Hoje vamos aprender uma habilidade super importante para a leitura e interpretação de textos: inferir o sentido de uma palavra ou expressão. Isso significa descobrir o significado de palavras que não conhecemos usando as pistas que o próprio texto nos dá. É como ser um detetive das palavras!
O que é Inferir?
Inferir é como adivinhar, mas não é um chute qualquer. É usar as informações que já temos no texto para chegar a uma conclusão sobre o que uma palavra ou expressão quer dizer. Imaginem que vocês estão lendo uma história e encontram a palavra “jubiloso”. Vocês nunca viram essa palavra antes. Mas a frase diz: “O time venceu o campeonato e a torcida estava jubilosa”. Vocês sabem que quando um time vence, as pessoas ficam muito felizes. Então, podemos inferir que “jubiloso” significa muito feliz, contente, alegre.
Por que isso é importante?
Saber inferir o sentido das palavras nos ajuda a:
Compreender melhor os textos: Mesmo que encontremos palavras desconhecidas, podemos entender a mensagem principal.
Aumentar nosso vocabulário: Aprendemos novas palavras sem precisar sempre consultar o dicionário.
Desenvolver nosso raciocínio: Usamos a lógica e a interpretação para descobrir significados.
Como Inferir o Sentido das Palavras?
Existem algumas dicas que podemos usar para inferir o sentido das palavras:
Observar o contexto: Ler a frase inteira e as frases próximas. As palavras ao redor da palavra desconhecida nos dão pistas.
Procurar sinônimos ou antônimos: Às vezes, o texto usa uma palavra com o mesmo significado (sinônimo) ou com o significado contrário (antônimo) da palavra desconhecida.
Analisar a formação da palavra: Algumas palavras são formadas por partes que conhecemos (prefixos, sufixos). Isso pode nos ajudar a entender o significado.
Usar nosso conhecimento de mundo: Nossas experiências e o que já aprendemos sobre o mundo também nos ajudam a entender o sentido das palavras.
Exemplo 1:
“O menino estava cabisbaixo depois de perder o jogo.”
Contexto: O menino perdeu o jogo. As pessoas geralmente ficam tristes quando perdem.
Inferência: “Cabisbaixo” provavelmente significa triste, desanimado.
Exemplo 2:
“A imensidão do oceano impressionava os navegantes.”
Contexto: O oceano é muito grande.
Inferência: “Imensidão” significa algo muito grande, vasto.
Atividades:
Leitura com Caça às Palavras: Escolher um texto curto e circular algumas palavras que os alunos provavelmente não conhecem. Em seguida, pedir que eles tentem inferir o significado dessas palavras usando as dicas que aprendemos.
Jogo de Sinônimos e Antônimos: Brincar de encontrar sinônimos e antônimos para palavras conhecidas e, em seguida, usar essa habilidade para inferir o sentido de palavras desconhecidas em um texto.
Criação de Frases: Dar uma palavra desconhecida e pedir que os alunos criem frases usando essa palavra, de forma que o contexto ajude a entender o seu significado.
Inferir o sentido das palavras é uma ferramenta poderosa para a compreensão textual. Com prática e atenção, vocês se tornarão verdadeiros detetives das palavras, desvendando os mistérios dos textos e ampliando seus conhecimentos!
Fórum: Opinar, Compartilhar e Refletir - Inferência Textual
Após nossa aula sobre inferência textual, convido vocês a participarem deste fórum para aprofundarmos nosso entendimento sobre essa habilidade essencial.
Atividade:
Escolha um trecho de um texto: Pode ser um parágrafo de um livro, um artigo de jornal, uma letra de música ou qualquer outro texto que você tenha lido recentemente.
Identifique uma palavra ou expressão-chave: Escolha uma palavra ou expressão que você acredite que possa ter um significado implícito ou que exija inferência para ser compreendida.
Compartilhe o trecho e a palavra/expressão escolhida: Publique o trecho no fórum, destacando a palavra ou expressão-chave.
Explique sua inferência: Descreva como você chegou à sua interpretação, explicando quais pistas contextuais e conhecimentos prévios você utilizou.
Comente a inferência de um colega: Leia as postagens dos seus colegas e escolha uma para comentar. Você pode concordar, discordar, adicionar novas informações ou fazer perguntas para aprofundar a discussão.
Objetivos:
Desenvolver a habilidade de inferência textual.
Compartilhar diferentes interpretações e perspectivas.
Promover a discussão e o aprendizado colaborativo.
Fixar o conteúdo da aula.
Critérios de Avaliação:
Participação no fórum, com postagem e comentário.
Clareza e coerência na explicação da inferência.
Utilização de pistas contextuais e conhecimentos prévios.
Respeito e cordialidade nos comentários aos colegas.
Dicas:
Seja específico ao explicar sua inferência.
Utilize exemplos do texto para sustentar sua interpretação.
Leia atentamente as postagens dos seus colegas.
Ao comentar a inferência de um colega, faça de forma construtiva, buscando agregar valor à discussão.
Lembrem-se: A inferência é uma ferramenta poderosa para a compreensão textual. Ao praticá-la, vocês se tornarão leitores mais críticos e perspicazes.
PRATIQUE!
Os Mistérios da Floresta Encantada
Na Floresta Encantada, existia um lugar chamado Vale das Sombras, onde o silêncio era quase absoluto. Ali, os raios de sol mal conseguiam atravessar as copas densas das árvores, criando um ambiente soturno. Certo dia, Ana e Lucas, dois irmãos aventureiros, decidiram explorar o vale.
Enquanto caminhavam, encontraram uma planta com flores de cores vibrantes. Lucas exclamou:
– Que flores opulentas! Nunca vi nada igual!
Ana respondeu:
– Verdade! Elas parecem até joias.
Mais adiante, avistaram uma criatura pequena e ágil que saltava entre os galhos das árvores.
Lucas comentou:
– Que animal astuto! Ele conseguiu fugir antes mesmo de eu perceber que estava ali.
Depois de muitas horas, os irmãos encontraram uma clareira onde uma árvore gigantesca se erguia, com raízes que pareciam formar um labirinto. Ana observou:
– Essa árvore é imponente, parece ser a guardiã da floresta.
Ao voltarem para casa, estavam exaustos, mas maravilhados com tudo o que viram e aprenderam na Floresta Encantada.
Questão 1. Com base no texto, o que significa a palavra "opulentas" no contexto da frase?
A) Simples e comuns.
B) Exuberantes e luxuosas.
C) Delicadas e frágeis.
D) Escuras e apagadas.
Leia o texto para responder a questão abaixo:

Questão 2. O uso da expressão “finalmente”, no primeiro quadrinho, indica que a arrumação foi:
A) completa.
B) corrida.
C) demorada.
D) má feita.
Leia o texto para responder a questão a seguir:
Pã, uma divindade rural
De acordo com a mitologia greco-romana, Pã ou Pan é o deus dos bosques e dos campos, dos rebanhos e dos pastores. Morava em grutas, vagava pelas montanhas e pelos vales e divertia-se caçando ou dirigindo as danças das ninfas (divindades dos rios, dos bosques, das florestas e dos campos). Amante da música, inventou a avena, uma flauta, que tocava exemplarmente.
Pã era temido por todos aqueles que tinham que atravessar as matas durante a noite, pois as trevas e a solidão desses lugares predispunham as
pessoas a medos e superstições. Por isso, os pavores desprovidos de causas aparentes eram atribuídos a Pã e chamados de pânico.
Fonte: Thomas Bulfinch. O livro de ouro da mitologia.Rio de Janeiro: Ouro, 1967
Questão 3. Em “(...) e a solidão desses lugares (...)”, a expressão em destaque” refere-se
A) às montanhas.
B) aos vales.
C) aos bosques.
D) às matas.
Leia o texto para responder a questão a seguir

Questão 4. Para causar o humor no texto, seu produtor se utiliza de um jogo de sentidos no uso da expressão “PETRÓLEO REFINADO”. Um dos sentidos possíveis para a palavra destacada é petróleo
A) estruturado.
B) mal humorado.
C) diversificado.
D) bem educado.
(Curvelo). Leia o texto para responder a questão a seguir:
ANA HICKMANN E A HUMANIDADE SITIADA
Duas reportagens publicadas na Folha de S. Paulo na semana passada são chocantes pelo que revelam – e pelo despudor com que revelam. A primeira saiu na coluna de Mônica Bergamo. E conta sobre o "produto" Ana Hickmann. A outra é uma matéria sobre uma reunião do Conselho Comunitário de Segurança de Santa Cecília, em São Paulo, assinada por Afonso Benites. Nela, moradores e comerciantes anunciaram uma campanha oposta àquela com que Betinho uniu o país nos anos 90: a deles é para pressionar ONGs e restaurantes a parar de dar comida aos sem-teto que vivem nas calçadas. Nesta, que pode ser chamada de “campanha pela fome”, ou os mendigos morrem de inanição ou vão assombrar ruas fora das fronteiras do bairro.
Pelas reportagens, descobrimos que Ana Hickmann, a modelo e apresentadora da Record, é uma coisa, decidiu ser uma coisa. E que os bons cidadãos de Santa Cecília consideram os mendigos não uma coisa, mas gente. É por ser gente – e não coisas – que devem ser expulsos. Ou desinfetados, como anunciou uma comerciante. Com o despudor de quem tem a certeza de que está do lado certo da força, ela contou que lança desinfetante nos que vivem em frente à sua loja.
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI145776-15230,00-ANA+HICKMANN+E+A+HUMANIDADE+SITIADA.html
Questão 5. O uso da palavra “coisa” no texto tem o sentido de
A) elogiar a modelo e apresentadora Ana Hickmann.
B) denunciar a “campanha pela fome” em São Paulo.
C) defender os mendigos expulsos por comerciantes.
D) criticar a comparação de uma pessoa a um objeto.
Leia o aviso:

Questão 6. O significado da palavra “avariados” é
A) de largura maior.
B) de tamanho maior.
C) com material pesado.
D) apresentados com danificações.
Leia o texto abaixo e responda.
VISITA
Sobre a minha mesa, na redação do jornal, encontrei-o, numa tarde quente de verão. É um inseto que parece um aeroplano de quatro asas translúcidas e gosta de sobrevoar os açudes, os córregos e as poças de água. É um bicho do mato e não da cidade. Mas que fazia ali, sobre a minha mesa, em pleno coração da metrópole?
Parecia morto, mas notei que movia nervosamente as estranhas e minúsculas mandíbulas. Estava morrendo de sede, talvez pudesse salvá-lo. Peguei-o pelas asas e levei-o até o ba-nheiro. Depois de acomodá-lo a um canto da pia, molhei a mão e deixei que a água pingasse sobre a sua cabeça e suas asas. Permaneceu imóvel. É, não tem mais jeito — pensei comigo. Mas eis que ele se estremece todo e move a boca molhada. A água tinha escorrido toda, era preciso arranjar um meio de mantê-la ao seu alcance sem contudo afogá-lo. A outra pia talvez desse mais jeito. Transferi-o para lá, acomodei-o e voltei para a redação.
Mas a memória tomara outro rumo. Lá na minha terra, nosso grupo de meninos chamava esse bicho de macaquinho voador e era diversão nossa caçá-los, amarrá-los com uma linha e deixá-los voar acima de nossa cabeça. Lembrava também do açude, na fazenda, onde eles apareciam em formação de esquadrilha e pousavam na água escura. Mas que diabo fazia na avenida Rio Branco esse macaquinho voador? Teria ele voado do Coroatá até aqui, só para me encontrar? Seria ele uma estranha mensagem da natureza a este desertor?
Voltei ao banheiro e em tempo de evitar que o servente o matasse. “Não faça isso com o coitado!” “Coitado nada, esse bicho deve causar doença.” Tomei-o da mão do homem e o pus de novo na pia. O homem ficou espantado e saiu, sem saber que laços de afeição e história me ligavam àquele estranho ser. Ajeitei-o, dei-lhe água e voltei ao trabalho. Mas o tempo urgia, textos, notícias, telefonemas, fui para casa sem me lembrar mais dele.
GULLAR, Ferreira. O menino e o arco-íris e outras crônicas. Para gostar de ler, 31. São Paulo: Ática, 2001. p. 88-89
Questão 7. Em “Não faça isso com o coitado!”, a palavra sublinhada sugere sentimento de
A) maldade
B) afeição
C) desprezo
D) esperança
(SPAECE). Leia o texto abaixo e responda.
Sinceridade de criança
Era uma época de “vacas magras”. Morava só com meu filho, pagando aluguel, ganhava pouco e fui convidada para a festa de aniversário de uma grande amiga. O problema é que não tinha dinheiro messmoooooo.
Fui a uma relojoaria à procura de uma pequena joia, ou bijuteria mesmo, algo assim, e pedi à balconista:
– Queria ver alguma coisa bonita e barata para uma grande amiga!
Ela me mostrou algumas peças realmente caras, que na época eu não podia pagar.
Então eu pedi:
– Posso ver o que você tem, assim... alguma coisa mais baratinha?
E a moça me trouxe um pingente folheado a ouro... bonito e barato. Eu gostei e levei.
Quando chegamos ao aniversário, (eu e meu filho) fomos cumprimentar minha amiga, que, ao abrir o presente, disse:
– Nossa, muito obrigada!!!!! Que coisa linda!!!!!
E meu filho, na sua inocência de criança bem pequena, sem saber bem o que significava a expressão “baratinha” completou:
– E era a mais baratinha que tinha!!!.
Disponível em: <http://recantodasletras.uol.com.br/infantil/610758>.
Questão 8. Nesse texto, a expressão “‘vacas magras’” (ℓ. 1) indica que a narradora
A) comprava objetos baratos.
B) havia perdido muito peso.
C) possuía pouco dinheiro.
D) tinha criação de gado.
Leia o texto abaixo e responda.
EDUCAÇÃO DE HOJE ADIA O FIM DA ADOLESCÊNCIA
Há pouco tempo recebi uma mensagem que me provocou uma boa reflexão. O interessante é que não foi o conteúdo dela que fisgou minha atenção, e sim sua primeira linha, em que os remetentes se identificavam. Para ser clara, vou reproduzi-la: “Somos dois adolescentes, com 21 e 23 anos...”.
Minha primeira reação foi sorrir: agora, os jovens acreditam que a adolescência se estende até, pelo menos, aos 23 anos?! Mas, em seguida, eu me dei conta do mais importante dessa história: que a criança pode ser criança quando é tratada como tal, e o mesmo acontece com o adolescente. Os dois jovens adultos se veem como adolescentes, porque, de alguma maneira, contribuímos para tanto.
A adolescência tinha época certa para começar até um tempo atrás, ou seja, com a puberdade, época das grandes mudanças físicas. E terminar também: era quando o adolescente, finalmente, assumia total responsabilidade sobre sua vida e tornava-se adulto. Agora, as crianças já começam a se comportar e a se sentir como adolescentes muito tempo antes da puberdade se manifestar e, pelo jeito, continuam se comportando e vivendo assim por muito mais tempo. Qual é a parcela de responsabilidade dos adultos e educadores?
Fonte:http://www.santanna.g12.br/professores/ana_paula_port/atividade_reforco_lp_9anos.pdf.
Questão 9. No primeiro parágrafo, a palavra “fisgou” tem sentido de
A) levou.
B) indicou.
C) chamou.
D) identificou.
(SADEAM). Leia o texto abaixo.
A surdez da bisavó
— Vó, jã são horas - diz o meu pai para a minha bisavó, depois do jantar. Mas a minha bisavó nem se mexe na cadeira.
Então a minha mãe afirma que é preciso explicar-lhe melhor as coisas. Chega perto dela e diz:
— Vó, já são horas de ir para a cama.
Mas a minha bisavó, continua sem se mexer na cadeira.
— Está cada vez mais surda, coitada - murmura meu pai.
E minha mãe insiste, mais uma vez:
— Vó, já são horas de ir para a cama porque está muito frio.
A minha bisavó nem se mexe, os olhos colados na TV no fundo da sala. [...]
- Vó, jã são horas de ir para a cama porque está muito frio e não queremos que fique gripada porque depois fica com febre e precisa tomar remédio.
A minha bisavó, nem um piu.
Até que meu pai tira a mesa e não pensa mais no assunto. E a minha mãe volta a 15 suspirar profundamente e vai lavar a louça.
— Eu não sou surda - murmura então para mim a minha bisavó, com um sorriso no canto da boca e apontando para a televisão — mas não vou para a cama sem saber o restante. Quer dizer, sem saber se a moça loira e rica casa com o rapaz moreno e pobre.
Encosta-se na cadeira e lá fica.
Eu ia jurar que, alguns minutos depois, a ouvi roncar. Mas devia ser impressão minha.
— Vi tudo até o fim - garante-me ela no dia seguinte...
VIEIRA, Alice. A surdez da bisavó. In: Livro com cheiro de baunilha. São Paulo: Texto Editores, 2009, p. 6-7. Fragmento.
Questão 10. No trecho “A minha bisavó, nem um piu.” (ℓ. 21), a expressão destacada significa que a bisavó
A) continuou muda.
B) dormia sem roncar.
C) estava sem se mexer.
D) ficou vendo TV