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(GÊNEROS TEXTUAIS) Artigo de opinião

Atualizado: 29 de jul.



O artigo de opinião é um texto predominantemente argumentativo em que o autor defende um ponto de vista, o qual se dá sobre determinado tema de relevância social, sendo publicado em um veículo de circulação impresso ou digital.


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Por se tratar de um texto que traz uma opinião pessoal, o artigo de opinião, diferentemente do editorial, não reflete necessariamente a opinião do veículo de comunicação que publicou o seu conteúdo. Assim, essa modalidade de texto visa trazer um debate ao público decorrente de uma vontade do articulista de jogar luz sobre determinado tema para a sociedade.


O articulista deve, portanto, utilizar recursos argumentativos a fim de convencer e persuadir o seu leitor acerca da sua opinião sobre o tema debatido. Em seu texto, ele pode trazer uma série de dados, fatos e informações que comprovem a sua tese.


As características do artigo de opinião

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Um artigo de opinião é um gênero textual que expressa o ponto de vista pessoal do autor sobre um determinado assunto. Suas características principais incluem:


Opinião Subjetiva: O autor expressa suas próprias opiniões, crenças e pontos de vista sobre o tema em questão. Essas opiniões podem ser fundamentadas em fatos, mas a ênfase está na interpretação pessoal dos mesmos.
Argumentação: Um artigo de opinião geralmente apresenta argumentos para apoiar a posição do autor. Esses argumentos podem incluir dados, exemplos, analogias e raciocínios lógicos para persuadir o leitor da validade da opinião defendida.
Persuasão: O objetivo primordial de um artigo de opinião é persuadir o leitor a concordar com o ponto de vista do autor. Isso é alcançado através do uso eficaz de argumentos convincentes e técnicas retóricas.
Estilo pessoal: O autor pode utilizar um estilo de escrita mais informal e pessoal, incluindo linguagem coloquial, humor, ironia ou até mesmo emotividade para envolver o leitor e transmitir suas ideias de forma eficaz.
Clareza e Coerência: Um bom artigo de opinião é claro e coeso, apresentando suas ideias de forma organizada e lógica. A estrutura do texto deve incluir introdução, desenvolvimento dos argumentos e conclusão.
Referências: Em alguns casos, o autor pode fazer referência a fontes externas, como estudos, pesquisas, notícias ou obras de outros autores para embasar seus argumentos e reforçar sua credibilidade.
Título Impactante: O título do artigo geralmente é chamativo e provocativo, projetado para atrair a atenção do leitor e despertar interesse pelo conteúdo.
Finalidade Informativa ou de Debate: Embora seja baseado na opinião pessoal do autor, um artigo de opinião pode também ter a finalidade de informar, conscientizar ou provocar debates sobre determinados temas na sociedade.

Qual a estrutura do artigo de opinião?

A seguir, uma explicação mais detalhada de cada uma dessas características:


Tema

O tema do artigo de opinião deve ser um assunto atual e relevante, que desperte o interesse do leitor. O autor deve escolher um tema que ele conheça e tenha opiniões formadas sobre ele.

Opinião

O autor deve expressar sua opinião clara e concisamente, desde a introdução. A opinião deve ser apresentada de forma objetiva, sem ambiguidades ou rodeios.

Argumentação

O autor deve sustentar sua opinião com argumentos sólidos, baseados em fatos, dados ou opiniões de especialistas. Os argumentos devem ser apresentados de forma lógica e organizada, para que o leitor possa compreender e aceitar a opinião do autor.

Linguagem

A linguagem do artigo de opinião deve ser clara, objetiva e coerente, evitando o uso de termos técnicos ou coloquiais. O autor deve usar uma linguagem acessível ao público em geral, para que sua mensagem seja compreendida por todos.

Estrutura

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O artigo de opinião deve seguir a estrutura de um texto dissertativo-argumentativo, com introdução, desenvolvimento e conclusão.


Introdução

Na introdução, o autor deve apresentar o tema do artigo e sua opinião sobre ele. Ele também deve apresentar os argumentos que serão desenvolvidos no desenvolvimento.

Desenvolvimento

No desenvolvimento, o autor deve apresentar os argumentos que sustentam sua opinião. Os argumentos devem ser apresentados de forma lógica e organizada, com o objetivo de convencer o leitor.

Conclusão

Na conclusão, o autor deve reafirmar sua opinião e resumir os principais argumentos apresentados no desenvolvimento.

Além dessas características, é importante que o artigo de opinião seja assinado pelo autor. Isso é importante para que o leitor possa identificar o autor e saber quem é responsável pelas opiniões expressas no texto.


Em resumo, compreender as nuances do artigo de opinião é essencial para transmitir ideias de forma persuasiva e impactante. Ao dominar as técnicas de argumentação e estruturação textual apresentadas, podemos nos tornar comunicadores mais eficazes, capazes de influenciar positivamente o debate público e promover uma discussão enriquecedora sobre questões relevantes em nossa sociedade.


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Como fazer um artigo de opinião - passo a passo


A) Escolha e definição do tema

Para fazer um artigo de opinião, o tema deve estar definido. Ele é o assunto sobre o qual o autor dissertará. Para isso, o artigo será feito para um meio de comunicação; já existe uma pauta definida, ou é um tema livre de um trabalho escolar?

Obs.: Tema e título são duas coisas diferentes. O primeiro está relacionado com o assunto, e o segundo é o nome que será dado ao texto.

B) Pesquisa e busca de argumentos

Não basta saber qual o tema, e não possuir argumentos sobre ele. Sendo um texto opinativo, é importante sustentar o ponto de vista baseado em argumentos. Por isso, a pesquisa profunda e atualizada, seja nos livros da biblioteca, ou nos sites da internet, deve ser o próximo passo para escrever um artigo de opinião.


Anote tudo o que for interessante e vá, gradualmente, construindo e dando corpo ao texto. Mas, não se esqueça: você deve formar sua opinião sobre o assunto e não copiar a de outros, pois isso é considerado plágio!


C) Recorte do tema

Imagine que o artigo de opinião para fazer é um tema dado pela professora e que é super abrangente: racismo no Brasil. Note que podemos falar muitas coisas sobre o racismo no Brasil, por exemplo, a origem, a história, alguns casos, o racismo na atualidade, etc.


Assim, é essencial fazer um “recorte” para focar somente em alguns aspectos do tema. Isso facilita a escrita do texto, evitando se perder em tanta informação.


D) Seleção do material

Agora que o “recorte” já foi definido, a seleção do material que será utilizado fica mais clarificada. Não se esqueça de selecionar tudo para depois utilizar, se necessário, a bibliografia, no final do texto. Importante ressaltar que a seleção feita deve conter dados atualizados sobre o tema.


E) Produção de texto

De acordo com a estrutura do texto de opinião - introdução, desenvolvimento e conclusão - é a hora de produzir o texto em linguagem formal. A coesão e a coerência são dois mecanismos fundamentais na construção de um texto inteligível.


A coesão está relacionada com a utilização correta das palavras na ligação entre frases, períodos e parágrafos, os chamados conectivos. Já a coerência, faz referência à lógica das ideias expostas no texto.


PRATIQUE!

Leia o texto


Opinião – Educação financeira: a grande falta no dia de aula


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Kaique Cangirana é acadêmico do curso de Jornalismo da UFPEL e bolsista do projeto Superávit Caseiro


A educação financeira tem ganhado mais destaque nos últimos anos. O acesso à informação, a democratização de ferramentas de conhecimento e a necessidade de uma população mais consciente sobre suas finanças, contribui para um cenário otimista quando o assunto é ampliação da sabedoria na gestão de recursos financeiros implicados desde a educação básica. Como universitário e ex-aluno de escola pública, aqui deixo a minha contribuição sobre o assunto em um breve artigo de opinião que não reflete a posição deste site.


Estudos demonstram que a alfabetização financeira no Brasil ainda não é ideal. O Índice de Alfabetização Financeira (IAF) varia entre 30% e 40% em algumas pesquisas, mostrando que muitos brasileiros têm dificuldades em entender conceitos financeiros básicos. A partir desta problemática, o questionamento que fica é: por que não aprendemos sobre finanças na escola?


Este tema é relevante por se tratar da principal motivação do site “Superávit Caseiro” e um dos meus objetivos como extensionista ao aprender e contribuir neste processo de aprendizado. Uma grande falta acontece hoje nas escolas, a falta de educação financeira. A administração de recursos, os temas básicos de finanças e as consequências das ações de responsabilidade com o dinheiro são temas riquíssimos e que hoje nos fazem trabalhar com a produção de conteúdos como este texto.


Nossas crianças obtêm diversos aprendizados como seno, cosseno e tangente, mas quem as garante que tal material é útil? A maioria das pessoas certamente não usarão esses conceitos, fórmulas e princípios matemáticos. A matemática financeira possui uma riqueza grandiosa, em meio a estatísticas, porcentagem e probabilidades. Na escola, meu interesse se localizou neste eixo e, como alguém que sempre detestou matemática, minhas economias hoje podem agradecer por esse interesse genuíno. Perguntei-me sobre a motivação inusitada de gostar do tema quando estudante no ensino médio e cheguei a conclusão de que visava a utilidade da matemática financeira ao invés do interesse por temas totalmente desconectados com a minha realidade.


Se vamos ter de declarar o Imposto de Renda, por que não somos introduzidos a temas como a alíquota, finalidade, tabela e critérios da contribuição? Se precisamos realizar um financiamento atrelado à taxa básica de juros, por que não conhecemos o Comitê de Política Monetária do Banco Central e suas principais funções? Se reclamamos por ter de deixar de comer doces, pois seu preço aumentou e o salário não, por que não somos introduzidos ao conceito de inflação e suas principais causas? Todas essas situações e questionamentos poderiam ser feitas por uma criança, uma criança comum, curiosa e que questiona o tempo todo. Ainda fica minha indagação: Será que ainda resta dúvidas sobre a suficiente relevância deste assunto nas escolas onde cidadãos são formados?


Quando deixei o ensino médio passei a ouvir mais termos como “tributação”, “juros”, “imposto de renda”, etc. Era claro para mim que a vida adulta havia chegado e era mais claro ainda que não estava preparado para lidar com todos os problemas que poderiam me afetar financeiramente. Antes de começar a estudar no esforço incessante de “tirar o atraso”, passei mais de um ano gastando todo o salário conquistado através do meu primeiro emprego.


É claro que aproveitei as experiências com meus gastos e de certa forma ainda não me arrependo por considerar os aprendizados, mas imagine o estrago financeiro na vida de uma pessoa sem qualquer instrução ou virada de chave. Uma mentalidade despreparada pode custar anos de qualidade de vida. Interessantemente, hoje posso conversar com outras pessoas que sentem a mesma sensação de que falta algo em sua formação, algo que permita garantir uma maior estabilidade e qualidade de vida. Quando o assunto é felicidade, acredito que o primeiro passo para tal seja as contas no azul. Por isso, busco cada vez mais a qualificação e a reordenação de hábitos que possam sabotar essa estabilidade financeira.


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A falta de estudo sobre finanças pessoais na escola faz falta ao longo da vida


Essa observação que tenho não obtive por professores nas escolas, tudo isso começou com o alerta de pessoas próximas e a tutela de pessoas integralmente voltadas à educação financeira. A esses profissionais devemos um grande agradecimento e valorização, pois ainda assim, observamos a pouca visibilidade e reconhecimento de que a gestão de recursos carece. Quando observo minha família, gostaria que obtivessem a melhor educação possível e isso inclui a educação financeira, também inclui uma sociedade melhor e consequentemente, uma sociedade menos desigual.


Apesar da amplitude do tema, me restrinjo a importância deste nas escolas de ensino médio e fundamental, pois quando adultos, nos vemos forçados a lidar com cenários em que necessitamos de conhecimentos da gestão financeira. Diferente de temas específicos como citado anteriormente no exemplo da trigonometria, pois temas ligados à economia familiar são extremamente úteis e certos na vida de qualquer cidadão. Agora, cabe a nós como sociedade, reconhecermos a soberania deste assunto sem desconsiderar a utilidade dos componentes atuais da grade estudantil, pois, sem estes, o raciocínio lógico também pode ser impactado. Falta capacitação, vontade política ou investimento? Os mistérios por trás da ausência de educação financeira nas escolas me levam a acreditar que este assunto é desejado em profundezas, frias e obscuras.


Um estudo do Instituto XP e da Nova Escola entrevistou mil profissionais de escolas públicas, dentre eles, professores que em sua maioria (74%) assumiram que o assunto “Educação Financeira” deve ser debatido nas escolas, porém, mais da metade (59%) admitem sentir falta de formação específica na área para empenhar esforços em qualquer material que seja didático as aulas sobre a temática. As escolas públicas são obviamente as mais afetadas pela desigualdade social, uma vez que há vontade comum e idealização de projetos voltados ao aprendizado, o que falta para a ação de instituições, comissões e casas de poder político?


A própria educação financeira tem o poder de reduzir essa desigualdade social. A grade curricular das escolas pode contar com temas que formem pessoas e as aproxime do êxito financeiro, o que impacta também no âmbito socioemocional. Abordei minhas experiências e considerações sobre o tema na esperança de contribuir para os olhares sobre a educação financeira, assim como faço em minhas atividades de extensão e em minhas finanças pessoais. Ter objetivos e ações que os favoreçam é um motivo para se orgulhar, seguiremos, empenhados e entusiasmados, aprendendo juntos por aqui.

Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/superavit/2024/09/30/opiniao-educacao-financeira-a-grande-falta-no-dia-de-aula/

🔍 Parte 1 – Compreensão da Estrutura

1. Identifique, no texto, os seguintes elementos do artigo de opinião:

a) Tema central do artigo:

b) Tese (opinião principal defendida pelo autor):

c) Dois argumentos utilizados para defender a tese:

d) Um exemplo ou experiência pessoal usada para fortalecer a argumentação:

e) Conclusão: o que o autor sugere ou deseja com seu texto?


🧠 Parte 2 – Análise crítica e interpretação

2. Aponte três características do artigo de opinião que aparecem no texto de Kaique.

Justifique com trechos. (Ex.: subjetividade, argumentação, linguagem clara, estilo pessoal, etc.)


3. O autor utiliza perguntas retóricas ao longo do texto.

Transcreva uma delas e explique seu efeito no discurso.


4. Você considera que o artigo é persuasivo?

Justifique sua resposta com base na argumentação apresentada.


💬 Parte 3 – Reflexão e posicionamento

5. Você concorda que a educação financeira deveria ser um conteúdo obrigatório na escola? Por quê?

(Responda com, no mínimo, 5 linhas, usando argumentos pessoais, exemplos e justificativas.)


✍️ Parte 4 – Produção escrita opcional (para aprofundamento ou avaliação)

Desafio de Escrita:

Escreva um miniartigo de opinião (de 15 a 20 linhas) com o título:


📌 "Por que a escola deve preparar o aluno para a vida financeira?"


Siga a estrutura de introdução, desenvolvimento e conclusão. Apresente seu ponto de vista com argumentos e linguagem clara.


Estrutura básica a ser avaliada:

Introdução: apresentação do tema e opinião inicial.

Desenvolvimento: 1 ou 2 argumentos, podendo incluir exemplo pessoal ou dados.

Conclusão: reafirmação da ideia com proposta ou reflexão final.




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