falta de estrutura da biblioteca.
c) Uma ironia situacional, pois contrasta com a ausência de usuários.
d) Um exemplo de exagero para enfatizar o sucesso da inauguração.
e) Uma descrição objetiva da realidade da biblioteca.
Questão 4. A expressão "brilhante iniciativa", utilizada no último parágrafo, configura:
a) Um elogio genuíno à prefeitura.
b) Uma ironia verbal que critica a falta de planejamento da obra.
c) Um exemplo de humor baseado na incongruência.
d) Uma descrição objetiva da ação da prefeitura.
e) Uma comparação entre a biblioteca e outras iniciativas culturais.
Questão 5. Qual dos seguintes elementos NÃO contribui para a construção da ironia no texto?
a) O contraste entre os discursos das autoridades e a realidade da biblioteca.
b) A descrição detalhada das instalações precárias.
c) Os comentários irônicos nas redes sociais.
d) O tom monótono da funcionária.
e) A presença de diversas autoridades na inauguração.
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Prof Nelson Jr
19 de jan. de 2025
In PAAEB - 3º ano EM
D16 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados: Este descritor fala sobre como identificar quando um texto está sendo irônico (dizendo o contrário do que se pensa, com intenção crítica ou engraçada) ou usando humor (para divertir). Para entender a ironia e o humor, é importante prestar atenção no contexto, na entonação que a frase teria se fosse falada e na intenção do autor.
D17 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações: Aqui, o foco é como os sinais de pontuação (vírgula, ponto, ponto de exclamação, interrogação, etc.) e outros sinais gráficos (aspas, itálico, negrito) influenciam o sentido do texto. Uma simples vírgula pode mudar tudo!
D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão: Este descritor trata da importância da escolha das palavras. O autor escolhe cuidadosamente cada termo para transmitir uma mensagem específica. Sinônimos podem ter conotações diferentes, e isso afeta o sentido.
D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos: Este descritor aborda como a escrita das palavras (ortografia) e a forma como elas se combinam nas frases (morfossintaxe) criam efeitos de sentido. Isso inclui o uso de repetições, inversões na ordem das palavras, figuras de linguagem (metáforas, comparações, etc.) e outros recursos.
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso preparatório, diretamente do blog Prof. Nelson Jr. Hoje, vamos mergulhar no universo dos efeitos de sentido, explorando como os autores constroem significados além do literal, utilizando recursos que vão da ironia à ortografia. Preparados?
D16: A Arte da Ironia e do Humor
A comunicação humana é rica em nuances, e nem tudo é dito de forma direta. A ironia, por exemplo, consiste em expressar o oposto do que se pensa, com o objetivo de criticar, satirizar ou simplesmente divertir. Para identificar a ironia, é crucial analisar o contexto. Imagine a frase: "Que ótimo dia para uma tempestade!". Em um dia ensolarado, essa afirmação soa irônica, transmitindo, na verdade, o contrário. A entonação, se a frase fosse proferida oralmente, também seria um indicativo importante.
O humor, por sua vez, busca o riso e o entretenimento. Pode se manifestar de diversas formas: piadas, trocadilhos, situações inusitadas, entre outros. A chave para identificar o humor reside na quebra de expectativa e no inesperado. Uma situação cotidiana descrita de forma exagerada ou com um toque de absurdo pode gerar o efeito humorístico.
É importante diferenciar ironia de sarcasmo. Enquanto a ironia pode ser sutil e até mesmo amigável, o sarcasmo é mais ácido e mordaz, com uma intenção geralmente depreciativa.
Por que é importante identificar a ironia e o humor?
• Compreensão Textual: A identificação da ironia e do humor é crucial para a compreensão profunda de um texto, evitando interpretações equivocadas.
• Análise Crítica: Permite analisar a intenção do autor, identificando críticas sociais, sátiras e outros recursos expressivos.
• Desenvolvimento do Senso Crítico: Estimula a reflexão sobre as mensagens implícitas nos textos.
• Apreciação Literária: Enriquece a experiência de leitura, permitindo apreciar nuances e sutilezas da linguagem.
#FICAADICA
• Contexto: Analise o contexto em que a frase ou situação está inserida. O contexto é fundamental para identificar a ironia.
• Entonação: Imagine como a frase seria dita oralmente. A entonação irônica geralmente apresenta um tom diferente.
• Intenção do Autor: Tente identificar a intenção do autor ao utilizar a ironia ou o humor. Ele busca criticar algo? Divertir?
• Exagero: A ironia muitas vezes se manifesta por meio de exageros ou expressões que destoam da realidade.
• Contradição: Observe se há contradição entre o que é dito e a situação apresentada.
• Marcas Textuais: Fique atento a aspas, exclamações e outros sinais de pontuação que podem indicar ironia.
• Conhecimento de Mundo: O conhecimento de mundo ajuda a identificar situações irônicas ou humorísticas que fazem referência a fatos ou costumes sociais.
• Comparação: Compare a afirmação com a realidade. Se houver um forte contraste, pode ser um indício de ironia.
D17: A Pontuação como Condutora de Sentidos
A pontuação não é mero enfeite; ela estrutura o texto e guia a interpretação. Uma vírgula mal colocada pode alterar completamente o sentido de uma frase. Observe: "Não, espere." e "Não espere.". A presença da vírgula na primeira oração introduz uma pausa, expressando um pedido. Na segunda, a ausência da vírgula transforma a frase em uma ordem.
O ponto de exclamação (!), por sua vez, intensifica a emoção, seja ela de surpresa, alegria, raiva ou espanto. Já o ponto de interrogação (?) indica uma pergunta, direcionando o pensamento do leitor. As aspas (" ") podem indicar citação direta, ironia ou ênfase em uma palavra ou expressão. O itálico e o negrito também servem para destacar palavras, seja por ênfase, estrangeirismo ou para indicar títulos de obras.
Por que é importante?
Compreender o D17 é fundamental para:
• Interpretação textual precisa: A pontuação guia a leitura e ajuda a entender as intenções do autor. Uma vírgula mal colocada pode alterar completamente o sentido de uma frase.
• Comunicação eficaz: Ao escrever, o domínio da pontuação permite transmitir suas ideias com clareza e precisão, evitando ambiguidades.
• Melhor desempenho em avaliações: O D17 é frequentemente cobrado em exames e avaliações, como o ENEM e vestibulares.
#FICAADICA
• Leia em voz alta: Ler o texto em voz alta ajuda a perceber as pausas e a entonação que a pontuação indica.
• Analise o contexto: Observe como a pontuação se relaciona com as palavras e frases ao redor.
• Concentre-se nas mudanças de sentido: Tente identificar como a alteração de um sinal de pontuação modifica a mensagem.
• Atente-se para as aspas: Elas podem indicar desde citações até ironia.
• Observe o uso de itálico e negrito: Geralmente indicam ênfase ou destaque.
D18: A Precisão Vocabular: Escolhendo as Palavras Certas
As palavras não são simplesmente substituíveis por sinônimos perfeitos. Cada termo carrega consigo nuances de significado, conotações e implicações. A escolha vocabular do autor revela sua intenção e constrói o efeito de sentido desejado.
Considere os sinônimos "casa" e "lar". Ambos se referem a uma habitação, mas "lar" evoca um sentimento de aconchego, afeto e familiaridade, enquanto "casa" é um termo mais neutro e objetivo. A escolha entre um e outro depende do contexto e do efeito que o autor deseja produzir.
Por que é importante?
• Compreensão profunda do texto: Reconhecer os efeitos de sentido permite uma interpretação mais completa e precisa das mensagens transmitidas pelo autor.
• Desenvolvimento do senso crítico: Ao analisar as escolhas lexicais, você desenvolve a capacidade de identificar as intenções e os pontos de vista do autor.
• Melhoria na produção textual: A compreensão dos efeitos de sentido contribui para uma escrita mais rica, expressiva e eficaz.
• Preparação para avaliações: Este descritor é frequentemente abordado em avaliações como o ENEM e vestibulares, sendo crucial para um bom desempenho.
#FICAADICA
• Atenção ao contexto: Analise a palavra ou expressão dentro do contexto em que está inserida. O contexto é fundamental para determinar o seu sentido.
• Considere a intenção do autor: Tente identificar qual o objetivo do autor ao escolher determinada palavra. Ele quer enfatizar algo? Criar um efeito de humor? Transmitir uma emoção específica?
• Compare com sinônimos: Pense em outros sinônimos para a palavra em questão e reflita sobre as diferenças de sentido entre eles.
• Observe a classe gramatical: A classe gramatical da palavra (substantivo, adjetivo, verbo, etc.) também influencia o seu efeito de sentido.
• Identifique figuras de linguagem: Figuras como metáfora, metonímia e ironia exploram os efeitos de sentido das palavras.
• Leia atentamente o enunciado da questão: Preste muita atenção ao que a questão está pedindo. Ela pode focar em um aspecto específico do efeito de sentido.
D19: A Orquestração da Forma: Recursos Ortográficos e Morfossintáticos
A forma como as palavras são escritas e organizadas nas frases também contribui para a construção de sentido. Recursos ortográficos, como o uso de maiúsculas para enfatizar uma palavra ou a repetição de letras para expressar intensidade, podem ser explorados.
A morfossintaxe, que estuda a estrutura das frases, oferece um vasto leque de possibilidades. A inversão da ordem direta das palavras (hipérbato) pode gerar um efeito de estranhamento ou ênfase. A repetição de palavras ou expressões (anáfora) reforça uma ideia. As figuras de linguagem, como metáforas, comparações, metonímias e personificações, enriquecem o texto e criam imagens vívidas na mente do leitor.
Por exemplo, a frase "O sol beijava a Terra" utiliza a personificação, atribuindo uma ação humana (beijar) a um elemento da natureza (o sol), criando uma imagem poética.
Por que é importante?
A exploração de recursos ortográficos e morfossintáticos é fundamental para a construção de textos mais expressivos e persuasivos. Esses recursos podem ser usados para criar diferentes efeitos de sentido, como:
• Chamar a atenção do leitor: O uso de figuras de linguagem, por exemplo, pode tornar o texto mais interessante e atraente para o leitor.
• Criar uma atmosfera: A repetição de palavras ou frases pode ser usada para criar uma atmosfera de suspense, humor ou drama.
• Enfatizar ideias: A inversão da ordem das palavras pode ser usada para enfatizar uma ideia importante.
#FICAADICA
• Leia muito: A leitura é uma ótima maneira de se familiarizar com diferentes recursos ortográficos e morfossintáticos.
• Observe como os autores usam esses recursos: Preste atenção a como os autores usam recursos ortográficos e morfossintáticos em seus textos.
• Experimente usar esses recursos em seus próprios textos: Tente usar recursos ortográficos e morfossintáticos em seus próprios textos para criar diferentes efeitos de sentido.
Dominar a identificação dos efeitos de sentido é fundamental para uma leitura crítica e completa. Ao analisar um texto, não se atenha apenas ao conteúdo explícito. Observe o contexto, a pontuação, a escolha das palavras e a organização das frases. Desvendar esses recursos nos permite compreender as múltiplas camadas de significado que um texto pode oferecer.
Aula 4 - Coerência e Coesão VOLTAR [INÍCIO] Aula 6 - Variação Linguística
no Processamento do Texto
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Prof Nelson Jr
13 de jan. de 2025
In PAAEB - 3º ano EM
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso preparatório. Hoje, vamos mergulhar em um aspecto crucial para a interpretação textual e produção de redações nota 10: as relações lógico-discursivas, foco do descritor D15. Preparem-se para aprimorar a capacidade de compreender como as palavras de ligação constroem o sentido dos textos.
O que são Relações Lógico-Discursivas?
Imagine um texto como uma construção. As palavras são os tijolos, as frases são as paredes, e as relações lógico-discursivas são o cimento que une tudo, garantindo que a estrutura fique firme e compreensível. Em outras palavras, são as conexões lógicas estabelecidas entre as ideias dentro de um texto, marcadas por elementos linguísticos específicos, como conjunções, advérbios, locuções conjuntivas e preposições. Esses elementos indicam a relação semântica entre as partes do texto, revelando a intenção do autor e guiando o leitor na interpretação.
Por que são importantes?
Dominar as relações lógico-discursivas é essencial por diversas razões:
• Compreensão textual: Elas revelam a progressão das ideias, permitindo que o leitor entenda a mensagem global do texto e as nuances do raciocínio do autor.
• Coesão textual: As palavras de ligação garantem a fluidez e a organização do texto, evitando repetições desnecessárias e tornando a leitura mais agradável.
• Produção textual: Ao escrever, o conhecimento das relações lógico-discursivas permite construir argumentos sólidos e coerentes, expressando as ideias de forma clara e eficaz.
• Interpretação de questões: Em exames como o ENEM, muitas questões avaliam a capacidade de identificar e interpretar as relações lógico-discursivas, exigindo um olhar atento para as palavras de ligação.
Tipos de Relações Lógico-Discursivas e seus Marcadores:
Vamos explorar os principais tipos de relações e os marcadores linguísticos que as expressam:
• Adição/Continuação: Indica acréscimo de informações. Marcadores: e, além disso, ademais, outrossim, bem como, não só…mas também. Exemplo: "Estudou muito para a prova e revisou todo o conteúdo."
• Oposição/Contraste: Expressa ideias contrárias. Marcadores: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, embora, apesar de, ao contrário, em vez de. Exemplo: "Queria ir à festa, mas estava muito cansado."
• Conclusão/Consequência: Apresenta uma conclusão ou resultado. Marcadores: portanto, logo, assim, desse modo, dessa forma, por conseguinte, em virtude disso. Exemplo: "Choveu forte durante a noite, portanto, as ruas estão alagadas."
• Explicação/Justificativa: Apresenta uma razão ou explicação para algo. Marcadores: porque, pois, já que, visto que, uma vez que, porquanto. Exemplo: "Não fui à aula porque estava doente."
• Causa/Efeito: Indica uma relação de causa e consequência. Marcadores: devido a, em razão de, por causa de, em consequência de, como resultado de. Exemplo: "Devido à forte chuva, houve deslizamentos de terra."
• Condição/Hipótese: Apresenta uma condição para que algo aconteça. Marcadores: se, caso, desde que, contanto que, a menos que. Exemplo: "Se você estudar, terá um bom resultado."
• Tempo: Indica uma relação temporal. Marcadores: quando, enquanto, antes que, depois que, assim que, logo que, desde que. Exemplo: "Quando cheguei em casa, já era tarde."
• Comparação: Estabelece uma relação de semelhança ou diferença. Marcadores: como, assim como, tal qual, mais…do que, menos…do que, tão…quanto. Exemplo: "Ele é tão inteligente quanto o irmão."
• Finalidade: Indica o objetivo ou a intenção de algo. Marcadores: para, a fim de, com o intuito de, com o objetivo de. Exemplo: "Estudo muito para passar no vestibular."
Dicas para Identificar e Interpretar as Relações Lógico-Discursivas:
• Leia atentamente o texto: Preste atenção nas palavras de ligação e no contexto em que elas aparecem.
• Identifique a relação semântica: Pergunte-se qual a relação entre as ideias conectadas pela palavra de ligação (adição, oposição, causa, etc.).
• Analise a intenção do autor: Observe como as relações lógico-discursivas contribuem para a construção do sentido global do texto e para a expressão das ideias do autor.
• Pratique com exercícios: Resolva questões que envolvam a identificação e a interpretação das relações lógico-discursivas.
"Apesar da chuva intensa, o show continuou, pois o público estava animado e ansioso para ver a banda. Consequentemente, a energia contagiante da plateia contagiou os artistas, que fizeram uma apresentação memorável."
Neste trecho, podemos identificar as seguintes relações:
• Oposição: "Apesar da chuva intensa, o show continuou" (oposição entre a chuva e a continuidade do show).
• Explicação/Justificativa: "pois o público estava animado e ansioso para ver a banda" (explica a razão pela qual o show continuou).
• Consequência: "Consequentemente, a energia contagiante da plateia contagiou os artistas" (apresenta a consequência da animação do público).
PRATIQUE!
A Ascensão dos Influenciadores Digitais e o Impacto no Consumo
A internet, outrora um espaço para comunicação e pesquisa, transformou-se em um palco para o surgimento de novas profissões e modelos de negócio. Entre eles, destaca-se a figura do influenciador digital, indivíduos que, por meio de suas redes sociais, exercem forte influência sobre seus seguidores, impactando diretamente seus hábitos de consumo.
Inicialmente, esses influenciadores eram apenas usuários comuns compartilhando suas experiências e opiniões. Contudo, à medida que suas audiências cresciam, as marcas perceberam o potencial de utilizar essa influência para promover seus produtos e serviços. Assim, o marketing de influência se consolidou, tornando-se uma estratégia fundamental para diversas empresas.
Embora o sucesso de alguns influenciadores seja inegável, gerando milhões em receita, é importante ressaltar que nem todos alcançam esse patamar. De fato, a maioria dos influenciadores digitais trabalha em nichos específicos, construindo comunidades menores, porém engajadas. Além disso, a autenticidade e a credibilidade são cruciais para o sucesso a longo prazo. Os seguidores, afinal, são capazes de identificar quando uma publicidade é puramente comercial, sem conexão com os valores do influenciador.
Portanto, a relação entre influenciadores e seguidores é complexa e multifacetada. Ao mesmo tempo em que oferece oportunidades de negócios e entretenimento, exige um olhar crítico por parte dos consumidores. Visto que a influência digital se tornou uma força poderosa na sociedade contemporânea, compreender seus mecanismos e impactos é essencial para navegar nesse novo cenário.
Questão 1. No trecho “Inicialmente, esses influenciadores eram apenas usuários comuns compartilhando suas experiências e opiniões. Contudo, à medida que suas audiências cresciam, as marcas perceberam o potencial de utilizar essa influência para promover seus produtos e serviços.”, a relação lógico-discursiva estabelecida pela conjunção “Contudo” é de:
a) Adição.
b) Conclusão.
c) Oposição.
d) Explicação.
e) Causa e consequência.
Questão 2. A expressão “Assim” no trecho “Assim, o marketing de influência se consolidou, tornando-se uma estratégia fundamental para diversas empresas.” estabelece uma relação de:
a) Condição.
b) Comparação.
c) Conclusão/Consequência.
d) Tempo.
e) Oposição.
Questão 3. No trecho “Embora o sucesso de alguns influenciadores seja inegável, gerando milhões em receita, é importante ressaltar que nem todos alcançam esse patamar.”, a conjunção “Embora” introduz uma ideia de:
a) Adição.
b) Conclusão.
c) Explicação.
d) Oposição/Concessão.
e) Causa e consequência.
Questão 4. A conjunção “afinal” no trecho “Os seguidores, afinal, são capazes de identificar quando uma publicidade é puramente comercial, sem conexão com os valores do influenciador.” expressa uma relação de:
a) Tempo.
b) Finalidade.
c) Explicação/Justificativa.
d) Condição.
e) Comparação.
Questão 5. No trecho “Visto que a influência digital se tornou uma força poderosa na sociedade contemporânea, compreender seus mecanismos e impactos é essencial para navegar nesse novo cenário.”, a expressão “Visto que” estabelece uma relação de:
a) Oposição.
b) Conclusão.
c) Causa/Justificativa.
d) Comparação.
e) Condição.
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Prof Nelson Jr
13 de jan. de 2025
In PAAEB - 3º ano EM
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso preparatório, diretamente para o blog do Prof. Nelson Jr. Hoje, vamos mergulhar em um aspecto fundamental da interpretação textual: a relação de causa e consequência, abordada no descritor D11. Dominar essa habilidade é crucial não só para o sucesso nas avaliações, mas também para a compreensão profunda do mundo que nos cerca, já que a causalidade permeia todas as narrativas, argumentos e exposições.
O que é Causa e Consequência?
Em termos simples, causa é o motivo, a razão pela qual algo acontece. Consequência, por sua vez, é o resultado, o efeito dessa causa. Essa relação é a espinha dorsal de muitos textos, organizando ideias e construindo significados. Identificar essa dinâmica permite ao leitor conectar as diferentes partes do texto, compreendendo a progressão dos eventos, a lógica dos argumentos e a intenção do autor.
Como Identificar Relações Causa/Consequência nos Textos?
A identificação de relações causais exige uma leitura atenta e analítica. Observem alguns elementos que podem indicar essa relação:
• Conectivos Causais: Palavras como "porque", "pois", "já que", "visto que", "devido a", "em virtude de", "consequentemente", "portanto", "logo", "assim", "desse modo", entre outras, explicitam a relação de causa e consequência. No entanto, nem sempre essa relação é expressa por conectivos.
• Encadeamento Lógico dos Eventos: Em narrativas, a sequência dos acontecimentos geralmente segue uma lógica causal. Um evento "A" ocorre e, como resultado, o evento "B" acontece. Prestem atenção na ordem dos fatos e na forma como eles se relacionam.
• Relações Implícitas: Nem sempre a relação de causa e consequência é explícita. O autor pode deixar subentendida a ligação entre os eventos, exigindo do leitor a capacidade de inferir essa relação a partir do contexto.
• Contexto e Intenção do Autor: O contexto em que o texto está inserido e a intenção comunicativa do autor são pistas importantes para identificar as relações causais. Por exemplo, em um texto argumentativo, o autor apresenta causas para defender um ponto de vista e consequências para alertar sobre os efeitos de determinada ação.
Vamos analisar alguns exemplos para ilustrar a aplicação do descritor D11:
• Exemplo 1: "A forte chuva causou o transbordamento do rio, inundando as casas próximas."
• Causa: A forte chuva.
• Consequência: O transbordamento do rio e a inundação das casas.
Neste exemplo, a relação é direta e expressa pelo verbo "causou".
• Exemplo 2: "Como não estudou para a prova, o aluno foi reprovado."
• Causa: Não estudar para a prova.
• Consequência: A reprovação do aluno.
Aqui, o conectivo "como" introduz a causa.
• Exemplo 3: "O aumento do desemprego gerou um crescimento da criminalidade."
• Causa: O aumento do desemprego.
• Consequência: O crescimento da criminalidade.
Neste caso, a relação é implícita, mas a conexão entre os dois eventos é lógica e compreensível.
Aplicações em Diferentes Gêneros Textuais:
A habilidade de identificar relações de causa e consequência é fundamental em diversos gêneros textuais:
• Textos Narrativos: Compreender a progressão dos eventos e as motivações dos personagens.
• Textos Argumentativos: Avaliar a validade dos argumentos e a consistência das conclusões.
• Textos Expositivos: Entender as explicações e as relações entre os conceitos apresentados.
• Textos Jornalísticos: Analisar as causas e as consequências dos fatos noticiados.
Dicas Finais:
• Leitura Atenta: Leia o texto com atenção, buscando identificar as relações entre as diferentes partes.
• Sublinhar e Anotar: Sublinhe as palavras ou expressões que indicam causa e consequência. Anote suas observações sobre a relação entre os eventos.
• Releitura: Releia o texto, verificando se a sua interpretação das relações causais faz sentido dentro do contexto geral.
• Prática Constante: Resolva exercícios e analise diferentes textos para aprimorar sua habilidade de identificar relações de causa e consequência.
Dominar a relação de causa e consequência é fundamental para a interpretação textual e para o desenvolvimento do pensamento crítico. Ao compreender como os eventos se conectam, você se torna um leitor mais ativo e capaz de extrair o máximo de significado dos textos.
PRATIQUE!
Desmatamento na Amazônia Acelera Mudanças Climáticas Globais
O desmatamento na Amazônia atingiu níveis alarmantes nos últimos anos, gerando graves consequências para o meio ambiente e o clima global. A supressão da floresta, impulsionada principalmente pela expansão agropecuária e pela extração ilegal de madeira, tem impactado diretamente o ciclo hidrológico da região, a biodiversidade e a emissão de gases de efeito estufa.
A floresta amazônica desempenha um papel crucial na regulação do clima, absorvendo grandes quantidades de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera. No entanto, com o avanço do desmatamento, essa capacidade de absorção diminui drasticamente. As árvores, ao serem derrubadas e queimadas, liberam o carbono armazenado, contribuindo para o aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera e, consequentemente, para o aquecimento global.
Além disso, o desmatamento afeta o regime de chuvas na região. A floresta amazônica funciona como uma bomba biológica, reciclando a água da chuva e liberando vapor para a atmosfera, que forma novas nuvens e precipitações. A redução da cobertura vegetal interfere nesse processo, diminuindo a umidade do ar e a frequência das chuvas, o que pode levar à desertificação de áreas antes florestadas e a graves secas em outras regiões do país.
Estudos recentes também apontam para o impacto do desmatamento na biodiversidade. A Amazônia abriga uma imensa variedade de espécies de plantas e animais, muitas delas ainda desconhecidas pela ciência. A destruição do habitat natural coloca essas espécies em risco de extinção, comprometendo o equilíbrio dos ecossistemas e a riqueza natural do planeta.
Diante desse cenário, a comunidade científica e organizações ambientais têm alertado para a urgência de medidas efetivas para conter o desmatamento na Amazônia. O fortalecimento da fiscalização, a implementação de políticas públicas de desenvolvimento sustentável e a conscientização da população são ações fundamentais para reverter essa situação e garantir a preservação da maior floresta tropical do mundo.
Questão 1. De acordo com o texto, qual a principal causa do aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera relacionado à Amazônia?
a) A diminuição da umidade do ar.
b) A expansão das áreas urbanas na região.
c) A liberação de carbono armazenado nas árvores durante o desmatamento.
d) A redução da frequência das chuvas na região.
e) O aumento da temperatura média global.
Questão 2. Qual a consequência direta da redução da cobertura vegetal na Amazônia para o regime de chuvas?
a) Aumento da umidade do ar e das precipitações.
b) Diminuição da umidade do ar e da frequência das chuvas.
c) Estabilização do ciclo hidrológico da região.
d) Aumento da absorção de CO2 pela floresta.
e) Expansão das áreas alagadas na região.
Questão 3. O texto apresenta uma relação de causa e consequência implícita. Qual das alternativas abaixo melhor a representa?
a) Aumento da fiscalização -> Diminuição do desmatamento.
b) Conscientização da população -> Expansão da agropecuária.
c) Destruição do habitat natural -> Risco de extinção de espécies.
d) Aumento da temperatura global -> Diminuição da emissão de gases.
e) Implementação de políticas públicas -> Aumento da extração ilegal.
Questão 4. Qual conectivo causal poderia ser utilizado para explicitar a relação entre o desmatamento e o aumento do aquecimento global, presente no segundo parágrafo?
a) "Entretanto"
b) "Portanto"
c) "Embora"
d) "Segundo"
e) "Conforme"
Questão 5. Segundo o texto, qual a principal atividade humana que impulsiona o desmatamento na Amazônia?
a) Turismo ecológico.
b) Pesquisa científica.
c) Expansão agropecuária e extração ilegal de madeira.
d) Conservação ambiental.
e) Exploração de recursos minerais de forma sustentável.
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Prof Nelson Jr
13 de jan. de 2025
In PAAEB - 3º ano EM
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso preparatório. Hoje, mergulharemos no universo da narrativa para desvendar um elemento crucial: o conflito gerador. Compreender o conflito e sua interação com os outros componentes da narrativa é essencial para a interpretação textual e, consequentemente, para o sucesso nas avaliações.
O que é o Conflito Gerador?
Imagine uma história sem nenhum problema, sem nenhuma tensão. Provavelmente, seria uma narrativa monótona e sem graça. O conflito gerador é exatamente o elemento que injeta essa tensão na trama, é a força motriz que impulsiona a ação e motiva as personagens. É a "pedra no sapato" que precisa ser resolvida, o desafio a ser superado, o nó que precisa ser desatado. Em outras palavras, é a situação-problema que desencadeia a narrativa.
Tipos de Conflito
Os conflitos podem se manifestar de diversas formas:
• Conflito Interno (Homem vs. Ele Mesmo): Ocorre dentro da personagem, uma luta entre seus desejos, crenças, valores ou emoções conflitantes. Um exemplo seria um personagem que precisa tomar uma decisão difícil que vai contra seus princípios.
• Conflito Externo: Envolve a personagem em uma luta contra uma força externa. Podemos subdividi-lo em:
• Homem vs. Homem: Conflito entre duas ou mais personagens, como uma rivalidade ou uma disputa.
• Homem vs. Natureza: Conflito da personagem contra forças naturais, como uma tempestade, um animal selvagem ou uma doença.
• Homem vs. Sociedade: Conflito da personagem contra as normas, instituições ou valores da sociedade em que vive.
• Homem vs. Sobrenatural: Conflito da personagem com forças além da compreensão humana, como fantasmas, deuses ou entidades místicas.
A Interação com os Elementos da Narrativa
O conflito gerador não existe isoladamente. Ele se relaciona intrinsecamente com os outros elementos que compõem a narrativa:
• Personagens: As personagens são os agentes do conflito. Suas ações, reações e motivações são diretamente influenciadas pelo conflito. O conflito revela as características das personagens, seus valores e sua capacidade de superação.
• Espaço: O espaço, tanto físico quanto social, pode influenciar o conflito. Um ambiente hostil, por exemplo, pode intensificar o conflito entre a personagem e a natureza.
• Tempo: O tempo, tanto cronológico quanto psicológico, também se relaciona com o conflito. A urgência do tempo pode aumentar a tensão do conflito, enquanto a passagem do tempo pode trazer mudanças nas personagens e na forma como lidam com o conflito.
• Narrador: A perspectiva do narrador influencia a forma como o conflito é apresentado ao leitor. Um narrador onisciente, por exemplo, pode revelar os pensamentos e sentimentos de todas as personagens envolvidas no conflito, enquanto um narrador em primeira pessoa apresenta uma visão mais subjetiva.
• Enredo: O enredo é a sequência de eventos que compõem a narrativa. O conflito gerador é o ponto de partida do enredo, desencadeando a ação e conduzindo a história até o clímax e o desfecho.
Em "Dom Casmurro", de Machado de Assis, o conflito gerador é a dúvida de Bentinho sobre a suposta traição de Capitu. Esse conflito interno o consome, influenciando suas ações, suas relações e sua percepção da realidade. O espaço (Rio de Janeiro do século XIX), o tempo (a passagem da adolescência para a vida adulta) e o narrador (o próprio Bentinho, com sua visão subjetiva) contribuem para a construção e a intensificação desse conflito. O enredo se desenvolve a partir dessa dúvida, culminando no afastamento definitivo entre Bentinho e Capitu.
Identificar o conflito gerador é fundamental para compreender a mensagem da narrativa e a forma como ela é construída. Ao analisar um texto narrativo, procure identificar a situação-problema central e como ela se relaciona com as personagens, o espaço, o tempo, o narrador e o enredo. Essa análise aprofundada permitirá uma interpretação mais completa e significativa da obra.
PRATIQUE!
A Ilha da Desconfiança: Uma Reportagem sobre Conflito e Isolamento
A pequena ilha de Farol do Norte, outrora um paraíso de união e tradição pesqueira, vive sob o peso de uma sombra: a desconfiança. Há três meses, uma série de desaparecimentos de peixes nas redes dos pescadores locais começou a gerar um clima de suspeita entre os habitantes. O que antes era uma comunidade unida pela labuta no mar e pelas festas comunitárias, agora se divide em grupos que se acusam mutuamente.
A crise teve início quando as redes de Jonas, um pescador experiente e respeitado na ilha, começaram a voltar vazias. Logo, outros pescadores relataram o mesmo problema. A princípio, cogitou-se uma mudança na rota dos peixes ou até mesmo um fenômeno natural. No entanto, a persistência do problema e a coincidência de afetar principalmente os pescadores mais bem-sucedidos alimentaram a teoria de sabotagem.
A desconfiança se intensificou com o surgimento de boatos e acusações anônimas. Velhas rivalidades entre famílias de pescadores ressurgiram, e a atmosfera na ilha se tornou tensa. As conversas nos bares e nas ruas se transformaram em debates acalorados, permeados por suspeitas e rancores. Até mesmo os laços familiares foram abalados, com irmãos e pais e filhos evitando o contato.
Dona Maria, matriarca de uma das famílias mais antigas da ilha, lamenta a situação: “Nunca imaginei ver Farol do Norte assim. É como se uma doença invisível tivesse contaminado nossos corações”. O isolamento se tornou uma consequência inevitável. Os pescadores passaram a trabalhar sozinhos, evitando a companhia uns dos outros no mar. As festas e os encontros comunitários foram cancelados, e o silêncio tomou conta da ilha.
O conflito gerador dessa situação – a perda inexplicável dos peixes – desencadeou uma série de outros conflitos, principalmente do tipo “Homem vs. Homem” e “Homem vs. Sociedade”. A luta pela sobrevivência e a busca por um culpado transformaram a comunidade em um campo de batalha, onde a confiança mútua foi a principal vítima. O espaço insular, que antes proporcionava união, agora intensifica o isolamento e a sensação de claustrofobia. O tempo, com a persistência do problema, só agrava a situação. O narrador, ao relatar os fatos, busca apresentar uma visão panorâmica da situação, mostrando os diferentes lados da história e os impactos do conflito na vida dos habitantes da ilha.
A resolução desse conflito é incerta. Resta saber se os habitantes de Farol do Norte conseguirão superar a desconfiança e reconstruir os laços que os uniam, ou se a ilha continuará refém desse clima de tensão e isolamento.
Questão 1. O conflito gerador da narrativa “A Ilha da Desconfiança” é:
a) A falta de recursos financeiros na ilha.
b) A disputa por melhores pontos de pesca.
c) O desaparecimento inexplicável dos peixes nas redes dos pescadores.
d) A rivalidade entre as famílias de pescadores.
e) O isolamento geográfico da ilha.
Questão 2. O conflito predominante na narrativa, considerando a tipologia estudada, é:
a) Homem vs. Natureza.
b) Homem vs. Sobrenatural.
c) Homem vs. Ele Mesmo.
d) Homem vs. Homem e Homem vs. Sociedade.
e) Homem vs. Tempo.
Questão 3. Como o espaço físico da ilha influencia o conflito?
a) Facilita a comunicação e a resolução dos problemas.
b) Intensifica o isolamento e a sensação de claustrofobia.
c) Não exerce nenhuma influência sobre o conflito.
d) Proporciona um ambiente de paz e harmonia.
e) Estimula a união e a cooperação entre os habitantes.
Questão 4. Qual a consequência direta do conflito na vida dos habitantes da ilha?
a) O aumento da produção de peixes.
b) A intensificação dos laços familiares.
c) A realização de grandes festas comunitárias.
d) O isolamento e o cancelamento dos encontros comunitários.
e) A busca por novas formas de trabalho na ilha.
Questão 5. O narrador da reportagem busca apresentar:
a) Uma visão parcial e subjetiva dos acontecimentos.
b) Uma defesa apaixonada de um dos lados do conflito.
c) Uma visão onisciente e panorâmica da situação, mostrando os diferentes lados da história.
d) Uma crítica severa à postura dos pescadores mais antigos.
e) Uma exaltação da vida isolada na ilha.
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13 de jan. de 2025
In PAAEB - 3º ano EM
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso preparatório. Hoje, vamos mergulhar em um aspecto crucial da interpretação textual: a habilidade de diferenciar as partes principais das secundárias em um texto, habilidade essa contemplada pelo descritor D9. Dominar essa competência é fundamental não só para o sucesso nas avaliações, mas também para a compreensão profunda de qualquer tipo de texto que vocês encontrarem.
A Estrutura Hierárquica dos Textos
Imagine um texto como uma construção. Ele possui uma base sólida, que representa as informações principais, e elementos que a complementam e enriquecem, que são as informações secundárias. As informações principais são o esqueleto do texto, a sua essência. Sem elas, o texto perde o sentido, a sua mensagem central se esvai. Já as informações secundárias atuam como a “decoração” desse esqueleto, fornecendo detalhes, exemplos, explicações e aprofundamentos que tornam a mensagem mais clara, persuasiva e interessante.
Identificando as Informações Principais
As informações principais geralmente se manifestam como:
• Ideia central: É o tema central do texto, o assunto principal que o autor deseja abordar. Ela geralmente aparece logo no início do texto, na introdução, ou pode ser inferida a partir do desenvolvimento dos argumentos.
• Argumentos principais: São as razões, os motivos ou as evidências que o autor utiliza para sustentar a sua ideia central. Eles são a base do raciocínio apresentado no texto.
• Tese (em textos argumentativos): É o ponto de vista ou a opinião que o autor defende sobre determinado assunto. Ela é a ideia central do texto argumentativo e é sustentada pelos argumentos principais.
Identificando as Informações Secundárias
As informações secundárias, por sua vez, podem ser identificadas como:
• Exemplos: São casos concretos que ilustram ou exemplificam os argumentos principais, tornando-os mais compreensíveis e palpáveis.
• Detalhes: São informações adicionais que especificam ou complementam os argumentos principais, fornecendo mais informações sobre eles.
• Explicações: São esclarecimentos ou definições que ajudam a entender melhor os argumentos principais ou conceitos importantes presentes no texto.
• Dados estatísticos: São números, porcentagens ou outras informações quantitativas que fornecem suporte factual aos argumentos principais.
• Citações: São trechos de outros autores que são utilizados para reforçar ou corroborar os argumentos principais.
A Relação entre Informações Principais e Secundárias
É crucial entender que as informações secundárias não são dispensáveis. Elas desempenham um papel fundamental na construção do sentido do texto, pois:
• Clarificam: Tornam as informações principais mais fáceis de entender.
• Aprofundam: Fornecem mais detalhes e nuances sobre o assunto.
• Persuadem: Tornam os argumentos mais convincentes e eficazes.
• Enriquecem: Tornam a leitura mais interessante e informativa.
Estratégias para Diferenciar Informações Principais e Secundárias
Aqui vão algumas dicas práticas para aprimorar essa habilidade:
• Identifique o tema: Qual é o assunto central do texto?
• Procure a tese (em textos argumentativos): Qual é o ponto de vista defendido pelo autor?
• Destaque os argumentos principais: Quais são as razões ou evidências que sustentam a tese ou a ideia central?
• Observe os conectivos: Palavras como "por exemplo", "além disso", "em outras palavras", "ou seja" geralmente introduzem informações secundárias.
• Faça resumos: Ao resumir um texto, você é forçado a identificar as informações mais importantes.
• Questione o texto: Pergunte a si mesmo: "Se eu retirasse essa informação, o texto perderia o sentido?" Se a resposta for sim, provavelmente se trata de uma informação principal.
Vamos analisar um pequeno trecho (fictício):
"A prática regular de exercícios físicos traz inúmeros benefícios para a saúde. Por exemplo, ela fortalece o sistema cardiovascular, prevenindo doenças como infarto e AVC. Além disso, contribui para o controle do peso, auxiliando na prevenção da obesidade. Estudos recentes mostram que pessoas ativas têm menor risco de desenvolver diabetes tipo 2."
Nesse trecho, a informação principal é: "A prática regular de exercícios físicos traz inúmeros benefícios para a saúde." As informações secundárias são:
• "Por exemplo, ela fortalece o sistema cardiovascular, prevenindo doenças como infarto e AVC." (Exemplo)
• "Além disso, contribui para o controle do peso, auxiliando na prevenção da obesidade." (Detalhamento/Explicação)
• "Estudos recentes mostram que pessoas ativas têm menor risco de desenvolver diabetes tipo 2." (Dado estatístico/Evidência)
Dominar a habilidade de diferenciar informações principais e secundárias é essencial para a compreensão textual e para o sucesso acadêmico. Lembrem-se: as informações principais são a espinha dorsal do texto, enquanto as secundárias o complementam e enriquecem. Pratiquem a identificação dessas informações em diferentes tipos de texto e vocês verão como a compreensão de vocês se tornará muito mais profunda e eficaz. Bons estudos!
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A Ascensão dos Influenciadores Digitais na Era da Informação
A internet, com sua vasta gama de plataformas e redes sociais, revolucionou a forma como consumimos informação e interagimos uns com os outros. Nesse cenário, surgiu uma nova figura de destaque: o influenciador digital. Indivíduos que, através de seus conteúdos online, exercem influência sobre seus seguidores, ditando tendências, moldando opiniões e até mesmo impulsionando o consumo. A ascensão desses influenciadores é um fenômeno complexo, com impactos que reverberam em diversas esferas da sociedade.
Um dos principais fatores que impulsionaram o crescimento dos influenciadores digitais foi a busca por identificação e autenticidade. Em um ambiente saturado de publicidade tradicional, as pessoas passaram a valorizar mais as recomendações de indivíduos que consideram “próximos” ou com os quais compartilham interesses em comum. Diferentemente das celebridades tradicionais, muitas vezes distantes da realidade da maioria das pessoas, os influenciadores digitais se apresentam como indivíduos “comuns”, que compartilham suas experiências, opiniões e rotinas de forma mais acessível. Essa proximidade gera um senso de confiança e credibilidade, tornando suas recomendações mais persuasivas.
Além disso, a diversidade de nichos e conteúdos oferecidos pelos influenciadores digitais contribui para o seu sucesso. Existem influenciadores para todos os gostos e interesses, desde moda e beleza até games, culinária, viagens, educação e finanças. Essa segmentação permite que as marcas atinjam públicos específicos com maior precisão, tornando as parcerias com influenciadores uma estratégia de marketing cada vez mais eficaz. Segundo uma pesquisa da Nielsen, 92% dos consumidores confiam mais em recomendações de pessoas que conhecem, mesmo que virtualmente, do que em publicidade tradicional.
No entanto, a influência exercida por esses indivíduos também levanta questões importantes. A falta de regulamentação e a disseminação de informações nem sempre precisas ou verificadas são alguns dos desafios que precisam ser enfrentados. É fundamental que os consumidores desenvolvam um senso crítico em relação ao conteúdo consumido online, buscando informações de fontes confiáveis e questionando as mensagens transmitidas pelos influenciadores. Como afirma o sociólogo Manuel Castells, "a internet é uma rede de redes, onde a informação circula livremente, mas é preciso saber discernir o joio do trigo".
Em suma, a ascensão dos influenciadores digitais é um reflexo das transformações sociais e tecnológicas da era da informação. Se, por um lado, eles representam uma nova forma de comunicação e marketing, por outro, demandam um olhar crítico e responsável por parte dos consumidores.
Questão 1. Qual é a ideia central do texto?
a) A importância da publicidade tradicional.
b) A influência da internet na sociedade.
c) A ascensão dos influenciadores digitais e seus impactos.
d) A necessidade de regulamentação das redes sociais.
e) A pesquisa da Nielsen sobre o consumo online.
Questão 2. Qual dos seguintes elementos NÃO é citado como um fator que impulsionou o crescimento dos influenciadores digitais?
a) A busca por identificação e autenticidade.
b) A diversidade de nichos e conteúdos oferecidos.
c) O apoio de celebridades tradicionais.
d) A maior confiança em recomendações de pessoas conhecidas.
e) A segmentação de público que permite atingir nichos específicos.
Questão 3. A citação de Manuel Castells no último parágrafo serve para:
a) Enfatizar a importância da internet como ferramenta de comunicação.
b) Ilustrar a necessidade de criticidade em relação às informações online.
c) Comparar a internet com outras mídias tradicionais.
d) Defender a regulamentação das redes sociais.
e) Apresentar um contraponto à influência dos influenciadores digitais.
Questão 4. Qual das seguintes opções apresenta um exemplo de informação secundária no texto?
a) "A ascensão desses influenciadores é um fenômeno complexo, com impactos que reverberam em diversas esferas da sociedade."
b) "Segundo uma pesquisa da Nielsen, 92% dos consumidores confiam mais em recomendações de pessoas que conhecem, mesmo que virtualmente, do que em publicidade tradicional."
c) "Indivíduos que, através de seus conteúdos online, exercem influência sobre seus seguidores, ditando tendências, moldando opiniões e até mesmo impulsionando o consumo."
d) "A internet, com sua vasta gama de plataformas e redes sociais, revolucionou a forma como consumimos informação e interagimos uns com os outros."
e) "É fundamental que os consumidores desenvolvam um senso crítico em relação ao conteúdo consumido online, buscando informações de fontes confiáveis e questionando as mensagens transmitidas pelos influenciadores."
Questão 5. Qual a principal função das informações secundárias dentro do texto?
a) Apresentar a ideia central do texto.
b) Contradizer os argumentos principais.
c) Complementar, detalhar e exemplificar as informações principais.
d) Confundir o leitor com informações irrelevantes.
e) Resumir o conteúdo do texto.
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Prof Nelson Jr
13 de jan. de 2025
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Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso preparatório. Hoje, vamos mergulhar no descritor D8: “Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la”. Este descritor é crucial para a compreensão textual, especialmente em textos argumentativos, e frequentemente aparece em avaliações como o ENEM.
O que significa o D8?
Em essência, o D8 avalia a sua capacidade de identificar como os argumentos apresentados em um texto se conectam e sustentam a tese central. A tese é a ideia principal defendida pelo autor, o ponto de vista que ele busca convencer o leitor a aceitar. Os argumentos, por sua vez, são as ferramentas que o autor utiliza para dar suporte a essa tese, buscando torná-la mais convincente e robusta.
Diferenciando Tese e Argumentos
Imagine um prédio: a tese é o topo do prédio, a parte mais visível e o objetivo final da construção. Os argumentos são as colunas, as vigas e a fundação, ou seja, a estrutura que sustenta o topo. Sem uma boa estrutura, o prédio não se mantém em pé. Da mesma forma, sem bons argumentos, a tese se torna frágil e pouco persuasiva.
Tipos de Argumentos
Existem diversos tipos de argumentos que um autor pode utilizar. Conhecê-los é fundamental para entender como eles se relacionam com a tese:
• Argumentos de Autoridade: Baseiam-se na citação de especialistas, estudiosos ou instituições reconhecidas no assunto. A força desse argumento reside na credibilidade da fonte citada. Exemplo: “Conforme pesquisa do IBGE, o índice de desemprego juvenil cresceu 15% no último ano.”
• Argumentos por Evidência: Apresentam dados concretos, fatos comprovados, estatísticas ou pesquisas. A objetividade desses dados busca dar mais peso à argumentação. Exemplo: “O aumento do consumo de फास्ट food está diretamente ligado ao crescimento da obesidade infantil, conforme apontam estudos da Organização Mundial da Saúde.”
• Argumentos por Comparação: Estabelecem paralelos entre situações, ideias ou conceitos, buscando semelhanças ou diferenças para reforçar o ponto de vista. Exemplo: “Assim como a falta de investimento em educação básica compromete o futuro do país, a negligência com a saúde mental dos jovens afeta o desenvolvimento social.”
• Argumentos de Causa e Consequência: Mostram a relação entre um fato e seus efeitos, explicando como uma ação ou evento leva a determinado resultado. Exemplo: “A falta de políticas públicas de incentivo à leitura resulta em um baixo índice de alfabetização funcional na população adulta.”
• Argumentos por Exemplificação: Utilizam exemplos concretos para ilustrar e tornar mais compreensível a tese defendida. Exemplo: “Diversos países europeus, como a Finlândia e a Noruega, investem maciçamente em educação integral, o que se reflete em altos índices de desenvolvimento humano.”
Como Identificar a Relação entre Tese e Argumentos?
Para identificar essa relação, siga os seguintes passos:
1. Identifique a Tese: Leia o texto atentamente e procure a ideia central defendida pelo autor. Geralmente, a tese aparece na introdução ou na conclusão do texto, mas pode estar presente em outras partes também.
2. Localize os Argumentos: Procure as razões, evidências, exemplos e outros recursos que o autor utiliza para sustentar sua tese.
3. Conecte os Pontos: Analise como cada argumento se relaciona com a tese. Pergunte-se: “Como este argumento contribui para a defesa da tese?” ou “Este argumento responde a qual aspecto da tese?”
Considere a seguinte tese: “A prática regular de exercícios físicos traz inúmeros benefícios para a saúde.”
Alguns argumentos que poderiam sustentar essa tese seriam:
• “Estudos científicos comprovam que a atividade física regular fortalece o sistema cardiovascular, prevenindo doenças como infarto e AVC.” (Argumento por Evidência)
• “A prática de exercícios libera endorfinas, neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar, combatendo o estresse e a ansiedade.” (Argumento de Causa e Consequência)
• “Assim como um carro precisa de manutenção para funcionar bem, o corpo humano necessita de atividade física para se manter saudável e em forma.” (Argumento por Comparação)
Perceba como cada argumento se conecta diretamente à tese, oferecendo diferentes perspectivas e evidências para reforçá-la.
Dominar o descritor D8 é essencial para a interpretação textual e para a produção de textos argumentativos consistentes. Ao compreender a relação entre tese e argumentos, você se torna um leitor mais crítico e um escritor mais persuasivo. Lembre-se: a tese é o destino, e os argumentos são o caminho que leva até ele.
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A Importância do Investimento em Saneamento Básico
Editorial
O Brasil ainda enfrenta graves problemas relacionados ao saneamento básico, impactando diretamente a saúde pública, o meio ambiente e o desenvolvimento socioeconômico do país. A falta de acesso à água potável, coleta e tratamento de esgoto e manejo adequado de resíduos sólidos configura um cenário preocupante que exige investimentos urgentes e eficazes.
Um dos principais argumentos que sustentam a necessidade de priorizar o saneamento básico reside na sua íntima ligação com a saúde da população. De acordo com dados do Instituto Trata Brasil, a cada real investido em saneamento, economizam-se quatro reais em saúde. Doenças como diarreia, verminoses, leptospirose e dengue, frequentemente associadas à falta de saneamento, sobrecarregam o sistema de saúde e causam sofrimento evitável. A universalização do acesso ao saneamento, portanto, representa um investimento em prevenção e qualidade de vida.
Além disso, a ausência de saneamento adequado gera graves danos ao meio ambiente. O lançamento de esgoto não tratado em rios e mares contamina os recursos hídricos, prejudica a fauna e a flora aquáticas e compromete o abastecimento de água para consumo humano. Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) demonstrou que a poluição dos rios causada pela falta de tratamento de esgoto impacta negativamente a pesca e o turismo em diversas regiões do país. A preservação ambiental, portanto, depende crucialmente de investimentos em saneamento básico.
Outro ponto crucial é a relação entre saneamento básico e desenvolvimento econômico. Cidades com infraestrutura de saneamento adequada atraem mais investimentos, geram empregos e impulsionam o turismo. Um relatório do Banco Mundial aponta que o saneamento precário reduz o Produto Interno Bruto (PIB) de um país em até 2%. A melhoria dos serviços de saneamento, dessa forma, configura um importante fator de crescimento econômico e social.
Em suma, investir em saneamento básico não é apenas uma questão de infraestrutura, mas sim uma necessidade urgente para a promoção da saúde, a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento econômico do país. A omissão nesse setor representa um alto custo social e econômico, que o Brasil não pode mais ignorar.
Questão 1. Qual a tese principal defendida no editorial?
a) A falta de saneamento básico não impacta a saúde pública.
b) O investimento em saneamento básico é desnecessário para o desenvolvimento econômico.
c) O Brasil não enfrenta problemas graves relacionados ao saneamento básico.
d) Investir em saneamento básico é crucial para a saúde, o meio ambiente e o desenvolvimento econômico.
e) Apenas o tratamento de esgoto é importante para o saneamento básico.
Questão 2. Qual tipo de argumento é utilizado quando o texto cita dados do Instituto Trata Brasil?
a) Argumento por Comparação
b) Argumento de Causa e Consequência
c) Argumento de Autoridade/Evidência
d) Argumento por Exemplificação
e) Argumento por Analogia
Questão 3. O exemplo do estudo da USP sobre a poluição dos rios serve para sustentar qual argumento principal?
a) A relação entre saneamento e desenvolvimento econômico.
b) A importância da educação ambiental.
c) Os danos ambientais causados pela falta de saneamento.
d) A necessidade de investimentos em saúde pública.
e) A importância do turismo para o país.
Questão 4. A comparação implícita entre cidades com saneamento adequado e cidades sem saneamento, no quarto parágrafo, configura qual tipo de argumento?
a) Argumento de Autoridade
b) Argumento por Exemplificação
c) Argumento de Causa e Consequência
d) Argumento por Comparação
e) Argumento por Analogia
Questão 5. Qual a principal consequência da falta de saneamento básico, segundo o texto?
a) Aumento do turismo internacional.
b) Preservação dos recursos hídricos.
c) Melhora na qualidade de vida da população.
d) Impactos negativos na saúde, no meio ambiente e na economia.
e) Diminuição da necessidade de investimentos em saúde.
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13 de jan. de 2025
In PAAEB - 3º ano EM
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso preparatório. Hoje, vamos mergulhar em um conceito fundamental para a interpretação textual, especialmente importante para as provas que vocês enfrentarão: a tese. Dominar a identificação da tese, conforme o descritor D7, é crucial para compreender a fundo a mensagem que o autor deseja transmitir.
O que é a tese?
Imagine um texto como um edifício. A tese é a sua base, a fundação sobre a qual toda a argumentação é construída. Em outras palavras, a tese é a ideia central, o ponto de vista principal que o autor defende sobre determinado assunto. É a sua posição, a sua interpretação, o seu argumento central. Identificar a tese é, portanto, o primeiro passo para compreender a direção e o propósito do texto.
Onde encontrar a tese?
A tese geralmente se manifesta de duas formas principais: explícita ou implícita.
• Tese Explícita: Nesse caso, a tese está clara e diretamente expressa no texto, geralmente na introdução ou na conclusão. Na introdução, ela funciona como um cartão de visitas, apresentando o tema e o posicionamento do autor. Na conclusão, ela retoma o argumento central, reforçando a ideia defendida ao longo do texto. Busquem por frases que sintetizam o ponto de vista do autor, como:
• "Acredito que..."
• "Defendo a ideia de que..."
• "É inegável que..."
• "Sob este ponto de vista..."
• "Conclui-se que..."
• Tese Implícita: Aqui, o desafio é maior. A tese não está expressa de forma direta, mas pode ser inferida a partir dos argumentos e das informações apresentadas no texto. É necessário ler atentamente, analisar as evidências e deduzir qual é a ideia central que permeia todo o texto. Nesse caso, a compreensão global do texto é essencial.
Estratégias para identificar a tese:
1. Leitura Atenta: Leia o texto com atenção, buscando compreender o tema central e o objetivo do autor.
2. Identificação do Assunto: Qual é o assunto principal abordado no texto? Delimitar o assunto é o primeiro passo para identificar a tese.
3. Localização da Ideia Central: Procure por frases ou parágrafos que resumem o ponto de vista do autor sobre o assunto.
4. Análise dos Argumentos: Como o autor sustenta sua posição? Os argumentos apresentados corroboram qual ideia central?
5. Observação da Introdução e Conclusão: Preste atenção aos parágrafos iniciais e finais, pois geralmente contêm a tese, seja de forma explícita ou implícita.
6. Inferência: Caso a tese não esteja explícita, utilize as informações do texto para inferir qual é a ideia central defendida pelo autor.
Vamos analisar um pequeno trecho hipotético:
"O avanço tecnológico tem trazido inúmeros benefícios para a sociedade, como o acesso facilitado à informação e o desenvolvimento de novas tecnologias médicas. No entanto, é fundamental discutir os impactos negativos desse avanço, como o aumento do desemprego estrutural e a dependência excessiva de aparelhos eletrônicos. Portanto, é necessário buscar um equilíbrio entre o desenvolvimento tecnológico e a qualidade de vida da população."
Nesse exemplo, a frase em negrito explicita a tese do autor: a necessidade de equilibrar o desenvolvimento tecnológico e a qualidade de vida.
A importância da tese:
Identificar a tese é fundamental para:
• Compreender a mensagem central do texto.
• Analisar criticamente os argumentos apresentados.
• Responder corretamente às questões de interpretação.
• Produzir textos argumentativos consistentes.
Lembrem-se: a tese é a espinha dorsal do texto. Dominar a sua identificação é crucial para o sucesso em suas avaliações e para o desenvolvimento de uma leitura crítica e eficaz. Continuem praticando e explorando diferentes tipos de textos. Bons estudos!
PRATIQUE!
A Ascensão dos Influenciadores Digitais e a Necessidade de Regulação
Nos últimos anos, a internet testemunhou o surgimento de uma nova força no cenário da comunicação: os influenciadores digitais. Indivíduos com grande presença nas redes sociais, que acumulam milhares, até mesmo milhões, de seguidores, esses influenciadores exercem um impacto considerável sobre o comportamento, as opiniões e as decisões de compra de seus públicos. De celebridades tradicionais a especialistas em nichos específicos, eles se tornaram figuras centrais no marketing digital e na formação de tendências.
Essa ascensão, contudo, levanta questões importantes sobre a necessidade de regulamentação. Enquanto alguns defendem a liberdade de expressão e a autorregulação do setor, outros argumentam que a falta de diretrizes claras pode levar a práticas enganosas, publicidade disfarçada e até mesmo à disseminação de informações falsas. A influência exercida por esses indivíduos, principalmente sobre o público jovem, torna crucial o debate sobre os limites éticos e legais de suas atividades.
A publicidade velada, por exemplo, é uma prática preocupante. Muitos influenciadores promovem produtos e serviços sem deixar claro que se trata de uma ação publicitária paga, induzindo o consumidor a acreditar em uma opinião genuína. Além disso, a falta de qualificação em determinados temas permite a disseminação de informações incorretas ou tendenciosas, com potenciais consequências negativas para a saúde e o bem-estar dos seguidores.
Portanto, a criação de um marco regulatório para a atuação dos influenciadores digitais é fundamental para garantir a transparência nas relações de consumo, proteger os direitos dos consumidores e assegurar a veracidade das informações divulgadas. Essa regulamentação não deve, no entanto, cercear a liberdade de expressão, mas sim estabelecer parâmetros claros para a prática da publicidade e da divulgação de informações, promovendo um ambiente digital mais ético e responsável.
Questão 1. Qual a principal ideia defendida no texto?
a) A internet não deve ser um espaço para influenciadores digitais.
b) A autorregulação do setor de influenciadores digitais é suficiente.
c) A liberdade de expressão dos influenciadores digitais deve ser irrestrita.
d) A criação de um marco regulatório para os influenciadores digitais é necessária.
e) Os influenciadores digitais não exercem influência sobre o público.
Questão 2. Segundo o texto, qual prática dos influenciadores digitais é considerada preocupante?
a) A interação com os seguidores nas redes sociais.
b) A promoção de produtos e serviços de forma velada.
c) A criação de conteúdo original e criativo.
d) A participação em campanhas de conscientização social.
e) A utilização de linguagem informal e acessível.
Questão 3. Onde se encontra explicitamente a tese central do texto?
a) No primeiro parágrafo, na apresentação do tema.
b) No segundo parágrafo, na discussão sobre a falta de diretrizes.
c) No terceiro parágrafo, na exemplificação da publicidade velada.
d) No quarto parágrafo, na conclusão que sintetiza o argumento.
e) Ao longo de todo o texto, de forma implícita.
Questão 4. Qual o principal argumento utilizado para defender a tese central?
a) A necessidade de aumentar o lucro das empresas de marketing digital.
b) A importância de garantir a liberdade de expressão dos influenciadores.
c) A proteção dos direitos dos consumidores e a veracidade das informações.
d) A necessidade de censurar o conteúdo produzido pelos influenciadores.
e) O aumento da popularidade dos influenciadores nas redes sociais.
Questão 5. Qual a finalidade do uso da expressão “Portanto” no quarto parágrafo?
a) Introduzir uma exemplificação sobre a publicidade velada.
b) Apresentar um argumento contrário à tese defendida.
c) Concluir o raciocínio e explicitar a tese central do texto.
d) Descrever o cenário atual do mercado de influenciadores digitais.
e) Comparar a atuação dos influenciadores com a das celebridades tradicionais.
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13 de jan. de 2025
In PAAEB - 3º ano EM
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso preparatório. Hoje, vamos mergulhar em um aspecto crucial para a interpretação e produção de textos: a coesão textual, focando especificamente em como as repetições e substituições contribuem para a continuidade e fluidez das ideias. Dominar esse conceito é fundamental para o sucesso em avaliações como o ENEM e vestibulares.
O que é Coesão Textual?
Imagine um texto como uma construção. As palavras e frases são os tijolos, e a coesão é o cimento que os une, garantindo que a estrutura fique firme e compreensível. A coesão textual se refere aos mecanismos linguísticos que interligam as diferentes partes de um texto, criando uma teia de relações lógicas e semânticas. Sem coesão, o texto se torna um amontoado de frases soltas, sem sentido.
Repetição: Quando Usar e Quando Evitar
A repetição, à primeira vista, pode parecer um vício de linguagem. De fato, o excesso de repetições torna a leitura cansativa e demonstra pobreza vocabular. No entanto, a repetição estratégica pode ser uma ferramenta valiosa para a coesão.
• Repetição como ênfase: Repetir uma palavra-chave ou um conceito central pode reforçar sua importância e garantir que o leitor o memorize. Por exemplo: "A educação transforma. A educação liberta. A educação constrói um futuro melhor."
• Repetição como recurso estilístico: Em textos literários, a repetição pode ser usada para criar ritmo, musicalidade ou efeitos expressivos.
• Cuidado com a repetição desnecessária: Repetir palavras ou expressões sem um propósito claro prejudica a clareza e a fluidez do texto. Evite repetir palavras em um mesmo parágrafo, a menos que seja estritamente necessário para a compreensão.
Substituição: A Arte de Variar o Vocabulário
A substituição é o principal recurso para evitar repetições desnecessárias e enriquecer o texto. Existem diversas maneiras de substituir palavras e expressões:
• Sinônimos: Utilizar palavras com significados semelhantes. Exemplo: "O cachorro latiu." pode ser substituído por "O cão ladrou."
• Hiperônimos e Hipônimos: Hiperônimos são palavras com sentido mais abrangente (ex: flor), enquanto hipônimos têm sentido mais específico (ex: rosa, margarida). Usar hiperônimos e hipônimos cria relações de inclusão e evita repetições. Exemplo: "Comprei frutas na feira. As maçãs estavam ótimas."
• Pronominalização: Substituir substantivos por pronomes (pessoais, possessivos, demonstrativos, relativos). Exemplo: "Maria chegou cedo. Ela estava ansiosa para a apresentação."
• Elipse: Omitir um termo que já foi mencionado e que pode ser facilmente subentendido pelo contexto. Exemplo: "João foi ao cinema e Pedro ao teatro." (omissão de "foi")
• Expressões resumitivas ou metonímia: Usar uma expressão que resume um conceito ou substituir uma palavra por outra com a qual mantém uma relação de proximidade (metonímia). Exemplo: "O país (Brasil) está em crise." ou "Li Machado de Assis." (referindo-se às obras do autor).
Observe o seguinte trecho adaptado:
"A poluição atmosférica é um grave problema. A poluição afeta a saúde da população. A poluição também prejudica o meio ambiente. Esse problema exige soluções urgentes."
Este trecho apresenta repetições excessivas da palavra "poluição". Podemos reescrevê-lo utilizando substituições:
"A poluição atmosférica é um grave problema. Esse fenômeno afeta a saúde da população e também prejudica o meio ambiente. Tal situação exige soluções urgentes."
Note como as substituições por "fenômeno", "tal situação" e o uso do pronome "esse" tornaram o texto mais fluido e elegante.
Dominar os mecanismos de coesão, especialmente o uso estratégico de repetições e substituições, é essencial para produzir e interpretar textos de qualidade. Lembrem-se: a chave é o equilíbrio. Repetições bem utilizadas enfatizam ideias, enquanto substituições enriquecem o texto e evitam a monotonia. Pratiquem a análise e a produção de textos, observando como esses recursos são empregados, e vocês estarão cada vez mais preparados para os desafios que virão.
PRATIQUE!
Crise Hídrica Ameaça o Abastecimento em Grandes Cidades
A escassez de água, um problema global crescente, tem se intensificado em diversas regiões do Brasil, colocando em risco o abastecimento de grandes centros urbanos. A falta de chuvas regulares, somada ao consumo excessivo e à má gestão dos recursos hídricos, configura um cenário preocupante. A situação, que já era delicada, agravou-se nos últimos meses, com os níveis dos reservatórios atingindo marcas históricas de baixa. Este quadro exige ações urgentes e eficazes para garantir o acesso à água potável para a população.
A crise hídrica não é um fenômeno isolado. Ela se manifesta em diferentes partes do mundo, afetando desde países em desenvolvimento até nações industrializadas. A problemática, portanto, demanda uma abordagem global e integrada. No Brasil, os efeitos da escassez hídrica são sentidos com maior intensidade nas regiões Sudeste e Nordeste, onde a concentração populacional e as atividades econômicas exercem forte pressão sobre os recursos hídricos. A situação exige não apenas medidas emergenciais, como o racionamento e a captação de novas fontes de água, mas também ações de longo prazo, como a revitalização de bacias hidrográficas, o combate ao desperdício e a conscientização da população sobre o uso responsável da água.
A conscientização da população sobre a importância da água e a necessidade de seu uso consciente é crucial para reverter este quadro. Cada indivíduo pode contribuir com pequenas ações diárias, como reduzir o tempo no banho, fechar a torneira ao escovar os dentes e reutilizar a água da lavagem de roupas. Essas atitudes, quando praticadas em conjunto, podem fazer uma grande diferença. A crise, em suma, exige um esforço conjunto da sociedade, do poder público e do setor privado para garantir a segurança hídrica para as presentes e futuras gerações.
Questão 1. No primeiro parágrafo, a expressão "A falta de chuvas regulares, somada ao consumo excessivo e à má gestão dos recursos hídricos" pode ser substituída, sem prejuízo de sentido, por:
a) A abundância de precipitações, aliada ao consumo moderado e à boa administração dos recursos.
b) A escassez de precipitações, combinada com o consumo descontrolado e a administração ineficiente dos recursos. c) As chuvas torrenciais, juntamente com o consumo consciente e a gestão eficaz dos recursos.
d) O equilíbrio climático, associado ao consumo sustentável e à gestão otimizada dos recursos.
e) A regularidade das chuvas, em conjunto com o consumo equilibrado e a gestão adequada dos recursos.
Questão 2. No segundo parágrafo, o uso do pronome "Ela" refere-se a:
a) Crise Hídrica.
b) População.
c) Água Potável.
d) Bacias Hidrográficas.
e) Regiões Sudeste e Nordeste.
Questão 3. No terceiro parágrafo, a repetição da palavra "água" tem a função de:
a) Empobrecer o texto, demonstrando falta de vocabulário do autor.
b) Enfatizar a importância do recurso hídrico e a necessidade de seu uso consciente.
c) Criar um efeito estilístico, tornando a leitura mais agradável.
d) Confundir o leitor, dificultando a compreensão do texto.
e) Tornar o texto redundante e cansativo.
Questão 4. No trecho "A conscientização da população sobre a importância da água e a necessidade de seu uso consciente é crucial para reverter este quadro.", a expressão "este quadro" refere-se a:
a) Às ações diárias da população.
b) À importância da água.
c) À necessidade do uso consciente.
d) À crise hídrica e seus impactos.
e) Às futuras gerações.
Questão 5. No texto, a expressão “A situação, que já era delicada, agravou-se nos últimos meses, com os níveis dos reservatórios atingindo marcas históricas de baixa.”, pode ser reescrita, sem alteração de sentido, utilizando um sinônimo para o termo sublinhado:
a) A situação, que já era complexa, melhorou nos últimos meses, com os níveis dos reservatórios atingindo marcas históricas de alta.
b) A situação, que já era difícil, piorou nos últimos meses, com os níveis dos reservatórios atingindo marcas históricas de mínima.
c) A situação, que já era desafiadora, estabilizou nos últimos meses, com os níveis dos reservatórios mantendo-se em patamares regulares.
d) A situação, que já era simples, se manteve nos últimos meses, com os níveis dos reservatórios sem grandes alterações.
e) A situação, que já era tranquila, se desenvolveu nos últimos meses, com os níveis dos reservatórios apresentando um crescimento significativo.
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• D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto: Este descritor avalia a habilidade de identificar como o texto se mantém coeso, ou seja, como as ideias se ligam. Isso envolve reconhecer o uso de palavras que se repetem (com cautela, pois repetições excessivas podem ser um problema) ou que são substituídas por sinônimos, pronomes, expressões resumitivas, entre outros recursos, garantindo a progressão das informações sem redundância desnecessária.
• D7 – Identificar a tese de um texto: A tese é a ideia central defendida pelo autor. É o ponto de vista principal sobre o assunto abordado. Este descritor avalia a capacidade de localizar essa afirmação central, que geralmente se encontra na introdução ou conclusão do texto, mas pode estar implícita em alguns casos.
• D8 – Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la: Este descritor verifica se o leitor compreende como os argumentos apresentados no texto servem para dar suporte à tese. Os argumentos são as razões, evidências, exemplos, dados, fatos, opiniões de especialistas, entre outros recursos, utilizados para convencer o leitor da validade da tese.
• D9 – Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto: Textos são compostos por informações de diferentes níveis de importância. Este descritor avalia a habilidade de distinguir as informações essenciais (ideias centrais, argumentos principais) das informações complementares ou secundárias (exemplos, detalhes, explicações adicionais).
• D10 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa: Este descritor se aplica principalmente a textos narrativos (contos, romances, etc.). O conflito é a situação-problema que impulsiona a história. Os elementos da narrativa incluem personagens, espaço, tempo, narrador e enredo. Identificar como esses elementos se relacionam com o conflito é o foco deste descritor.
• D11 – Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto: Este descritor avalia a compreensão das relações de causalidade presentes no texto. Identificar como um evento ou uma ação leva a outro, compreendendo as ligações de causa e efeito, é crucial para a interpretação textual.
• D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.: Este descritor foca na compreensão de como as palavras e expressões de ligação (conjunções, advérbios, locuções conjuntivas, preposições, etc.) estabelecem relações lógicas entre as ideias no texto. Essas palavras indicam relações de adição, oposição, conclusão, explicação, causa, consequência, entre outras, e são fundamentais para a coesão textual e para a compreensão das intenções do autor.
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso preparatório, focada em aprimorar suas habilidades de interpretação textual. Dominar a leitura e a compreensão de textos é crucial não apenas para o sucesso acadêmico, mas também para a vida. Nesta aula, exploraremos descritores essenciais que frequentemente aparecem em avaliações e concursos. Vamos mergulhar fundo em cada um deles, com exemplos práticos e dicas valiosas.
A Coesão Textual: Ligando as Ideias (D2)
Um texto coeso é como uma teia bem tecida, onde cada fio se conecta aos demais, formando um todo harmonioso. O descritor D2 avalia sua capacidade de identificar como essa conexão é feita. Repetições de palavras, embora às vezes necessárias para ênfase, podem tornar o texto cansativo.
Por isso, autores habilidosos utilizam mecanismos de substituição, como sinônimos (ex: "belo" por "formoso"), pronomes (ex: "O livro é interessante. Ele aborda...") e expressões resumitivas (ex: "a problemática ambiental" referindo-se a algo já discutido). Observem como esses recursos evitam a monotonia e garantem a progressão das informações.
"A poluição dos rios é um problema grave. Esse fenômeno afeta a vida aquática e a saúde humana." (O pronome "esse fenômeno" retoma "a poluição dos rios", evitando repetição).
Por que é importante?
A coesão textual é fundamental para a compreensão do texto. Ela garante que as ideias fluam de forma lógica e que o leitor possa seguir o raciocínio do autor. Além disso, a coesão contribui para a clareza e a elegância da escrita.
#FICAADICA
• Identifique as repetições: Preste atenção às palavras que se repetem. Pergunte-se se elas são necessárias ou se podem ser substituídas por sinônimos ou pronomes.
• Use sinônimos: Sinônimos são palavras com significados semelhantes. Eles ajudam a evitar repetições e a tornar o texto mais variado.
• Empregue pronomes: Pronomes (ele, ela, isso, aquele, etc.) são ótimos para referir-se a elementos já mencionados, evitando repetições.
• Utilize expressões resumitivas: Expressões como "o problema", "a questão", "o fato" podem resumir ideias anteriores, facilitando a compreensão.
• Revise seu texto: Após escrever, revise seu texto para verificar se a coesão está adequada. Se necessário, faça ajustes para melhorar a clareza e a fluidez.
Sem coesão: "O livro é interessante. O livro aborda temas importantes. O livro é bem escrito."
Com coesão: "O livro é interessante, pois aborda temas importantes e é bem escrito."
Identificando a Tese: A Ideia Central (D7)
Todo texto argumentativo ou dissertativo apresenta uma tese, ou seja, a ideia central que o autor defende. É o ponto de vista sobre o assunto. Localizar a tese é fundamental para compreender a mensagem.
Geralmente, ela aparece na introdução, sendo desenvolvida ao longo do texto, ou na conclusão, como um resumo da argumentação. Em alguns casos, a tese pode estar implícita, exigindo maior inferência do leitor.
Em um texto sobre a importância da leitura, a tese poderia ser: "A leitura regular é fundamental para o desenvolvimento intelectual e social do indivíduo."
Por que é importante?
Identificar a tese é fundamental para a compreensão do texto. Ela orienta a leitura e ajuda a entender o propósito do autor. Além disso, a tese é um elemento-chave para a elaboração de resumos e paráfrases.
#FICAADICA
• Leia com atenção a introdução: A introdução costuma apresentar a tese de forma explícita. Preste atenção às frases que expressam a opinião do autor.
• Identifique o assunto principal: Qual é o tema central do texto? O que o autor está discutindo?
• Pergunte-se: "Qual é a posição do autor em relação a esse assunto?" A resposta a essa pergunta é a tese.
• Analise a conclusão: A conclusão costuma reafirmar a tese. Verifique se a conclusão está alinhada com a ideia central apresentada na introdução.
• Se a tese não estiver explícita, tente inferi-la: Às vezes, a tese não é apresentada de forma direta. Nesse caso, você precisará inferir a partir das informações do texto.
"A leitura é uma atividade fundamental para o desenvolvimento intelectual e social do indivíduo. Ela estimula a imaginação, amplia o vocabulário e proporciona acesso a diferentes culturas. Além disso, a leitura contribui para a formação de cidadãos críticos e conscientes."
Tese: A leitura é fundamental para o desenvolvimento intelectual e social do indivíduo.
Argumentação: Sustentando a Tese (D8)
Uma tese, por si só, não convence ninguém. Para isso, o autor utiliza argumentos, que são as razões, evidências, exemplos, dados estatísticos, citações de especialistas, entre outros recursos, que comprovam a validade da tese.
O descritor D8 avalia sua capacidade de entender a relação entre a tese e os argumentos. Pergunte-se: "Por que o autor afirma isso? Quais provas ele apresenta?".
Se a tese é "A prática de exercícios físicos melhora a qualidade de vida", os argumentos poderiam ser: "Redução do risco de doenças cardiovasculares", "Melhora do humor e do sono" e "Aumento da disposição física".
Por que é importante?
A relação entre a tese e os argumentos é fundamental para a construção de um texto argumentativo sólido. Os argumentos são a base da argumentação, e a tese é a conclusão a que se chega a partir desses argumentos.
#FICAADICA
• Identifique a tese: Antes de analisar os argumentos, é importante identificar a tese do texto. Pergunte-se: "Qual é a ideia central defendida pelo autor?"
• Identifique os argumentos: Os argumentos podem ser encontrados em diferentes partes do texto. Preste atenção a frases que apresentam razões, evidências, exemplos, dados, fatos, opiniões de especialistas, etc.
• Avalie a relação entre os argumentos e a tese: Pergunte-se: "Como os argumentos apresentados no texto sustentam a tese? Quais são as conexões lógicas entre eles?"
• Verifique se os argumentos são válidos: Nem todos os argumentos são igualmente fortes. É importante avaliar se os argumentos são relevantes, consistentes e apoiados por evidências.
• Tese:
"A leitura é fundamental para o desenvolvimento intelectual e social do indivíduo."
• Argumentos:
"A leitura estimula a imaginação e a criatividade."
"A leitura amplia o vocabulário e a compreensão da linguagem."
"A leitura proporciona acesso a diferentes culturas e perspectivas."
"A leitura desenvolve o pensamento crítico e a capacidade de argumentação."
Hierarquia das Informações: Distinguindo o Essencial do Secundário (D9)
Nem todas as informações em um texto têm o mesmo peso. Há ideias centrais, que são o núcleo da mensagem, e informações secundárias, que as complementam, como exemplos, detalhes e explicações.
O descritor D9 avalia sua habilidade de hierarquizar as informações, identificando o que é fundamental para a compreensão do texto e o que é acessório.
Em um texto sobre a Revolução Francesa, a queda da Bastilha é uma informação principal, enquanto a descrição dos trajes da época é uma informação secundária.
Por que é importante?
Saber diferenciar informações principais e secundárias é crucial para:
• Compreensão profunda: Permite focar no núcleo da mensagem, evitando dispersão com detalhes menos relevantes.
• Resumo eficaz: Facilita a produção de resumos concisos e precisos, destacando apenas as informações-chave.
• Análise crítica: Auxilia na avaliação da argumentação do autor, identificando os argumentos centrais que sustentam a tese.
• Estudo eficiente: Otimiza o tempo de estudo, direcionando o foco para os conceitos mais importantes.
• Localização rápida de informações: Em textos extensos, ajuda a encontrar rapidamente as informações relevantes.
• Interpretação contextualizada: Compreender a hierarquia das informações permite interpretar corretamente o sentido global do texto, evitando interpretações equivocadas baseadas em detalhes isolados.
#FICAADICA
• Identifique o tópico frasal: Geralmente, o primeiro período de um parágrafo apresenta a ideia central daquele trecho. Este é um excelente ponto de partida.
• Procure palavras-chave: Palavras que se repetem ao longo do texto ou que são enfatizadas pelo autor (itálico, negrito, aspas) geralmente indicam informações importantes. Fique atento a sinônimos e palavras correlatas.
• Analise a estrutura do texto: Observe como o texto está organizado (introdução, desenvolvimento, conclusão). A introdução costuma apresentar as ideias principais, o desenvolvimento as explora e a conclusão as retoma.
• Pergunte-se: "Qual a intenção do autor ao inserir esta informação?" Se a informação serve para explicar, exemplificar ou detalhar uma ideia anterior, provavelmente é secundária. Se ela introduz um novo aspecto ou argumento central, é principal.
• Distinga entre generalizações e especificações: Ideias gerais e abrangentes tendem a ser principais, enquanto exemplos específicos e detalhes são secundários.
• Use marcadores textuais: Conectivos como "por exemplo", "em outras palavras", "ou seja", "além disso" geralmente introduzem informações secundárias que exemplificam ou adicionam detalhes à ideia principal. Conectivos como "portanto", "assim", "desse modo" costumam indicar conclusões ou consequências das ideias principais.
• Faça um esquema ou mapa mental: Representar visualmente a estrutura do texto, com as ideias principais no centro e as secundárias ao redor, pode ajudar a visualizar a hierarquia das informações.
Texto: "A prática regular de exercícios físicos traz inúmeros benefícios para a saúde. Por exemplo, correr diariamente por 30 minutos fortalece o sistema cardiovascular, prevenindo doenças como infarto e AVC. Além disso, a atividade física libera endorfinas, substâncias responsáveis pela sensação de bem-estar, combatendo o estresse e a ansiedade. Estudos recentes também mostram que exercitar-se regularmente melhora a qualidade do sono e fortalece o sistema imunológico, tornando o organismo mais resistente a infecções."
• Informação Principal:
"A prática regular de exercícios físicos traz inúmeros benefícios para a saúde."
• Informações Secundárias:
"correr diariamente por 30 minutos fortalece o sistema cardiovascular, prevenindo doenças como infarto e AVC." (Exemplo)
"a atividade física libera endorfinas, substâncias responsáveis pela sensação de bem-estar, combatendo o estresse e a ansiedade." (Explicação e detalhamento)
"Estudos recentes também mostram que exercitar-se regularmente melhora a qualidade do sono e fortalece o sistema imunológico, tornando o organismo mais resistente a infecções." (Evidência e detalhamento)
Narrativa e Conflito: Desvendando a Trama (D10)
Em textos narrativos, o conflito é o motor da história, o problema que os personagens precisam enfrentar. O descritor D10 avalia sua capacidade de identificar esse conflito e relacioná-lo aos elementos da narrativa: personagens (quem participa da história), espaço (onde a história se passa), tempo (quando a história acontece), narrador (quem conta a história) e enredo (a sequência dos acontecimentos).
Em "Dom Casmurro", de Machado de Assis, o conflito central é o ciúme de Bentinho e a suspeita de traição de Capitu.
Por que é importante?
Identificar o conflito e os elementos da narrativa é crucial para:
• Compreensão global da história: Permite entender a mensagem central e as intenções do autor.
• Análise crítica: Facilita a interpretação dos significados implícitos e a avaliação da construção da narrativa.
• Apreciação estética: Enriquece a experiência de leitura, permitindo uma imersão mais profunda na história.
• Produção textual: Auxilia na criação de narrativas coerentes e envolventes.
#FICAADICA
• Identifique a situação inicial: Como a história começa? Quais são as circunstâncias iniciais dos personagens?
• Procure o evento que quebra o equilíbrio inicial: Algo acontece que perturba a ordem e gera o conflito.
• Pergunte-se: "Qual o problema que os personagens precisam resolver?" A resposta a essa pergunta geralmente revela o conflito gerador.
• Analise as ações e reações dos personagens: Como eles reagem ao conflito? Suas ações impulsionam o enredo e levam ao clímax e ao desfecho.
• Observe o espaço e o tempo: Como o ambiente e a época influenciam o conflito e as ações dos personagens?
• Considere o tipo de narrador: A perspectiva do narrador influencia a forma como o conflito é apresentado.
• Esquematize o enredo: Identifique a introdução, o desenvolvimento, o clímax e o desfecho para entender a progressão do conflito.
• Relacione o conflito com a temática da obra: O conflito geralmente está ligado a temas mais amplos abordados na narrativa.
Em "Dom Casmurro", de Machado de Assis, o conflito gerador é o ciúme de Bentinho e sua suspeita de traição por parte de Capitu.
Personagens: Bentinho, Capitu, José Dias, Escobar.
Espaço: Rio de Janeiro do século XIX.
Tempo: Passado, com retrospectivas e memórias do narrador.
Narrador: Em primeira pessoa, Bentinho.
Enredo: A história da vida de Bentinho, desde a infância até a velhice, marcada pela obsessão com a suposta traição de Capitu.
Causa e Consequência: Entendendo as Relações (D11)
Muitas vezes, os textos estabelecem relações de causa e consequência entre eventos ou ações. O descritor D11 avalia sua capacidade de identificar essas relações, compreendendo como um fato leva a outro.
Palavras como "porque", "devido a", "consequentemente", "portanto" geralmente indicam essas relações.
"Aumento do desmatamento na Amazônia causa o aumento do efeito estufa."
Por que é importante?
Compreender as relações de causa e consequência é crucial para:
• Compreensão profunda do texto: Permite entender a lógica dos acontecimentos e a motivação das ações dos personagens.
• Interpretação contextualizada: Ajuda a interpretar o sentido global do texto, evitando interpretações superficiais ou equivocadas.
• Análise crítica: Facilita a avaliação da argumentação do autor, identificando as relações lógicas entre as ideias apresentadas.
• Previsão de desdobramentos: Permite antecipar possíveis consequências a partir das causas apresentadas no texto.
• Resolução de problemas: Em textos que descrevem problemas e soluções, a compreensão da relação causa-consequência é essencial para identificar as causas do problema e avaliar a eficácia das soluções propostas.
#FICAADICA
• Procure palavras-chave que indicam causalidade: Conjunções e locuções conjuntivas como "porque", "pois", "já que", "visto que", "devido a", "em consequência de", "por isso", "portanto", "logo", "consequentemente" são fortes indicadores de relações de causa e consequência.
• Identifique a ordem dos eventos: A causa geralmente precede a consequência, mas nem sempre. Fique atento à ordem em que os eventos são apresentados no texto.
• Pergunte-se: "Por que isso aconteceu?" A resposta a essa pergunta geralmente revela a causa.
• Pergunte-se: "Qual foi o resultado disso?" A resposta a essa pergunta geralmente revela a consequência.
• Analise o contexto: O contexto pode fornecer pistas importantes sobre as relações de causa e consequência.
• Cuidado com as falsas relações de causalidade: Nem sempre a sequência temporal indica uma relação de causa e consequência. Às vezes, dois eventos ocorrem em sequência, mas não há uma ligação causal entre eles.
• Esquematize as relações: Se o texto apresentar várias relações de causa e consequência, pode ser útil esquematizá-las para melhor compreensão.
"Choveu forte e, por isso, as ruas ficaram alagadas." (Causa: chover forte; Consequência: ruas alagadas)
"Como estava doente, João não foi à escola." (Causa: estar doente; Consequência: não ir à escola)
"O aumento do desemprego resultou em um crescimento da criminalidade." (Causa: aumento do desemprego; Consequência: crescimento da criminalidade)
"A falta de investimento em educação básica tem como consequência a baixa qualidade do ensino." (Causa: falta de investimento em educação básica; Consequência: baixa qualidade do ensino)
Conectivos Lógico-Discursivos: Tecendo a Argumentação (D15)
As palavras e expressões que ligam as ideias em um texto são chamadas de conectivos lógico-discursivos. Elas estabelecem diversas relações lógicas, como adição ("e", "além disso"), oposição ("mas", "entretanto"), conclusão ("portanto", "logo"), explicação ("porque", "pois"), entre outras.
O descritor D15 avalia sua habilidade de identificar essas relações e compreender como elas contribuem para a coesão e a progressão argumentativa.
"Estudou muito, portanto, obteve um bom resultado." (O conectivo "portanto" indica uma relação de conclusão).
Por que é importante?
Compreender as relações lógico-discursivas é fundamental para:
• Compreensão global do texto: Permite entender a progressão das ideias e a intenção do autor.
• Interpretação precisa: Evita interpretações equivocadas decorrentes da leitura isolada de trechos.
• Análise crítica: Auxilia na avaliação da coerência e da consistência argumentativa do texto.
• Produção textual: Contribui para a escrita de textos coesos e claros.
#FICAADICA
• Identifique os conectivos: Sublinhe ou destaque as conjunções, advérbios, locuções conjuntivas e preposições presentes no texto.
• Analise o contexto: O contexto ajuda a determinar o sentido exato do conectivo e a relação lógica que ele estabelece. Um mesmo conectivo pode ter diferentes significados dependendo do contexto.
• Pergunte-se: "Qual a relação entre as ideias ligadas por este conectivo?" A resposta a essa pergunta revela a relação lógico-discursiva.
• Substitua o conectivo por um sinônimo: Se a substituição mantiver o sentido original, você compreendeu a relação lógica.
• Observe a pontuação: A pontuação, em conjunto com os conectivos, contribui para a coesão e a clareza do texto.
• Cuidado com as "pegadinhas": Algumas palavras podem ter diferentes funções gramaticais dependendo do contexto. Por exemplo, "como" pode ser uma conjunção comparativa ("Ele corre tão rápido como um atleta") ou uma conjunção causal ("Como choveu muito, a rua alagou").
"Estudou muito, portanto, foi aprovado." (Conclusão)
"Não foi à festa, porque estava doente." (Explicação/Causa)
"Trabalha arduamente, mas não recebe o reconhecimento devido." (Oposição)
"Embora estivesse cansado, continuou trabalhando." (Concessão - tipo de oposição)
"Chegou quando a festa já havia começado." (Tempo)
"Preciso estudar mais para passar no vestibular." (Finalidade)
Compreender esses descritores é fundamental para aprimorar sua leitura e interpretação textual. Lembrem-se: a prática constante e a análise atenta dos textos são as chaves para o sucesso.
Continuem acompanhando nossas aulas e bons estudos!
Aula 3 - Relação entre Textos VOLTAR [INÍCIO] Aula 5 - Relações entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido
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Prof Nelson Jr
12 de jan. de 2025
In PAAEB - 3º ano EM
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso preparatório. Hoje, vamos mergulhar no descritor D21: “Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema”. Dominar essa habilidade é crucial não só para as avaliações, mas também para desenvolver um pensamento crítico e analítico essencial para a vida.
O que significa o D21?
Em essência, o D21 avalia sua capacidade de identificar diferentes perspectivas sobre um mesmo assunto. Imagine uma notícia sobre a legalização de um novo medicamento: um médico pode enfatizar os benefícios para certos pacientes, enquanto um especialista em saúde pública pode alertar para os possíveis efeitos colaterais em larga escala. Ambos estão falando sobre o mesmo medicamento, mas com pontos de vista distintos.
Por que essa habilidade é importante?
No mundo atual, somos bombardeados por informações de diversas fontes. Nem sempre essas informações convergem para uma única verdade. Aprender a reconhecer diferentes opiniões nos permite:
• Compreender a complexidade dos temas: A maioria dos assuntos relevantes não possui uma resposta simples. Reconhecer diferentes perspectivas nos ajuda a entender as nuances e aprofundar a compreensão.
• Desenvolver o pensamento crítico: Ao analisar diferentes opiniões, questionamos argumentos, identificamos vieses e formamos nossas próprias conclusões embasadas.
• Argumentar de forma eficaz: Conhecer diferentes pontos de vista nos permite construir argumentos mais sólidos, considerando contra-argumentos e fortalecendo nossa posição.
• Evitar a manipulação: Ao reconhecer diferentes opiniões, ficamos menos suscetíveis a informações tendenciosas ou incompletas.
Como identificar posições distintas na prática?
Para dominar o D21, é necessário desenvolver algumas estratégias:
1. Leitura atenta: Leia os textos com atenção, buscando identificar a tese principal de cada autor. Qual é o ponto de vista central que ele defende?
2. Identificação de argumentos: Analise os argumentos utilizados por cada autor para sustentar sua opinião. Quais evidências, exemplos ou dados eles apresentam?
3. Comparação e contraste: Compare os diferentes pontos de vista, buscando identificar as semelhanças e, principalmente, as diferenças entre eles. Onde eles concordam? Onde eles divergem?
4. Identificação de palavras-chave: Preste atenção em palavras ou expressões que indicam o posicionamento do autor, como “concordo”, “discordo”, “entretanto”, “por outro lado”, “em contrapartida”.
5. Contextualização: Considere o contexto em que cada opinião é expressa. Quem é o autor? Qual é sua formação ou área de atuação? Qual é o objetivo do texto?
Vamos analisar duas manchetes sobre o uso de redes sociais por adolescentes:
• Manchete 1: “Redes sociais: ferramenta essencial para o desenvolvimento social dos adolescentes.”
• Manchete 2: “Uso excessivo de redes sociais prejudica a saúde mental dos jovens.”
Ambas as manchetes tratam do mesmo tema: o uso de redes sociais por adolescentes. No entanto, elas apresentam opiniões distintas. A primeira enfatiza os benefícios sociais, enquanto a segunda destaca os malefícios para a saúde mental.
O D21 é uma habilidade fundamental para a formação de cidadãos críticos e informados. Ao dominar essa competência, vocês estarão aptos a analisar informações de forma mais profunda, construir argumentos sólidos e compreender a complexidade do mundo que nos cerca. Lembrem-se: a prática leva à perfeição. Continuem praticando a análise de diferentes opiniões e vocês estarão cada vez mais preparados para os desafios que virão.
PRATIQUE!
A Inteligência Artificial Generativa e o Futuro do Trabalho
A inteligência artificial generativa (IAG), com sua capacidade de criar textos, imagens, códigos e outros conteúdos, tem gerado um intenso debate sobre seu impacto no mercado de trabalho. De um lado, há otimistas que veem a IAG como uma ferramenta de potencialização humana, capaz de automatizar tarefas repetitivas e liberar os trabalhadores para atividades mais criativas e estratégicas. De outro, paira a preocupação com a substituição de postos de trabalho, principalmente aqueles que envolvem tarefas rotineiras e previsíveis.
Um estudo recente da consultoria McKinsey sugere que a IAG poderia automatizar até 30% das horas de trabalho atuais em diversas profissões, desde atendimento ao cliente até redação e programação. Os defensores dessa perspectiva argumentam que essa automação levará a um aumento da produtividade e a criação de novas oportunidades em áreas como desenvolvimento e manutenção de IA, além de demandar novas habilidades dos trabalhadores. Eles enfatizam a necessidade de requalificação profissional e investimento em educação para preparar a força de trabalho para essa nova realidade.
Em contrapartida, críticos como o professor de economia David Autor, do MIT, alertam para a possibilidade de um aumento do desemprego estrutural, especialmente entre trabalhadores menos qualificados. Autor argumenta que, embora a tecnologia sempre tenha transformado o mercado de trabalho, a velocidade e a abrangência da IAG representam um desafio sem precedentes. Ele defende a necessidade de políticas públicas que protejam os trabalhadores vulneráveis e garantam uma transição justa para essa nova era. Essa perspectiva destaca a importância de se considerar os impactos sociais da IAG, como o aumento da desigualdade e a necessidade de repensar o modelo de trabalho.
Portanto, a questão central não é se a IAG terá um impacto no trabalho, mas sim qual será a natureza desse impacto e como a sociedade se adaptará a ele. Compreender as diferentes perspectivas sobre o tema é crucial para formular políticas públicas eficazes e preparar os trabalhadores para o futuro.
Questão 1. Qual o principal tema abordado no texto?
a) Os avanços tecnológicos na área da saúde.
b) O impacto da inteligência artificial generativa no mercado de trabalho.
c) A importância da educação para o desenvolvimento social.
d) As políticas públicas para o combate ao desemprego.
e) A história da inteligência artificial.
Questão 2. Qual a principal diferença entre a perspectiva dos otimistas e a dos críticos em relação à IAG?
a) Os otimistas acreditam que a IAG não terá impacto no mercado de trabalho, enquanto os críticos acreditam que terá um impacto positivo.
b) Os otimistas acreditam que a IAG criará mais empregos do que destruirá, enquanto os críticos temem o aumento do desemprego.
c) Os otimistas defendem a regulamentação da IAG, enquanto os críticos são contra qualquer tipo de regulamentação.
d) Os otimistas focam nos benefícios econômicos da IAG, enquanto os críticos focam nos benefícios sociais.
e) Os otimistas acreditam que a IAG substituirá completamente o trabalho humano, enquanto os críticos acreditam que ela apenas auxiliará os trabalhadores.
Questão 3. Segundo o estudo da McKinsey, qual a porcentagem estimada de horas de trabalho que a IAG poderia automatizar?
a) 10%
b) 20%
c) 30%
d) 40%
e) 50%
Questão 4. Qual a principal preocupação do professor David Autor em relação à IAG?
a) A falta de investimento em tecnologia.
b) A lentidão no desenvolvimento da IA.
c) O aumento do desemprego estrutural, principalmente entre trabalhadores menos qualificados.
d) A falta de regulamentação da IA.
e) O uso da IA para fins militares.
Questão 5. Qual a principal estratégia para dominar o descritor D21, segundo o texto base da aula?
a) Memorizar conceitos técnicos sobre inteligência artificial.
b) Ler textos rapidamente, buscando apenas informações superficiais.
c) Ignorar o contexto em que as opiniões são expressas.
d) Ler atentamente, identificar argumentos, comparar pontos de vista e contextualizar as informações.
e) Acreditar em apenas uma fonte de informação.
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12 de jan. de 2025
In PAAEB - 3º ano EM
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso preparatório. Hoje, vamos mergulhar no descritor D20, uma habilidade crucial para a interpretação textual e que frequentemente aparece em avaliações como o ENEM. O D20 nos convida a reconhecer as diferentes formas de tratar uma mesma informação quando comparamos textos que abordam o mesmo tema. Preparem-se para uma análise aprofundada!
O que significa "tratar uma informação"?
Quando falamos em "tratar uma informação", não estamos nos referindo a opiniões divergentes sobre um assunto, mas sim à maneira como essa informação é apresentada, organizada e direcionada ao leitor. Imagine a seguinte situação: você precisa informar sobre a importância da reciclagem. Você pode fazer isso escrevendo um artigo científico denso, repleto de dados e estatísticas, ou criar um infográfico colorido e didático para redes sociais. A informação central é a mesma (a importância da reciclagem), mas a forma de tratá-la é completamente diferente.
Fatores que influenciam o tratamento da informação:
Diversos fatores contribuem para a variação no tratamento da informação. Os principais são:
• Condições de produção: O contexto histórico, social, político e cultural em que um texto é produzido exerce forte influência sobre a forma como a informação é apresentada. Um texto sobre a Revolução Francesa escrito durante o período revolucionário terá características distintas de um texto sobre o mesmo tema escrito nos dias atuais.
• Público-alvo: O público para o qual o texto se destina determina a linguagem, o nível de detalhamento e o formato da apresentação. Um texto acadêmico sobre física quântica utilizará uma linguagem técnica e complexa, enquanto uma reportagem sobre o mesmo tema para um jornal popular buscará simplificar os conceitos e utilizar uma linguagem mais acessível.
• Intenção comunicativa: O objetivo do autor ao produzir o texto também influencia o tratamento da informação. Um texto publicitário buscará persuadir o leitor a consumir um produto, enquanto um texto informativo terá como objetivo principal transmitir conhecimento.
• Gênero textual: O gênero textual escolhido (notícia, artigo de opinião, poema, etc.) define as características formais e estilísticas do texto, o que também afeta o tratamento da informação. Uma notícia priorizará a objetividade e a concisão, enquanto um artigo de opinião permitirá uma maior subjetividade e argumentação.
Vamos analisar dois exemplos práticos para entender melhor como o D20 funciona na prática:
Exemplo 1: A Gripe Espanhola
• Texto 1: Um artigo científico publicado em uma revista médica em 1918, descrevendo os sintomas da gripe espanhola com linguagem técnica e detalhada, focando em dados epidemiológicos e análises clínicas.
• Texto 2: Uma reportagem em um site de notícias atual sobre a gripe espanhola, utilizando uma linguagem mais acessível, com infográficos e depoimentos de historiadores, buscando relacionar o evento passado com pandemias atuais.
Ambos os textos tratam do mesmo tema (a gripe espanhola), mas o fazem de maneiras distintas. O primeiro texto, produzido na época da pandemia, foca nos aspectos científicos e técnicos, direcionando-se a um público especializado. O segundo texto, produzido nos dias atuais, busca contextualizar o evento para um público amplo, utilizando uma linguagem mais acessível e recursos visuais.
Exemplo 2: A Abolição da Escravatura no Brasil
• Texto 1: Um trecho de um livro de história escrito por um abolicionista no século XIX, exaltando a luta contra a escravidão e criticando o sistema escravista.
• Texto 2: Um verbete de uma enciclopédia contemporânea sobre a abolição da escravatura, apresentando um panorama histórico objetivo, com datas, leis e personagens relevantes.
Aqui, novamente, o tema é o mesmo (a abolição da escravatura no Brasil), mas o tratamento da informação difere. O primeiro texto, produzido por um ator social envolvido na causa abolicionista, apresenta uma perspectiva engajada e apaixonada. O segundo texto, com o objetivo de informar de forma concisa e objetiva, adota uma postura mais neutra e informativa.
Compreender o D20 é fundamental para desenvolver uma leitura crítica e aprofundada. Ao comparar textos, não basta identificar o tema em comum; é essencial analisar como a informação é tratada em cada um deles, levando em consideração o contexto de produção, o público-alvo, a intenção comunicativa e o gênero textual. Dominar essa habilidade te ajudará a interpretar textos de forma mais completa e a se sair bem em avaliações e na vida acadêmica. Continue praticando e explorando diferentes textos!
PRATIQUE!
O Impacto Digital: Como as Redes Sociais Moldam a Saúde Mental da Juventude
O debate sobre a influência das redes sociais na saúde mental dos jovens tem ganhado força nos últimos anos. Se, por um lado, essas plataformas oferecem oportunidades de conexão, aprendizado e expressão, por outro, especialistas alertam para os potenciais efeitos negativos, como ansiedade, depressão e baixa autoestima.
Um estudo recente da Universidade X, publicado na revista científica "Psicologia Conectada", analisou dados de milhares de jovens entre 13 e 18 anos. A pesquisa revelou uma correlação significativa entre o tempo gasto em redes sociais e o aumento de sintomas depressivos, especialmente entre meninas. Os pesquisadores apontam para a cultura de comparação constante, a busca por validação externa por meio de curtidas e comentários, e a exposição a conteúdos idealizados como fatores contribuintes para esse quadro. A linguagem utilizada no artigo é técnica, com dados estatísticos e referências a outras pesquisas da área.
Em contrapartida, uma série de posts no Instagram da influenciadora digital @SaudeMentalJovem aborda o mesmo tema de forma mais leve e acessível. Com ilustrações coloridas e linguagem informal, os posts oferecem dicas práticas para lidar com a pressão das redes sociais, como limitar o tempo de uso, praticar o autocuidado e buscar apoio profissional. A intenção é atingir um público amplo, utilizando uma linguagem direta e exemplos do cotidiano dos jovens. A influenciadora também compartilha experiências pessoais e abre espaço para o diálogo nos comentários.
É evidente que o tratamento da informação varia de acordo com o contexto e o público-alvo. Enquanto o estudo científico busca aprofundar o conhecimento sobre o tema com rigor metodológico, a influenciadora digital busca conscientizar e oferecer ferramentas práticas para o público jovem, utilizando uma linguagem mais próxima e informal. Ambos os formatos são importantes para abordar a complexidade da relação entre redes sociais e saúde mental, cada um a seu modo.
Questão 1. Qual a principal diferença entre o estudo científico e os posts da influenciadora digital no tratamento da informação sobre a influência das redes sociais na saúde mental?
a) O estudo científico foca nos aspectos positivos das redes sociais, enquanto a influenciadora digital aborda apenas os negativos.
b) O estudo científico utiliza linguagem técnica e dados estatísticos, enquanto a influenciadora digital utiliza linguagem informal e exemplos práticos.
c) O estudo científico é destinado a um público jovem, enquanto a influenciadora digital se dirige a um público acadêmico.
d) O estudo científico busca persuadir o leitor a abandonar as redes sociais, enquanto a influenciadora digital busca promover o consumo de produtos relacionados à saúde mental.
e) Não há diferença significativa no tratamento da informação entre os dois formatos.
Questão 2. Qual fator influencia a escolha da linguagem e do formato de apresentação da informação nos dois textos?
a) A condição climática do local de produção dos textos.
b) O gênero musical preferido pelos autores.
c) O público-alvo a que se destinam os textos.
d) A data de publicação dos textos.
e) A cor da capa dos livros em que os textos foram publicados.
Questão 3. Qual a intenção comunicativa predominante em cada um dos textos?
a) Ambos os textos têm a intenção de vender produtos relacionados à saúde mental.
b) O estudo científico tem a intenção de informar com rigor científico, enquanto a influenciadora digital busca conscientizar e oferecer dicas práticas.
c) Ambos os textos têm a intenção de entreter o leitor com histórias engraçadas sobre o uso das redes sociais.
d) O estudo científico tem a intenção de criticar o trabalho da influenciadora digital, enquanto ela busca defender o uso das redes sociais.
e) Ambos os textos têm a intenção de proibir o uso das redes sociais por jovens.
Questão 4. O gênero textual escolhido influencia o tratamento da informação?
a) Não, o gênero textual não tem nenhuma influência sobre o tratamento da informação.
b) Sim, o gênero textual define as características formais e estilísticas do texto, o que afeta o tratamento da informação. No caso, um artigo científico exige maior formalidade e rigor que posts de redes sociais.
c) Apenas em alguns casos específicos, quando o autor decide conscientemente utilizar um gênero textual diferente.
d) O gênero textual influencia apenas a extensão do texto, não a forma como a informação é apresentada.
e) O gênero textual influencia apenas a escolha do título do texto.
Questão 5. Qual dos seguintes exemplos se assemelha à diferença de tratamento da informação apresentada nos textos sobre a influência das redes sociais na saúde mental?
a) Dois artigos científicos sobre a fotossíntese, ambos utilizando linguagem técnica e dados experimentais.
b) Duas notícias sobre um mesmo acidente de carro, ambas priorizando a objetividade e a concisão.
c) Um poema sobre a natureza e uma reportagem sobre o desmatamento na Amazônia.
d) Uma bula de remédio com linguagem técnica e um anúncio publicitário do mesmo remédio com linguagem mais acessível.
e) Dois editoriais de jornais diferentes com opiniões divergentes sobre um mesmo tema político.
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D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido: Essa habilidade se concentra em como a mesma informação pode ser apresentada de maneiras diferentes, dependendo do contexto de produção e do público-alvo. Em outras palavras, o foco está na forma como a informação é tratada, e não necessariamente em opiniões divergentes sobre ela.
D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema: Essa habilidade se concentra em identificar opiniões divergentes sobre um mesmo fato ou tema. O foco está na identificação de diferentes pontos de vista, argumentos e posicionamentos.
Sejam bem-vindos a mais uma aula preparatória. Hoje, vamos mergulhar em duas habilidades cruciais para a interpretação textual e o desenvolvimento do pensamento crítico: D20 e D21. Ambas abordam a análise de informações, mas com focos distintos. Compreender essa diferença é fundamental para o sucesso nas avaliações e para a formação de cidadãos críticos e informados.
D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.
O D20 nos convida a observar como uma mesma informação pode ser apresentada de maneiras diversas. Não estamos falando de opiniões diferentes sobre um assunto, mas sim de como a informação é “embalada” e apresentada, considerando o contexto em que foi produzida e para quem se destina.
Imagine, por exemplo, a notícia de um novo tratamento para uma doença. Um artigo científico, destinado a médicos e pesquisadores, apresentará a informação com linguagem técnica, dados estatísticos complexos, detalhes sobre a metodologia da pesquisa e referências bibliográficas. Já uma reportagem em um jornal popular, destinada ao público em geral, trará a mesma informação com linguagem mais acessível, evitando jargões técnicos, com foco nos benefícios práticos do tratamento e, possivelmente, com depoimentos de pacientes.
Ambos os textos tratam do mesmo tema (o novo tratamento), mas a forma de apresentar a informação é completamente diferente, adaptada ao seu público e ao seu propósito comunicativo. Fatores como o gênero textual (artigo científico, reportagem, editorial, etc.), o veículo de comunicação (revista científica, jornal, blog, etc.) e o contexto histórico e social da produção também influenciam a forma como a informação é tratada.
Para identificar o D20 na prática, devemos nos perguntar:
• Qual é o gênero textual? (Notícia, artigo científico, poema, etc.)
• Qual é o público-alvo? (Especialistas, público geral, crianças, etc.)
• Qual é o objetivo do autor? (Informar, persuadir, entreter, etc.)
• Que tipo de linguagem é utilizada? (Formal, informal, técnica, etc.)
• Como a informação é organizada e estruturada? (Cronológica, temática, comparativa, etc.)
D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.
O D21, por outro lado, foca nas divergências de opinião sobre um mesmo fato ou tema. Aqui, o que importa são os diferentes pontos de vista, argumentos e posicionamentos que existem sobre um determinado assunto.
Tomemos como exemplo o debate sobre a legalização do aborto. Há argumentos a favor, baseados na autonomia da mulher sobre o próprio corpo e na saúde pública, e argumentos contrários, baseados em convicções religiosas e na defesa da vida desde a concepção. Ambos os lados debatem o mesmo tema (o aborto), mas com perspectivas e argumentos opostos.
Para identificar o D21 na prática, devemos nos perguntar:
• Quais são os diferentes pontos de vista apresentados?
• Quais são os argumentos que sustentam cada ponto de vista?
• Existem contradições ou inconsistências nos argumentos apresentados?
• Qual é a posição do autor em relação ao tema?
A Diferença Crucial entre D20 e D21:
A principal diferença entre D20 e D21 reside no foco: o D20 se concentra na forma como a informação é tratada e apresentada, enquanto o D21 se concentra nas diferentes opiniões e posicionamentos sobre um mesmo tema. No D20, a informação em si é a mesma, o que muda é a sua apresentação. No D21, a informação pode até ser a mesma, mas as interpretações e os juízos de valor sobre ela são diferentes.
Imagine dois textos sobre a importância da vacinação.
Texto 1
Um infográfico em uma campanha do Ministério da Saúde, com linguagem simples, imagens ilustrativas e dados sobre a eficácia das vacinas na prevenção de doenças. (Foco no D20 – tratamento da informação para um público leigo).
Texto 2
Estudo falso
A desinformação surgiu de um estudo publicado em 1998 e amplamente desmentido pela comunidade científica. O documento, publicado na revista científica The Lancet pelo médico britânico Andrew Wakefield, incluiu 12 crianças que apresentaram sinais de autismo e inflamação intestinal grave, sendo que 11 delas supostamente haviam tomado a vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola), pois tinham vestígios do vírus do sarampo no organismo.
O médico utilizou dados falsos e contrariou todos os princípios básicos da pesquisa científica para defender a teoria. O resultado do conteúdo falso? A queda da cobertura vacinal e o surgimento de movimentos antivacinas em diferentes partes do mundo, que conquistam adeptos até hoje.
Além das falhas metodológicas graves, foi comprovado conflitos de interesse do autor. O fato é que não havia vírus do sarampo nas amostras de nenhuma das crianças analisadas e foi descoberto, ainda, que o pesquisador tinha encaminhado um pedido de patente para um novo imunizante contra o sarampo, que concorreria com a tríplice viral.
Além disso, Wakefield havia sido contratado por advogados para produzir dados contra a vacina, para que eles pudessem ganhar dinheiro processando os fabricantes do produto. A verdade foi revelada em 2004 pelo jornalista investigativo Brian Deer, em reportagem no The Sunday Times.
Em 2010, Wakefield foi julgado como inapto para o exercício da profissão pelo Conselho Geral de Medicina do Reino Unido, que apontou a conduta como "irresponsável", "antiética" e "enganosa". Outro médico envolvido na pesquisa, John Walker-Smith, também perdeu a licença. Na época, a própria revista The Lancet fez uma retratação e reiterou que as conclusões do estudo eram falsas.
Desde então, numerosos estudos e revisões científicas rigorosas foram realizados em todo o mundo, chegando à mesma conclusão: não há evidência de que vacinas causem autismo.
Em relação especificamente às vacinas tríplice viral (MMR) e covid-19, diversas pesquisas têm sido realizadas para investigar qualquer possível associação com o TEA. Nenhum estudo até o momento demonstrou uma conexão entre essas vacinas e o desenvolvimento do transtorno.
Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-com-ciencia/noticias/2024/abril/nao-existe-nenhuma-relacao-entre-vacinas-e-autismo
Um trecho de um artigo de um grupo antivacinas, alegando que as vacinas causam autismo e outros problemas de saúde, com argumentos pseudocientíficos e informações distorcidas. (Foco no D21 – opinião divergente sobre o tema da vacinação).
Dominar as habilidades D20 e D21 é essencial para a leitura crítica e a compreensão do mundo que nos cerca. Ao diferenciá-las, somos capazes de analisar textos com maior profundidade, identificando as estratégias de produção textual e as diferentes perspectivas sobre um mesmo tema.
Lembrem-se: o D20 nos ensina a observar como a informação é apresentada, enquanto o D21 nos ensina a reconhecer o que se pensa sobre ela.
Aula 2 - Implicações do Suporte, VOLTAR [INÍCIO] Aula 4 - Coerência e Coesão no
do Enunciador o Gênero e/ou Processamento
na Compreensão do Texto do Texto
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Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso preparatório. Hoje, vamos mergulhar em um descritor crucial para o desenvolvimento da proficiência em leitura: o D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. Compreender a finalidade de um texto é como descobrir a chave que abre a porta para a sua total compreensão. Vamos explorar esse conceito de forma técnica e aprofundada.
O que significa "finalidade" de um texto?
A finalidade de um texto se refere à sua intenção comunicativa, ou seja, o objetivo que o autor busca alcançar ao produzi-lo. Cada texto é criado com um propósito específico, que pode variar desde informar e explicar um determinado assunto até persuadir o leitor a adotar um ponto de vista ou simplesmente entreter. Identificar essa finalidade é essencial para interpretar corretamente a mensagem transmitida.
Gêneros Textuais e suas Finalidades:
Os gêneros textuais, como sabemos, são as diferentes formas de organização dos textos, caracterizadas por suas funções sociais e características estruturais e linguísticas. Cada gênero textual possui uma finalidade predominante, embora um mesmo texto possa apresentar mais de uma finalidade. Vejamos alguns exemplos:
• Notícia: A finalidade principal de uma notícia é informar o leitor sobre um fato relevante, utilizando uma linguagem objetiva e impessoal.
• Artigo de opinião: Tem como objetivo apresentar o ponto de vista do autor sobre um determinado tema, buscando persuadir o leitor a concordar com sua argumentação.
• Poema: Busca expressar sentimentos, emoções e reflexões por meio de uma linguagem conotativa e recursos estilísticos como metáforas, rimas e ritmo.
• Manual de instruções: Tem a finalidade de orientar o leitor sobre como realizar uma determinada ação, utilizando uma linguagem clara e precisa, com verbos no imperativo.
• Propaganda: Visa persuadir o consumidor a adquirir um produto ou serviço, utilizando uma linguagem persuasiva e recursos como imagens e slogans.
• Conto: Tem a finalidade de narrar uma história ficcional, com personagens, enredo, tempo e espaço definidos, buscando entreter o leitor.
• Carta pessoal: Tem como objetivo estabelecer uma comunicação entre o remetente e o destinatário, abordando assuntos pessoais e utilizando uma linguagem informal.
Como identificar a finalidade de um texto?
Para identificar a finalidade de um texto, é necessário analisar diversos aspectos, como:
• O gênero textual: O gênero textual ao qual o texto pertence já nos dá pistas sobre sua finalidade.
• O contexto de produção: As circunstâncias em que o texto foi produzido, como o autor, o veículo de comunicação e o público-alvo, influenciam sua finalidade.
• A linguagem utilizada: A escolha das palavras, o uso de figuras de linguagem e o tom do texto revelam a intenção do autor.
• A estrutura do texto: A forma como o texto está organizado, como a presença de introdução, desenvolvimento e conclusão, também contribui para identificar sua finalidade.
Vamos analisar um trecho de um artigo de opinião:
"A redução da maioridade penal é uma medida ineficaz para combater a criminalidade. Estudos comprovam que o encarceramento precoce aumenta a reincidência e não resolve as causas profundas da violência. Investir em educação e políticas públicas de inclusão social é o caminho mais eficaz para construir uma sociedade mais segura."
Neste trecho, podemos identificar claramente a finalidade de argumentar contra a redução da maioridade penal, utilizando dados e argumentos para convencer o leitor.
O descritor D12 é fundamental para o sucesso no ENEM e em outros vestibulares, pois a interpretação de textos é uma habilidade central nessas avaliações. Dominar a identificação da finalidade dos textos permite ao aluno compreender as questões de forma mais profunda e responder com mais precisão.
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A Influência das Redes Sociais na Saúde Mental dos Jovens
As redes sociais se tornaram onipresentes na vida dos jovens no século XXI. Plataformas como Instagram, TikTok e Twitter oferecem conexões instantâneas com amigos, familiares e o mundo, mas essa conectividade constante traz consigo uma série de impactos na saúde mental dessa parcela da população.
Estudos recentes têm demonstrado uma correlação entre o uso excessivo de redes sociais e o aumento de casos de ansiedade, depressão e baixa autoestima entre jovens. A constante exposição a imagens idealizadas de corpos perfeitos, vidas luxuosas e sucessos aparentemente fáceis pode gerar sentimentos de inadequação e comparação social prejudicial. A busca incessante por curtidas e comentários reforça a necessidade de validação externa, tornando os jovens vulneráveis a sentimentos de rejeição e isolamento quando essa validação não é atingida.
Além disso, o cyberbullying, prática de agressão e humilhação online, se intensificou com a popularização das redes sociais. A facilidade de anonimato e a rápida disseminação de conteúdo online amplificam o alcance e o impacto dessas agressões, causando danos psicológicos profundos nas vítimas.
Não se trata de demonizar as redes sociais, que também oferecem benefícios como a conexão com comunidades de interesse e o acesso a informações relevantes. A questão central é o uso consciente e equilibrado dessas ferramentas. É fundamental que jovens, pais e educadores estejam atentos aos sinais de sofrimento psicológico relacionados ao uso das redes sociais e busquem apoio profissional quando necessário. A promoção da educação digital e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais são cruciais para que os jovens possam navegar no mundo digital de forma saudável e segura.
Questão 1. Qual a principal finalidade do texto acima?
a) Narrar a história da criação das redes sociais.
b) Descrever os benefícios das redes sociais para a comunicação.
c) Informar e alertar sobre os impactos do uso excessivo de redes sociais na saúde mental dos jovens.
d) Persuadir os jovens a abandonarem o uso das redes sociais.
e) Comparar as diferentes plataformas de redes sociais.
Questão 2. O texto utiliza principalmente qual tipo de linguagem?
a) Conotativa, com muitas metáforas e figuras de linguagem.
b) Injuntiva, com verbos no imperativo e instruções claras.
c) Objetiva e denotativa, buscando apresentar informações e dados.
d) Humorística, com o objetivo de entreter o leitor. e) Emotiva, expressando sentimentos e opiniões pessoais do autor.
Questão 3. Qual recurso é utilizado no texto para sustentar a argumentação sobre os impactos negativos das redes sociais?
a) Apresentação de uma história ficcional.
b) Citação de estudos recentes.
c) Uso de rimas e versos.
d) Descrição detalhada de um produto.
e) Transcrição de uma conversa informal.
Questão 4. O público-alvo principal do texto provavelmente é:
a) Crianças em fase de alfabetização. b) Idosos com dificuldades de acesso à tecnologia.
c) Jovens, pais e educadores.
d) Cientistas e pesquisadores da área de tecnologia.
e) Empresários do ramo de redes sociais.
Questão 5. Qual a finalidade do último parágrafo do texto?
a) Criticar o uso das redes sociais.
b) Apresentar uma solução para o problema abordado.
c) Contar uma história sobre o cyberbullying.
d) Descrever as características das redes sociais.
e) Convencer o leitor a investir em tecnologia.
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Prof Nelson Jr
12 de jan. de 2025
In PAAEB - 3º ano EM
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso preparatório. Hoje, vamos mergulhar no universo da interpretação de textos que vão além das palavras escritas: o D5 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso. Este descritor é crucial para o desenvolvimento da sua capacidade de leitura e interpretação, preparando-os não só para os exames, mas também para a leitura crítica do mundo ao seu redor.
A Linguagem Híbrida: Verbal e Não Verbal
Vivemos em um mundo saturado de imagens. As mensagens que recebemos diariamente combinam, de forma complexa e sofisticada, a linguagem verbal (as palavras) e a linguagem não verbal (imagens, cores, formas, símbolos, etc.). Dominar a leitura dessa linguagem híbrida é essencial para a compreensão integral de qualquer texto. O D5 nos convida a explorar essa intersecção, compreendendo como os elementos gráficos complementam, reforçam, contradizem ou até mesmo substituem a escrita.
Decodificando os Elementos Gráficos
Para interpretar um texto com auxílio de material gráfico diverso, precisamos desenvolver um olhar atento para os seguintes elementos:
• Imagens e Ilustrações: Observe atentamente os detalhes: personagens, objetos, cenários, expressões faciais, posturas corporais. Pergunte-se: o que essa imagem representa? Qual a sua relação com o texto verbal? Ela ilustra o que está escrito ou acrescenta novas informações? Qual a intenção do autor ao escolher essa imagem específica?
• Cores: As cores possuem forte carga simbólica e emocional. Elas podem transmitir sensações, evocar sentimentos e reforçar a mensagem do texto. Por exemplo, o vermelho pode representar paixão, raiva ou perigo, enquanto o azul pode sugerir calma, tranquilidade ou confiança. Analise como as cores são utilizadas e qual o efeito que produzem no conjunto da obra.
• Tipografia: A forma como as letras são desenhadas (tipo, tamanho, espaçamento) também comunica. Letras grandes podem indicar ênfase, enquanto letras cursivas podem sugerir informalidade. A escolha da tipografia contribui para a construção do sentido do texto.
• Layout e Diagramação: A forma como os elementos são organizados na página (ou tela) influencia a leitura. A disposição dos textos e imagens, o uso de espaços em branco, a hierarquia visual, tudo isso contribui para a compreensão da mensagem.
• Gráficos e Tabelas: Esses recursos visuais apresentam dados de forma concisa e organizada, facilitando a compreensão de informações complexas. É fundamental saber ler e interpretar gráficos e tabelas, identificando as variáveis, as relações entre elas e as conclusões que podem ser extraídas.
• Fotografias: As fotografias, por sua natureza realista, podem trazer um forte impacto emocional e documental. Analise o enquadramento, a composição, a luz e a sombra, buscando identificar a intenção do fotógrafo e a mensagem que a imagem transmite.
• Charges e Quadrinhos: Esses gêneros textuais combinam humor e crítica, utilizando recursos gráficos como caricaturas, balões de fala e onomatopeias. A interpretação de charges e quadrinhos exige a compreensão da linguagem verbal e não verbal, além do conhecimento do contexto social e político em que foram produzidos.
• Propagandas: As propagandas utilizam uma linguagem persuasiva, combinando texto e imagem para influenciar o comportamento do consumidor. Analise os elementos visuais, as cores, os slogans e as estratégias de persuasão utilizadas.
Aplicando na Prática
Vamos analisar um exemplo prático: imagine uma propaganda de um carro novo. A imagem mostra o carro em uma estrada deserta, com uma paisagem exuberante ao fundo. O carro é apresentado em cores vibrantes, contrastando com o céu azul e as montanhas verdes. O slogan diz: "Liberte seus horizontes".
Nessa propaganda, a imagem da estrada deserta e da paisagem exuberante sugere liberdade e aventura. As cores vibrantes do carro destacam o produto e transmitem uma sensação de modernidade e sofisticação. O slogan reforça essa ideia de liberdade e convida o consumidor a explorar novos caminhos. A combinação da imagem e do texto cria uma mensagem poderosa que apela para o desejo de aventura e status do público-alvo.
Dicas Finais
• Contextualize: Leve em consideração o contexto em que o texto foi produzido. Conhecer o autor, o veículo de comunicação e o público-alvo pode ajudar na interpretação.
• Relacione: Busque a relação entre os elementos verbais e não verbais. Como eles se complementam? Eles reforçam a mesma ideia ou apresentam pontos de vista diferentes?
• Interprete, não apenas descreva: Não se limite a descrever o que você vê. Procure identificar a mensagem que o autor quis transmitir e o efeito que ele pretendeu causar no leitor.
Dominar o D5 é essencial para se tornar um leitor crítico e completo, capaz de compreender as múltiplas linguagens que nos cercam. Lembrem-se: a interpretação de textos com auxílio de material gráfico diverso é uma habilidade que se aprimora com a prática. Portanto, exercitem seus olhares, analisem diferentes tipos de textos e desvendem os códigos visuais que o mundo nos apresenta.
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A Ascensão dos Influenciadores Digitais: Um Novo Paradigma da Comunicação
A comunicação na era digital passou por transformações profundas. Se antes a televisão e o rádio detinham o monopólio da informação, hoje, as redes sociais e os influenciadores digitais emergem como novos atores nesse cenário. Esses indivíduos, com forte presença online, conquistaram a confiança de milhões de seguidores, tornando-se verdadeiros formadores de opinião e impulsionadores de tendências.
A ascensão dos influenciadores digitais representa um novo paradigma da comunicação, caracterizado pela linguagem híbrida, combinando texto, imagem e vídeo de forma dinâmica e interativa. As postagens, antes meros registros de momentos pessoais, transformaram-se em poderosas ferramentas de marketing e comunicação. A linguagem utilizada é, em geral, informal e direta, buscando uma aproximação com o público. As imagens, cuidadosamente selecionadas e editadas, desempenham um papel crucial na transmissão da mensagem, complementando e reforçando o conteúdo verbal.
Um exemplo claro dessa linguagem híbrida é a utilização de stories no Instagram. Neles, vídeos curtos, fotos e textos se misturam, criando uma narrativa envolvente. A tipografia utilizada varia, buscando destacar palavras-chave ou transmitir diferentes emoções. O uso de emojis e GIFs também contribui para a construção de uma linguagem mais expressiva e informal.
Além disso, a interação com o público é uma marca registrada dos influenciadores digitais. Comentários, likes e compartilhamentos criam um senso de comunidade e pertencimento, fortalecendo o vínculo entre o influenciador e seus seguidores. Essa interação direta possibilita um feedback instantâneo, permitindo aos influenciadores adaptarem seu conteúdo às preferências do público.
No entanto, é importante analisar criticamente o conteúdo produzido por esses influenciadores. A forte presença de publicidade e a busca por engajamento podem, por vezes, comprometer a veracidade e a qualidade da informação. É fundamental desenvolver um olhar crítico para identificar as intenções por trás das mensagens e separar o conteúdo informativo do conteúdo publicitário.
Questão 1. A reportagem aborda a transformação da comunicação na era digital, destacando a importância da linguagem híbrida. Qual das alternativas MELHOR define essa linguagem?
a) Apenas a comunicação escrita, presente em legendas e comentários.
b) A combinação de elementos verbais (texto) e não verbais (imagens, vídeos, cores, etc.).
c) Exclusivamente a comunicação visual, presente em fotos e vídeos.
d) A interação direta com o público por meio de comentários e likes.
e) O uso de tipografia específica para destacar palavras-chave.
Questão 2. Segundo o texto, qual o papel das imagens nas postagens dos influenciadores digitais?
a) Apenas ilustrar o conteúdo verbal, sem adicionar novas informações.
b) Substituir completamente o texto, tornando a comunicação mais visual.
c) Complementar e reforçar o conteúdo verbal, transmitindo emoções e informações adicionais.
d) Criar uma barreira entre o influenciador e seus seguidores, dificultando a interação.
e) Destacar a beleza estética do influenciador, sem relação com a mensagem transmitida.
Questão 3. O texto menciona o uso de stories no Instagram como exemplo de linguagem híbrida. Qual elemento NÃO contribui para essa característica?
a) Vídeos curtos.
b) Fotos.
c) Textos.
d) Interação com o público por mensagens privadas.
e) Uso de emojis e GIFs.
Questão 4. De acordo com a reportagem, qual a importância da interação com o público para os influenciadores digitais?
a) Aumentar o número de seguidores, visando apenas o lucro.
b) Criar um senso de comunidade e pertencimento, fortalecendo o vínculo com os seguidores.
c) Controlar a opinião pública, manipulando as informações.
d) Evitar críticas e comentários negativos, mantendo uma imagem perfeita.
e) Limitar o acesso à informação, criando um grupo exclusivo de seguidores.
Questão 5. O texto alerta para a necessidade de analisar criticamente o conteúdo dos influenciadores digitais. Qual o principal motivo para essa recomendação?
a) A falta de conhecimento técnico dos influenciadores sobre os assuntos abordados.
b) A presença de publicidade e a busca por engajamento, que podem comprometer a veracidade da informação.
c) A linguagem informal e direta utilizada pelos influenciadores, que dificulta a compreensão.
d) A falta de interação com o público, que impede o feedback e a troca de informações.
e) O uso excessivo de imagens e vídeos, que distraem o leitor da mensagem principal.
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